Tenho muitos textos iniciados, muitos até o meio...mas não consigo criar um fim.
Tenho ideias boas no banho, pilotando a moto, caminhando, enfim, quando simplesmente não tenho como anotar. E as melhores ideias aparecem quando estou mais longe de casa e não tenho como "correr" e anotar em algum lugar. E anotar no celular não me adianta muito, pois acabo esquecendo que teclei alguma coisa naquele aparelho. Preciso ver a escrita na minha frente, preciso usar o lápis,caneta,delineador ou coisa que o valha (o que estou dizendo? Quase não uso delineador). Visualizo as minhas ideias como se estivessem impressas na página de um livro - que doideira - e anoto rapidamente onde posso. Mas na maior parte das vezes não tenho onde anotar.

Tenho contos, textos, romances iniciados. Falta, adivinha? Terminar.
Faço o que? Me escondo em uma cabana no meio da selva e só saio quando terminar? Não dá, pelo menos não agora. A ideia até que é tentadora, mas realmente agora não dá.
Talvez ajude um pouco mais parar de ler tantos sites de tirinhas com a desculpa que ler sites diversos ativa mais ideias. Poderia "falar sozinha" mais vezes para estimular o tico e o teco a não esquecer as ideias com facilidade, mas com certeza o pessoal no trabalho iria ficar muito preocupado.
No momento, as ideias estão fluindo enquanto escuto música. Isso sempre funciona. Mas aí volto ao problema inicial, mais uma vez: músicas me inspiram, abro postagem nova no blog, inicio um conto com inspiração em alguma letra de música e não estou terminando! De novo a maldição dos começos sem fim.
Mas agora isso me faz refletir: isso acontece com meus escritos e por hora prejudica apenas a mim mesma - e talvez a alguém que esteja esperando por textos frescos no blog. Mas há gente que faz isso com a VIDA REAL!
Inicia um novo empreendimento e não termina, ficando financeiramente vulnerável.
Inicia um novo relacionamento e continua com os erros do anterior, o que faz com que ele termine sem ter a chance de continuar por mais tempo (nesse caso é um término sem gosto de término: sensação de que algo ficou no ar)
Inicia uma nova proposta para a vida, mas não persevera e acaba fazendo as mesmas coisas "de sempre" depois de um tempo.
Enfim, textos que iniciam e não terminam ainda são perdoáveis: Podem ficar amadurecendo, aguardando como vinhos o melhor momento de ficarem prontos.
Mas viver iniciando e não concluindo projetos de vida leva a tantas pontas soltas, que no final a sensação de bagunça fica e tropeçamos nos novelos que espalhamos no caminho.
É errado desistir de algo e começar uma coisa nova? Absolutamente não! Devemos ficar bitolados, compartimentados em uma coisa só? Não, não e não! A vida tem tanta coisa para experimentarmos!
O erro está em não concluir nada, não continuar nenhum projeto, desistir nas primeiras dificuldades, no primeiro impasse, na primeira desilusão, quando quem sabe insistindo um pouquinho mais poderia se encontrar a verdadeira, a genuína alegria em gostar do que se faz.
E você, que teve paciência para ler até aqui?
Tem muitas coisas começadas e não terminadas?
Tem planos para estes projetos interrompidos?
Eu só sei que vou resgatar a pasta em que tenho meus contos, e mais dia menos dia eles vão ficar prontos. Chega de procrastinação,e viva as caminhadas, os bloquinhos de anotação, os livros e as ideias!
(Agora dá licença, quero ver se alguém continuou uma proposta de conto coletivo que iniciei... e se ainda tenho aquele início de livro...e se já anotei o que vou fazer amanhã na escola...e...são 11:30 da noite! Melhor dormir, tenho ideias boas quando deito também, ahahha)
Tchauzinho e até a próxima!