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12 de jul. de 2017

Fragmentos

(escrito em alguma ocasião nas férias do ano passado)


Abro o editor de texto. Meu livro, que eu queria terminado antes de 2015 acabar, está pela metade. Vejo a data da última alteração do arquivo: 25 de novembro! Nossa, que vergonha, é assim que eu trato o meu projeto de 2015? Não pensei que fosse tão difícil terminar...  Mentira, não pensei que eu fosse me esmerar tanto na arte da procrastinação. Era para escrever um capítulo por mês, assim que o ano terminasse o livro estaria pronto. Mas tive tantas ideias diferentes sobre o que por, embora já estivesse com os capítulos determinados direitinho na estrutura do arquivo.

Agora já é sexta-feira, 04 de janeiro de 2016, e estou com o arquivo aberto na minha frente. E em vez de escrever nele, abro outro arquivo em branco e estou aqui, divagando enquanto escrevo estas linhas. Procrastinação, procrastinação, procrastinação. Parabéns para mim, comecei bem. Igual ao ano passado. Depois fico sem publicar o livro e não sei por que. 

Estou cansada de tantos contos soltos, de tantos fios sem meada, de tantos começos sem final. Estou cansada de ter tantos fragmentos de histórias que nunca terminam, aprisionadas neste computador, esperando inutilmente uma luz no fim do túnel,uma nova inspiração abrir a porta para poderem continuar fluindo e encontrar seu caminho natural. Tantas histórias presas, tantos parágrafos e frases soltas se amontoando, se acumulando, sem ter para onde ir. Não pode ser saudável isso. E se estas letras, palavras e frases soltas se perderem em algum bug inexplicável nesta máquina que as armazena? E se estas histórias não tiverem um final, nunca encontrarem uma conclusão?

E se... elas tiverem sido feitas para não continuarem? Se o destino delas for este mesmo, serem eternamente fragmentos? Retalhos de uma colcha que nunca serão costurados e transformados em algo útil?

Quantas histórias estarão aprisionadas em outros computadores, outros cadernos, blocos de notas, rascunhos em blogs? Além do que é publicado por tantas pessoas pelo mundo afora, além do que vemos em livros e sites... quantas e quantas histórias, canções, poemas e lições estarão no mesmo estado que meus fragmentos? Quantas outras pessoas estão passando pelo meu dilema, neste momento, imaginando tantas palavras represadas e o que fazer para que seus escritos continuem tendo vida?

Quantas histórias invisíveis existem?


7 de jul. de 2017

1 Imagem, 140 Caracteres # 198

Bom dia, pessoal, tudo bem com vocês? 

Chegou a sexta-feira e com ela mais uma edição da 1 Imagem, 140 Caracteres! 

Vamos ver que imagem este dia nos trouxe? 




Pegadas na areia vou deixando
Em direção a um sonho
Vejo o mar pela primeira vez na vida! 


Não se esqueçam de passar também no blog da Silvana,e dos demais participantes! 

Bom final de semana, gente! 




5 de jul. de 2017

Samantha

Samantha estava por um fio. Era a casa para cuidar, já que ninguém lá colocava a droga de uma xícara suja na pia pelo menos, a irmã mais nova para ajudar nos estudos (apesar de ela mesma não ter concluído o ensino fundamental), o maldito horário de trabalho que a fazia ter de acordar todos os dias às quatro da manhã para poder pegar dois ônibus e começar às oito. E nos domingos nem conseguir dormir um pouquinho mais para recuperar-se do cansaço da semana, pois sempre tinha alguém/alguma coisa a acordando:
- Chuva! As roupas no varal
- Sammy! Você viu minha calça preferida?
- Filha! Me mostra como é mesmo que cozinha arroz, mais tarde eu quero fazer.

Não se lembrava da última vez que tinha tido um tempo,um tempinho que fosse, para ela mesma. Já não fazia as unhas há anos, desistira de concluir os estudos por causa da dupla (até mesmo tripla) jornada de trabalho, estava com uma alergia na pele e sem tempo de ir ao médico porque não conseguia sair do trabalho para tal. Depois que a mãe foi embora, cansada de carregar a família nas costas, Samantha acabara assumindo o seu papel. A eterna empregada da casa. Era chegar do trabalho às nove da noite, deixar tudo pronto e se tivesse sorte, conseguir dormir antes da meia-noite para acordar de novo às quatro da manhã do dia seguinte. Isso não acabava nunca...  Às vezes maldizia a mãe, que se livrara de todo o tédio e de uma família que não colaborava em nada, porém a deixara ali, amargando a vida que fora dela. Por quê?

E.. por que essa situação continuava? Os irmãos e o pai tinham duas pernas e dois braços como ela, caramba. O pai também trabalhava fora o dia todo, porém isso não deveria impedi-lo de levar à pia a droga da xícara suja de café. O fato da irmã estudar não deveria impedi-la de colocar suas roupas sujas no cesto. Foi aí que Samantha cansou de vez. Não era justo. Eram dez da noite de domingo. Foi para seu quarto e começou a aprontar o que precisaria para o dia seguinte.

Quatro da manhã, segunda-feira. Um ovo, uma xícara de café. Tudo arrumadinho na cozinha. Uma marmita para o pai levar ao trabalho. Pegou sua bolsa, seu crachá e foi até o ponto de ônibus. A irmã teve de ir para a escola com a primeira roupa limpa que encontrou e que estivesse passada. Junto à cabeceira de sua cama, um bilhete: “Daniela, prepare seu café da manhã e o do Júlio e veja se ele tem o uniforme pronto. Samantha”.

No ônibus, Samantha pensava em como Daniela iria ajudar o irmão caçula, se nem mesmo sabia direito onde ficavam as coisas dentro da geladeira. Mas ela já tinha quinze anos e poderia aprender.
Nove da noite. Samantha chegou em casa. Viu a louça na pia, cobriu com um pano e foi tomar banho. Leu um livro no silêncio de seu quarto antes que Daniela entrasse e logo pegou no sono. Deixou um bilhete na mesa:
“Pai, as contas de luz e água vencem hoje. Como o seu trabalho fica mais perto da lotérica que o meu, por favor pague estas contas”

Terça-feira, cinco da tarde. O pai chegou em casa. A louça do dia anterior ainda estava na pia. O que estava havendo com Samantha? As contas ainda estavam na mesa, ele não havia visto o bilhete, nem mesmo quando viera para casa almoçar. Daniela e Júlio estavam lutando para descobrir como a máquina de lavar roupas funcionava, pois Samantha não havia feito isso também. Como ninguém lavara as louças, cada um pegou uma colher, um garfo e uma faca e comeram diretamente das panelas, que aumentaram o volume que se acumulava na pia.

Quarta-feira, sete da manhã. Enquanto se preparava para ir à escola e chamava o irmão, Daniela topou com mais um bilhete: “Só irão para a máquina as roupas que estiverem no cesto de roupa suja. E lavem as louças, pois eu vou chegar mais tarde”.
Ao voltar da escola, Daniela teve de lavar as louças, pelo menos a quantidade suficiente para poderem almoçar.
Samantha marcou a consulta com a dermatologista e antes de voltar do trabalho foi comprar um livro e matricular-se na autoescola.


    Dez horas da noite. Samantha verificou os cestos de roupa suja, colocou algumas na máquina e deixou o ciclo completar. Passaria as roupas apenas no sábado. Tomou banho e foi dormir com um sorriso ao ver que a pilha de louças na pia diminuíra.

30 de jun. de 2017

1 Imagem, 140 Caracteres # 197

Boa noite, povo! 

Com bastante atraso, mas postando a imagem desta semana enviada  pela Roseane Ferreira para a  Silvana  que a postou mais cedo. 
Sem mais enrolação, vamos a ela?




Amarga vitória, pois com trapaça foi obtida. Porém a verdade jamais deixará de clamar por justiça e um dia será revelada.


Tenham todos um ótimo final de semana! 


27 de jun. de 2017

Resenha: Como Eu era Antes de Você, de Jojo Moyes


Capa da edição que tenho em casa
Desafio Literário 2017 - Um livro que foi best-seller em 2016
Como eu Era Antes de Você ( Me Before You)
Autora: Jojo Moyes - Tradução de Beatriz Horta
Editora: Intrínseca; 286 páginas
Ano: 2012 (Inglaterra) - 2016 (Brasil)


  
  Louisa Clark, ou simplesmente Lou, leva uma vida pacata e sem grandes pretensões. Tem vinte e seis anos,mora com os pais e ama seu trabalho como atendente em um café. Apesar de estar namorando há quase sete anos, não tem certeza se ama Patrick ou se está nesta relação por puro comodismo. 

Will Traynor era um empresário de sucesso, gostava de esportes radicais e sempre foi muito ativo, porém um acidente a caminho do trabalho tirou a vida agitada que ele tanto gostava. Agora que seu caso foi considerado irreversível, um propósito domina sua mente: dar um fim à sucessão de dias sem graça que sua vida se tornou. 


"E sabe o quê? Ninguém quer ouvir esse tipo de coisa. Ninguém quer ouvir você falar que está com medo, ou com dor, ou apavorado coma possibilidade de morrer por causa de alguma infecção aleatória e estúpida. Ninguém quer ouvir sobre como é saber que você nunca mais fará sexo, nunca mais comerá algo que você mesmo preparou, nunca vai segurar seu próprio filho nos braços. Ninguém quer saber que às vezes me sinto claustrofóbico estando nesta cadeira que tenho vontade de gritar feito louco só de pensar em passar mais um dia assim."

Lou perde o emprego, o que a desestabiliza muito, por ser ela a principal provedora de sua família. 
Os pais de Will precisam contratar uma nova pessoa para ser cuidadora de Will. Contra todas as probabilidades, já que Louisa não tem experiência neste ramo, ela candidata-se à vaga e é contratada. 
Assim, duas pessoas que não tem quase nada em comum se encontram e apesar dos conflitos iniciais, desenvolvem uma bela amizade, que muda o ponto de vista e as perspectivas de ambos.

A história ganha contornos românticos, porém outras questões são abordadas: a vida  e dificuldade de pessoas paraplégicas e tetraplégicas, problemas familiares, ética e religião, embora estas duas últimas não tenham sido construídas com tanta força no romance. (o gênero literário, deixe-se claro). 

Apesar de em alguns momentos o roteiro lembrar um daqueles romances de banca tipo Sabrina, Júlia, Bianca (ehehe, agora meio que revelei minha idade), o desfecho não é "água com açúcar", embora seja até previsível quando se está há poucos capítulos do final do livro. 


A narrativa é bem fluida e a história envolve. Li o livro inteiro em apenas dois dias,a curiosidade para saber o que acontecia no próximo capítulo era grande.  Cheguei a me emocionar com o final, mesmo havendo na obra alguns clichês e estereótipos (que não citarei para não correr o risco de haver spoilers involuntários). 

O livro tem uma sequência, Depois de Você. Ainda estou decidindo se leio ou não.  Também virou filme. Li algumas críticas e não sei se irei assistir ou se prefiro ficar apenas com a versão do livro em minha mente. 

E você, já leu este livro ou assistiu ao filme? O que achou? Deixe sua opinião nos comentários! 



23 de jun. de 2017

1 Imagem, 140 Caracteres # 196

Bom dia, boa tarde, boa noite! 

Tudo bem aí? 

Bora acelerar para esta BC?

Se tem uma coisa que eu sempre gostei, desde pequena, foram motocicletas, ou apenas motos. Embora há anos eu apenas utilize as motonetas ( mais conhecidas como "biz"). Pensa numa coisa prática! Meus pés alcançam o chão, o que é ótimo para pessoas relativamente baixas como eu, e não tem o estresse de lembrar toda hora de puxar a embreagem. 
Mas enfim, não foi uma motoneta que escolhi para ilustrar a BC desta semana, e sim uma motocicleta um "tanto" maior. Vamos à imagem?

Ah, e sem derrapar muito, clique no blog da Silvana para conferir esta BC e muito mais! 





Belo dia para simplesmente sair sem destino. Sei lá! Vamos nessa! 






Um ótimo final de semana para vocês!!!! 



16 de jun. de 2017

1 Imagem, 140 Caracteres # 195

Mais uma semana se passou, e o blog ficou sozinho, abandonado, faminto de letras... Mas não chore, bloguinho, pelo menos a BC  #1Imagem140Caracteres nunca vai te deixar sem texto! 

A imagem desta semana foi escolhida pela Silvana, ainda no clima de dia dos namorados (será?). Acredito que como das outras vezes, muitas interpretações ótimas surgirão! 


Vamos lá? 








 Será que ela irá gostar da surpresa que escondi dentro deste buquê? Irá aceitar meu pedido? Ai, ansiedade!!!


Vamos visitar os outros blogs e ver as interpretações que os demais participantes deram? 

Desejo uma ótima sexta-feira e um maravilhoso final de semana! 




1 Imagem, 140 Caracteres #602

  Boa tarde!  Eu havia preparado a #1Imagem140Caracteres e agora vi que não apareceu. Devo ter clicado em algo errado. Então, vamos lá, reee...

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