
O presente, o passado, o futuro, pairam como balões de gás sobre nossas cabeças, povoando o céu de nossas incertezas e indagações. Vivemos em uma pequena clareira, muitas vezes achando que é esse o mundo real, enquanto não nos apercebemos da enorme e desconhecida floresta esperando ser explorada, mas não desmatada por nossos arroubos inconsequentes.
Precisamos de calma, mas cada dia ficamos mais agitados; precisamos de amor, mas cada dia mais nos esfriamos; precisamos de ombros amigos, mas cada dia mais nos isolamos.
Precisamos romper a casca, sair da caverna em que vemos sombras como realidades e ousar ver as cores reais da vida. Precisamos voltar a sorrir com franqueza, a confiar uns nos outros, a aceitar as mãos estendidas sem obrigação de retribuir, a falar com sinceridade, a ter boa fé, a olhar nos olhos.
Precisamos urgentemente voltar a ser humanos, pois a obrigação de sermos perfeitos está acabando conosco.
Há um mundo esperando, há uma vida esperando. E é a única vida que temos. Há muito mais do que conhecemos e temos, esperando para acontecer.