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7 de fev. de 2018

Cuidado com Você!




Não é segredo para ninguém que cresci ouvindo Titãs e que é uma das minhas bandas favoritas, mesmo não estando tããããão na mídia ultimamente ( e quem liga para isso? Tem banda muito, muito boa que não está tão em evidência.. eu deveria fazer um post sobre isso).

Enfim, esta faixa é de um álbum deles chamado A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana - aliás, a faixa que dá título a este álbum é ótima também. Lançado em 2001, este CD tem muitas músicas muito boas, bem ao estilo Titãs de fazer letras críticas em alguns momentos e esperançosas em outros.

Nem deu para perceber que este CD é um dos meus preferidos, né? Rsrsrs.

'Cuidado com você", última faixa deste CD ( que eu tenho em casa, naquela época eu comprei CD's com certa frequência), pode ter diversas interpretações:  será que fala do egoísmo, do individualismo crescente? Fala de paranoia? 

Acho que a intenção desta letra é deixar meio em aberto, mesmo.

Desde a primeira vez que ouvi, imaginei que era uma crítica ao egocentrismo, individualismo.. Mas pensando um pouco mais, algumas frases também se encaixam em um comportamento paranoico. ("estão olhado pra você, estão falando de você, a chuva é pra molhar você...)

E pensando ainda mais um pouco, estes dois comportamentos podem ser complementares de certa forma.

Quando mais individualista for uma pessoa, quanto menos se importar com os demais, mais irá imaginar que tudo o que acontece ao seu redor e que lhe afeta, só pode ser por sua causa ou para lhe servir. ("Quem tem dinheiro te roubou(...), " o prazer é todo seu, se você entra a casa é sua")

 Egocentrismo é uma fase normal do desenvolvimento do ser humano, que acontece na infância ("todos são espelhos pra você, só pra você a vida corre,quando você dorme o mundo morre"), mas que, nota-se, muitas pessoas não conseguiram deixar lá na infância.

E este comportamento está se escancarando nos tempos atuais. Condutas como " se eu estiver bem, dane-se os demais" e " antes ele do que eu", ataques a pessoas que pensam diferente nas redes sociais - e fora do ambiente virtual também, a tendência a tomar quaisquer comentários ouvidos ou lidos como ataques pessoais.. o que é isto a não ser a concretização destes versos:


Estão olhando pra você,
Estão falando de você, 
A chuva é pra molhar você,
A guerra é pra matar você
A reza é pra salvar você, 
Cachorros latem pra você, 
Cuidado com você
Cuidado, cuidado, cuidado!
Com você! 



Podemos também notar que a advertência "cuidado com você!" Pode ter dois sentidos: a pessoa tem de se cuidar "até morrer" , já que "só para ela a vida corre", já que tudo acontece para ela e por causa dela. Ou também pode significar para a pessoa tomar cuidado para não virar inimiga dela mesma. 

"Até, até, você morrer, cuidado, cuidado com você!" pode ser perfeitamente esta advertência: tome cuidado com seus pensamentos, com o que você pode acabar fazendo contra si mesmo. 
















2 de fev. de 2018

1 Imagem, 140 Caracteres # 228

Oláááááá! 

Hoje é sexta-feira e está chegando a imagem que muitos aguardam, para a nossa BC semanal! 

E então, todos prontos para exercitar a capacidade de síntese? 

Hoje não vou ficar enrolando (deixo isso para as próximas postagens, ahaha). 

Bora liberar a imagem desta semana!




Viu o arco-íris no céu, lindo e tão inalcançável. 
Não se contentou em apenas contemplar.. criou o seu próprio arco-íris e trouxe cor ao seu dia! 




Propagandinha: só lembrando que terça-feira tem capítulo novo de Doppelgänger e quarta, postagem aqui no blog!

Até logo, gente linda! 




31 de jan. de 2018

Resenha: Onde vivem crianças Irrecuperáveis, de ThallesTerassan

Desafio Literário 2018: O Primeiro livro de uma série




Onde Vivem Crianças Irrecuperáveis



Autor: Thalles Terassan
Disponível na plataforma Wattpad 
(Em revisão)

Disponível para venda no Clube de Autores, nas versões físico e e-book, com 236 páginas. 
Link para venda: http://goo.gl/VsWHhP


Ilustrações de Daniella Salamão

ATUALIZAÇÃO:  O livro também está disponível para venda no Clube de Autores, nas versões físico e e-book, com 236 páginas. 


"Condenada a passar o resto de sua vida em um orfanato para crianças insanas, Pandora, uma infeliz jovem de 12 anos, foi acusada por ter supostamente assassinado seus pais, mas o que ela não esperava é ter esquecido de seus crimes e de tudo antes disso, fazendo-a questionar se é mesmo uma criminosa. Agora a garota embarcará para o desconhecido, viajará através de sonhos e lembranças, enfrentará criaturas peculiares passando por lugares inimagináveis e encontrará as respostas para todos os pecados que envolvem seu passado e o Insanity Asylum." ( sinopse escrita pelo autor)




    Crianças que não podem continuar vivendo em  sociedade. Um orfanato. Uma diretora. Parece um enredo que já conhecemos, não é? 
Mas já antecipo: as semelhanças com o Lar da Senhorita Peregrine param por aí.Apesar do autor ter se inspirado na ideia do orfanato, a história é bem diferente! 




Regras de conduta, que aparecem
logo no início do livro
Neste livro não veremos peculiares, paisagens paradisíacas e uma diretora zelosa (pelo menos não com as crianças). 

Pandora é uma menina de doze anos que um belo dia, vê-se no banco de trás de um carro, com as roupas sujas de sangue, sendo levada por um motorista que não conhece, e que diz que ela matou os próprios pais. 
A menina não consegue lembrar-se disso.. aliás, não consegue lembrar-se de nenhum fato anterior àquele dia. Abandonada às portas do Insanity Asylum  apenas com sua mala com  e a roupa do corpo em frente ela é recebida por Pompoo Purnel, diretora do orfanato.

A princípio a diretora parece simpática e a recebe com carinho, porém logo some de vista. Não costuma conversar com as crianças, permanecendo quase o tempo todo em sua sala. Quando sai, geralmente é para reprimir os irrecuperáveis,sendo agressiva com eles fisicamente,  não admitindo ser questionada. A ordem e a disciplina são importantes, segundo ela. E nada deve sair dos trilhos, o que ela mostra com veemência quando logo do dia seguinte dá um tapa em Pandora simplesmente porque a menina aos gritos após um pesadelo pede para falar com ela. Os demais funcionários também não dão muita atenção para as crianças, que passam os dias encerradas dentro da construção, sem sequer poder sair para apreciar os jardins.


As janelas são fechadas e com tábuas pregadas, entrando pouquíssima luz do sol, com exceção da enfermaria. A iluminação fica por conta de castiçais. 
Pandora Moon, por Daniella Salamão
A comida é terrível e insuficiente para saciar a fome e as opções de lazer são limitadas: instrumentos musicais maltratados e decadentes e uma vitrola que não para de tocar durante o dia inteiro. 


Assim os dias vão se arrastando, sendo que apenas a hora de dormir traz uma forma de fuga desta realidade: as crianças devem conectar-se a dispositivos chamados "drenadores", para substituir pesadelos por sonhos bons.. Uma forma de fugir da realidade terrível que atormenta as crianças, todas internadas neste orfanato por terem assassinado alguém da família. 

Porém, Pandora desde o início sente que algo está errado: tem pesadelos, não consegue recuperar totalmente suas memórias, nota que tanto ela quanto as outras crianças estão ficando magras, sentindo-se mais fracas. E não sabe se as lembranças que tem são reais, por isso começa a questionar-se: será mesmo uma assassina? Por que a diretora é tão ríspida? Por que o ambiente é tão precário, se todos os funcionários insistem em assegurar que tudo é feito pelo bem dos irrecuperáveis? 

O sumiço de uma menina antes de Pandora chegar ao orfanato, juntamente com  as histórias que ouve de outras crianças que estão ali a mais tempo deixam a menina mais intrigada a cada dia...Durante este tempo, ela faz amizade com duas outras crianças de sua idade, que a ajudam a investigar a estranha rotina do orfanato e a passar em provas estranhas que acontecem durante o sono. 

Pompoo, a diretora, revela-se ao longo do livro como uma pessoa cruel, e o real motivo da existência deste orfanato ainda é um mistério para as crianças e adolescentes que lá residem. 

Conforme Pandora investiga, vai descobrindo cada vez mais coisas terríveis... e o pesadelo está apenas começando. 



Como dito acima, este é o primeiro livro de série que conta com três livros e um quarto com crônicas ( como um spin-off: irrecuperáveis contando como foram parar no Insanity Asylum). 


A narrativa é tensa, levando-nos a sentir as emoções das crianças e imaginando se eles são realmente irrecuperáveis. 

Chama a atenção também o capricho do autor, com uma ilustração instigante no rodapé da página de cada livro ( estou começando a ler o terceiro), as ilustrações e a dedicação em criar uma trilha sonora e book traillers que ampliam a experiência de quem está lendo. 



Ilustração no rodapé das páginas do primeiro livro. 

Há alguns erros de ortografia, porém o livro está em revisão ( o autor visa uma publicação em livro físico) e a promessa de que estes erros serão sanados. 





Pôster criado pela ilustradora Daniella Salamão
Volumes da trilogia Irrecuperáveis:

1- Onde Vivem Crianças Irrecuperáveis
2- Rebelião dos Irrecuperáveis
3 - Liberdade para Irrecuperáveis

4- (Spin-off's): Crônicas de Irrecuperáveis.(com participação de outros autores)


Book Trailler  ( Youtube) 



Para quem gosta de histórias envolvendo adolescentes e terror, recomendo! 

26 de jan. de 2018

1 Imagem, 140 Caracteres # 227

Oi!!! 

E aí, como está este fim de janeiro? 

Em primeiro lugar, muito obrigada pelos comentários nas postagens passadas, este carinho motiva a continuar escrevendo! 

E em segundo, sem enrolar mais, vamos à imagem desta semana? 
A imagem abaixo está em meus arquivos já faz um tempo, por isso não lembro mais  de onde ela veio.
O  que será que está se passando pela cabeça desta jovem? O que pode estar acontecendo? Vamos ver o que os e as participantes da BC vão narrar! 




  Não consigo comer nem esta fatia de pão sem pensar em engordar! Acho que vou tentar pelo menos tomar este copo d'água...






( Em tempo: anorexia é coisa muito séria! Se conheces alguém assim, procure ajuda urgentemente para esta pessoa. Anorexia mata!) 


Até a próxima, povo! 




25 de jan. de 2018

Resenha: O Feijão e o Sonho, de Orígenes Lessa

Uma das capas da Editora Ática

 Desafio Literário 2017 ( atrasado): Um livro que você leu na escola

Autor:  Orígenes Lessa

Editora:  Ática

145 páginas










Ah, a Coleção Vaga-lume!  O primeiro contato de crianças e adolescentes de algumas gerações com a literatura nacional!

Outra capa, da Editora Global
Tendo sua primeira edição em 1938, O Feijão e o Sonho mostra o conflito no relacionamento entre o poeta José Bentes de Campos Lara ( conhecido como Campos Lara apenas - ou para a família, Juca) e sua esposa, Maria Rosa. Apesar de muito se amarem e ser um casal unido, possuem personalidades antagônicas, que transparecem até na narrativa em terceira pessoa: capítulos que mostram mais o ponto de vista de Campos Lara são mais poéticos, já os que mostram o ponto de vista de Maria Rosa são mais ponteados por diálogos e com um linguajar mais simples. 

O título do livro é uma metáfora a estes comportamentos tão diferentes: O Feijão - Maria Rosa - que precisa lutar para manter a casa organizada, lidar com o pouco dinheiro que entra, fazendo malabarismos para manter os filhos vestidos, alimentados. Maria Rosa é a praticidade, o bom senso. 
Outra capa na coleção Vaga-lume
O Sonho - Campos Lara. Escritos com seis livros publicados, intelectual, dado a longas conversas literárias com colegas escritores, mergulhado em livros e que é capaz de varar a noite escrevendo. Campos Lara é tão sonhador, que acaba ficando alienado, esquecendo-se do horário de trabalho, de prestar mais atenção ao lar e aos filhos. Não se dá conta de que o dinheiro que entra na casa mal dá para as despesas básicas. 





Boa parte do livro narra estes conflitos: Maria Rosa tenta a todo custo fazer com que Juca "desça um pouco nas nuvens" para ao menos ter um salário digno, já que o esposo dificilmente para em algum emprego. Campos Lara tenta continuar famoso, criando novos poemas, cultivando o sonho de viver de sua literatura. Ele tem muita dificuldade em conciliar estes dois mundos, o do sonho e o do "feijão" , ou seja, conseguir sustentar com dignidade a família. Maria Rosa obriga-se a ser totalmente o lado prático. 

Há momentos em que Campos Lara consegue algum retorno com a literatura, porém nunca o suficiente para poder viver exclusivamente disso, a não ser por um período de relativo sucesso. Com o tempo, as expectativas frustradas o fazem tomar um pouco mais de senso da realidade e conformar-se em permanecer em um emprego, deixando a situação financeira de sua família um pouco melhor, mas sem luxos. 

Li este livro pela primeira vez quando estava terminando o Ensino Fundamental, mas não me recordo exatamente em que ano. Na época, não entendi direito algumas alusões, principalmente sobre as fofocas que o povo da cidade de Capinzal, onde Campos Lara morou por um tempo, faziam uns sobre os outros. Para realizar esta resenha, li o livro novamente, e agora como adulta entendo muito melhor a fúria que dominou o escritor quando ele precisou passar a limpo as intrigas que estavam fazendo, falando dele pelas costas. 

O livro leva a refletir sobre desejos e obrigações, aspirações e limites que a vida nos impõe.  Lembro-me agora de um ditado: "nem tanto ao mar, nem tanto à terra": Em nossa vida, não podemos ser exclusivamente "feijão", para não nos tornarmos amargos, nem tanto "sonho", para não perdermos o senso da realidade. 


Também faz pensar sobre as dificuldades da profissão de escritor, de viver de literatura. 

A trama simples do livro, dividido em 51 capítulos sem títulos, agradou bastante aos leitores e à crítica. No ano seguinte ao seu lançamento, o livro ganhou o Prêmio Antônio de Alcântara Machado, da Academia Brasileira de Letras. 

A história foi adaptada também para a televisão ( novela na TV Educativa em 1969 e em 1976 na TV Globo), além de apresentações no programa de teleteatro,  na TV Tupi, em 1952 e 1956.



Onde encontrar o livro: 
  
Pôster com o os atores que interpretaram
Campos Lara e Maria Rosa


Vídeos: 





20 de jan. de 2018

7 Anos de Blog!

Bom dia, boa tarde, boa noite! 



Postagem curtinha só para dizer que o Devaneios e Desvarios já está saindo da primeira infância, rsrsrs... 


Iniciei o blog em janeiro de 2011, com objetivo de compartilhar textos que eu tinha registrado em cadernos diversos ( que escrevia, rascunhava, enfim..) desde a adolescência,e também como um lugar de desabafo, uma válvula de escape. 

Começando de forma despretensiosa, como um espaço para diversão, logo tomou uma dimensão maior.
 Conheci, através da blogosfera - não se se ainda usam este termo - vários outros blogs e seus autores e autoras maravilhosos (as), com os quais boa parte ainda mantenho contato até hoje, seja pela blogosfera ou pelas redes sociais. 



Será meu sonho ter mais livros com meu nomezinho
em minhas mãos? 
E foi esta interação que me deu coragem de revisar vários textos meus e transformá-los em livros, conhecer outras plataformas de divulgação, editoras e tanta gente legal que também utilizava e utiliza seus blogs para os mais diversos fins. 

Houve momentos em que pensei em pausar o blog? Sim. Já fiquei um bom tempo sem inspiração para postar, já fiquei tentada a excluir, e devo confessar que se não fosse o compromisso com a #1Imagem140Caracteres este blog teria ficado meses sem postagens novas. 


Mas, por mais que as obrigações do mundo fora desta aldeia global chamada internet preencham nossos dias, quem gosta de escrever vai encontrar uma forma de não deixar a peteca cair! 

E, agora, como dizia Emília, personagem imortal criada por Monteiro Lobato, a vida é um pisca-pisca... e em um piscar de olhos, sete anos se passaram! 

Não posso mandar um pedaço de bolo para cada um, mas abraços e beijos virtuais estão chegando a cada pessoa que está lendo neste momento! 

Então, parabéns para o blog e para todos que fazem da internet um lugar melhor com suas interações! 




19 de jan. de 2018

1 Imagem, 140 Caracteres # 226

Bom dia, pessoas lindinhas do meu coração! 


Tudo bem? 


Chega mais uma vez a sexta-feira de uma semana chuvosa e trovejante por estas bandas. (se não estiver mais assim, não pense que enlouqueci.. estou programando esta postagem em uma chuvosa noite de quarta-feira). 



Vamos à nossa imagem desta semana? 






Ligaram do hospital. As ferramentas de trabalho ficaram ali. Esperando silenciosamente




Bom final de semana!!!









1 Imagem, 140 Caracteres #602

  Boa tarde!  Eu havia preparado a #1Imagem140Caracteres e agora vi que não apareceu. Devo ter clicado em algo errado. Então, vamos lá, reee...

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