Ah, o tempo. O tempo é tão cruel. Leva tanta coisa com ele...
Às vezes paramos para pensar em como nossa vida correu até aqui. E muitas vezes olhando bem para trás, não parece que aquela vida era nossa.
Para nós, que hoje em dia protegemos tanto nossos filhos, mantendo-os sempre calçados, limpinhos e arrumadinhos (na medida do possível), parece mentira que um dia, em crianças, pisávamos na lama, pés descalços, subíamos em árvores, vivíamos com os cabelos ao vento e brincávamos com raízes, sementes e sabugos.
Parece mentira que um dia já estivemos, como as crianças de hoje, em um banco escolar, tentando escrever ovo e uva, e sem entender por que também, além e parabéns levam acento agudo.
Parece mentira que um dia, em nossas vidas, jogamos bolinha de gude (clica); que cantávamos, em fila, o Hino Nacional; que íamos jogar futebol com o campo molhado mesmo, (coitadas de nossas mães, principalmente nas sextas);que nos escondíamos de nossos pais para não apanhar (mas nem sempre funcionava).
Parece mentira que já fomos adolescentes, que enchíamos páginas e páginas de cadernos com poemas, coraçõezinhos com flechas, desenhos; que temíamos que nossos pais entrassem em nosso quarto; que já nos sentimos a pessoa mais sem graça da turma; que já choramos, nos sentindo sozinhos e incompreendidos.
Parece incrível, mas tudo isso já aconteceu conosco e hoje em dia vai acontecendo com outras pessoas. É a dança da vida. É o tempo, que arrasta tudo.
E nós vamos passando e, não podemos negar que, apesar de tudo, sentimos uma saudade...
Lindo texto, minha querida!
ResponderExcluirEncontrei seu blog, pelo da Silvana (Meus Devaneios Escritos). Amei. Vou voltar sempre que quiser me perder nos textos lindos que você produz!
Abração,
Drica.
Você é muito gentil, Adriana, sinta-se sempre bem-vinda e à vontade!
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