A caneta não quer escrever
O lápis se recusa a fazer
O papel não aceita.
Pego novamente a caneta,
O papel se esquiva
O lápis quebra
A caneta rola e some de minha vista
O papel rasga
O que pode ter de tão ruim
No desejo de escrever essas palavras?
Por que hoje elas ficam presas?
Por que nem o papel, que tudo aceita,
Quer ser ninho destas palavras malditas?
Que terríveis sementes podem surgir
Destas palavras ao qual o abrigo é negado?
Que consequências poderão ter
Estas palavras que ninguém quer?
Por que não podem sair?