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8 de ago. de 2012

Depois da Festa


(ou “Ai, nossa...)”

escrito em 2005 (poutz, faz tempo!)

Festa é sempre festa. Pode ser festinha de amigo, de firma, festa de Igreja, baile, festa das tradições do município, mas há um ponto em comum a todas: pessoas que passam da conta na bebida.
Cantando, cambaleando, quietos ou infernizando a vida dos incautos transeuntes, lá estão eles. Não é difícil encontrar uma dessas criaturas, de olhos injetados e copo – quando não é garrafa - na mão, assoviando, berrando para quem passa e, quando a bebedeira atinge o ponto máximo, chamando o poste de meu amor.
E coitadas de nós, do sexo nada frágil mas alvos preferidos desses carinhas! Além das cantadas ridículas cheias de erros de português, tem o bafo. E não é porque a gente dá bola não, é que a locomoção fica difícil num lugar apinhado de gente!
Tocando em outro ponto agora: quem já não teve de levar algum amigo ou parente bêbado para casa? Pior: bêbado chato? Sim, porque (fazendo um trocadilho agora) se o cara de porre já é um "porre", o cara de porre e ainda por cima chato é invencível!
Já começa na saída, quando, arrastado por três amigos (que realmente devem se importar com ele!) se dá ao luxo de berrar: “estou sendo carregado em triunfo!” ou então “gente, eu tô bem, não precisa!”. Aí se coloca o carinha dentro do carro. A casa do infeliz fica láááá nos cafundós de não sei onde. E lá vão vocês, levando o cara prá casa. A criatura passa o percurso inteiro cantando “eu não sou cachorro não” e contando piadas politicamente incorretas, daquelas de almanaque xerocado. Ou pior ainda: fica berrando “cuecão de côro, mano” prá todos os que passam na estrada.
Imagem tirada daqui
De repente, ele fica quieto. Vocês pensam que acabou, mas não acabou não. Daí a pouco, vocês ouvem “eu não me sinto muito...” e a porta do carro se abre para que ele vá lá fora, se é que dá tempo de ele sair do carro.
Daí a pouco ele volta. Falta ainda meio caminho para a casa dele. Algo deve ter ficado em sua roupa e agora o carro fede. E ninguém tem sequer uma bala para curar o bafo do cara!
Finalmente vocês chegam na casa dele, ufa! Devidamente entregue, ele vai curar a ressaca. E vocês vão para casa. Cansados. O dia seguinte é dia de trabalho. Ai.
Depois de alguns dias, vocês topam com ele. Após um breve cumprimento, vocês ainda têm de ouvir: “pois é, acho que exagerei um pouco”.
É isso aí.

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Agora, falando sério: ninguém precisa encher o corpo de álcool para curtir a vida.. se  estás exagerando e tens consciência disso, abra o olho.. antes que seja tarde demais. 

2 comentários:

  1. Olá, Marina.
    Não tenho o hábito de beber, e meus amigos são inteligentes demais para fazerem esse papelão que descrevestes aí, então nunca passei por um mico desses.
    Abraço, Marina.

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  2. Olha, confesso que já tomei um ou dois porres na vida. Eu acho que todo mundo já tomou um. Mas não cheguei a esse extremo de ter que ir carregada pra casa, ou de vomitar em público. Agora, depois de tudo isso, dizer "acho que exagerei um pouco"... Primeiro: imagine quando ele tiver certeza!... Segundo: exagero nunca é pouco, ou não seria exagero.

    Muito bem escrito o seu texto, rs. Gostei.

    um beijo.

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