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12 de set. de 2012

Metallica, Chuva e Pensamentos Voejantes

O player do computador está tocando Of Wolf And Men, e ouço barulho de vento e chuva lá fora. Até que tem harmonia nisso tudo. Estou sentada aqui faz alguns minutos, eu havia tido uma ideia legal para meu trabalho. Mas, como sói.... foi sentar aqui, ligar o editor de texto e a ideia fugiu. E nem adianta fazer como um colega meu, professor, que quando esquece algo fica recitando as letras do alfabeto.. sim,quando chega na letra inicial do que ele esqueceu, lembra e continua o trabalho. Isso não funciona comigo.
E agora, o que faço da minha vida sem você, o que eu ia escrever mesmo? Poxa, era uma ideia tão legal... acho que se houvesse alguma máquina portátil que registra a atividade do cérebro, nesse momento apareceria o desenho de uma caixa craniana vazia. Maldição! Era um roteiro de planejamento tão legal... tinha algo a ver com... a, b.... peraí, já disse que isso não funciona! Isso que em menos de cinco minutos já abri o player, o Metallica continua tocando aqui, já abri umas trocentas mil abas no navegador da internet porque lembrei de um monte de coisas que tinha de atualizar e não terminei de digitar o endereço do meu e-mail. Daqui a pouco vou ter de jantar e tenho na minha frente um computador com um monte de coisas abertas, sem usar de verdade nenhuma delas. Esse é um dos males da tecnologia, penso eu. Já lembrei de pedaços de música, das crianças lá da escola, do que vai ter no jantar, até a musiquinha dos smurfs já veio na minha mente, mas o que eu ia escrever mesmo?
Não, não sou hiperativa, estou é me autosabotando. Ou será auto-sabotando? Ainda não assimilei toda essa reforma ortográfica. Não lembro onde está meu dicionário e me recuso a abrir mais uma aba no navegador para procurar o dicionário on-line.
Minha mente parece com o caos, cadê uma entidade para dizer a ela “Faça-se a luz”? Ei, espera, essa entidade sou eu!
Lá vou eu pegar a agenda do que quero fazer hoje. Agora vão pelo menos uns cinco minutos até conferir a lista.
O que? Já faz uma hora que estou aqui? Oh, droga, preciso sair! Seja lá o que eu tinha para escrever, espero que não seja importante. Lá vou eu....

10 de set. de 2012

Dicas da Semana # 42


Quadrinhos! Quem gosta de quadrinhos?

 \o/  

Então, as dicas desta semana servem para vocês!!!





Clara Gavilan demonstra muito talento com "lápis, nanquim, aquarela e papel".

 É uma ilustradora que atualmente(.....)se dedica a um escritório próprio de ilustração e design que tem como foco projetos na área de ilustração editorial e narrativa visual, além de ministrar aulas de desenho e pintura para crianças e adultos. 

 

Sua galeria pode ser conferida no site. Além disso, publica todas as terças-feiras em seu blog tirinhas bem-humoradas e reflexivas sobre trabalho, valores, sentimentos, universo feminino, entre outros temas.

Confira, opine, faça contato, divirta-se:





A descrição do blog fala tudo:

"Quando falo em ler (ou valer), não destaco o rápido consumo de imagens e palavras, mas da leitura enquanto presença-ausência: presença da HQ que está na nossa cara exalando o cheiro de sua tinta, e ausência na medida em que algo nos escapa, e que portanto no faz mergulhar numa busca, partir numa viagem, numa jornada em imagens e palavras(...)
É mais ou menos nesse intuito que nasce este blog. Ler quadrinhos a partir da sua sarjeta – metaforicamente falando, é claro. Ler quadrinhos, então, por aquilo que deixamos escapar, que no fluxo jogamos de lado, e que como uma interrupção aparece para um breve momento de reflexão. "

O blog foi criado em Fevereiro de 2011, e consegue com primor cumprir sua proposta inicial: analisar quadrinhos, as temáticas dos diversos gibis: filosofar sobre a história dos personagens fascinantes - ou nem tanto - dos universos Marvel, DC Comics, Turma da Mônica,entre muitos outros. Comenta sobre os autores, o contexto em que os quadrinhos foram produzidos, demonstra paralelos entre personagens, entre muitas outras coisas. 
Destaca aspectos de histórias e personagens que muitas vezes não nos damos conta em uma primeira leitura. O blog é muito bem organizado, suas seções são fáceis de encontrar É um prato cheio para os fãs de quadrinhos que gostam de ir além do desenho, além da história.


7 de set. de 2012

Várias Facetas, Várias Vidas - 5ª Parte (I)

ANA

Sete e meia da manhã. O celular, enfim, tocou. Boas novas, enfim! Se eu poderia ir ao setor pessoal e assinar o contrato? Com certeza!
Rapidamente me vesti, peguei tudo o que precisava e fui para o exame admissional. De lá, direto para a empresa. Tudo certo, começaria no dia seguinte.
A euforia de sentir uma corda saindo de meu pescoço foi tão grande que saí rodopiando do setor pessoal da empresa. Estava um dia lindo, como naquela manhã em que precisei recarregar as baterias. Ainda tinha alguns trocados no bolso. Comprei um sorvete, fui para casa a pé, saboreando lentamente o momento, sentindo o gostinho do chocolate fazendo festa na minha boca. Tudo bem, eu precisaria me prepar para novamente ter horários, obrigações... mas não sabia o porquê, estava muito confiante. Algo dentro de mim dizia que tudo correria muito bem.
…............................................................................................
Cinco anos se passaram. Continuo na mesma empresa... mas não no mesmo cargo. Eu estava certa! Encontrei meu lugar aqui... as pessoas são muito empenhadas, colaborativas. Meu chefe, Sr. Geraldo, tem viajado muito, e delegou a mim várias funções..Eu praticamente passei de auxiliar de recursos humanos a braço direito dele. Estou crescendo muito aqui, principalmente em aprendizado! Ah, e a tão sonhada independência... agora até mesmo ajudo meus pais! Mas continuo morando na mesma casa. Aprendi, além de tudo, a manter humildade – e ambição sob controle.
A moça da recepção, aquela que em minha entrevista de emprego estava lá, jogando paciência, continua na recepção.... Vi que o chefe tem certa afeição por ela, percebe que a moça tem potencial, pois teve chances de demití-la, de chamar-lhe a atenção por causa de sua apatia em vários momentos. Mas não o fez. Comecei a conversar com ela. Mostra-se uma pessoa inteligente, apesar de fragilizada. Faz um conceito errôneo de si mesma. 
Ouvindo-a falar, compreendi por que o Sr.Geraldo faz questão de mantê-la: ela é uma flor que está precisando desabrochar, e dá sinais de que pode crescer muito mais, fazer mais que aparenta. Há uma mulher guerreira, esperando para sair da sombra daquela criatura de aparência frágil. Precisei de ajuda, há tempos atrás, para me descobrir... e sinto que devo ajudar a esta moça também. 
Suzana, é o nome dela.

3 de set. de 2012

Dicas da Semana # 41

Dicas chegando, depois de um pequeno recesso! Nem vou ficar enrolando, vou direto ao assunto: Mais dois sites bem legais e úteis

10 anos desvendando as farsas da Web!

"Com a intenção de usar a própria internet para desmistificar as histórias que nela circulam, o E-farsas.com nasceu no dia 1 de abril de 2002."

Sabe aquelas correntes em orkut, facebook, e-mails mandados pelos seus amigos e colegas, do tipo "Vamos ajudar a tal criança, a cada clique o facebook  - ou AOL, BOL, ou os raios que o partam - doará tantos centavos? Ou do tal humorista famoso que demitiu funcionarios, ou do ator que na verdade é um extraterrestre cuja missão é nos trasnformar em hospedeiros de formas de vida híbridas?
 Pois é! Se você tem dúvidas a respeito da veracidade dessas histórias, procure o E-Farsas!
 Criado pelo Analista de Sistemas Gilmar Henrique Lopes (Note a ironia: criado no dia da mentira, com a função de desmentir), o E-Farsas analisa as mais bizarras histórias que todo dia são disseminadas pela internet, pesquisa e responde ao internauta curioso, se a história é real ou não.
O site tem muitas histórias, afinal já são dez anos. Vale muito clique e, uma outra dica: dá para passar um bom tempo lá!!!

Acesse e confira: http://www.e-farsas.com/


Ilustrações e quadrinhos da Carol Brandão!

Maldita Piñata é um blog criado pela Carol Brandão,em 2010, quando tinha apenas 15 anos.
Desde a criação do blog, já testou vários estilos de desenhar, investindo no começo em quadrinhos. Ultimamente, tem criado ilustrações, inclusive  no momento está fazendo algumas para um site. 
Seu traço mostra muito talento e é impressionante ver a evolução dos desenhos desde o início do blog. 
Carol também participa do projeto Escravos do Nanquim

28 de ago. de 2012

Balada do Céu Negro

Era noite, e Lúcia ia caminhando sem pressa, silenciosamente. Cabeça baixa. Volta e meia chutava uma latinha, metal ecoando pela rua deserta.
Céu negro. O luar havia sumido, a chuva não tardaria.
Negro. Céu. Coração. Dia.
Mais uma vez, voltava para casa sozinha, ruminando seus pensamentos. Era assim, desde que descobrira que seu primeiro amor, na verdade, nunca fora recíproco. Adilson era tão imaturo! E Lúcia, uma boba.
Foram meses apenas trocando olhares; semanas conversando, se conhecendo, e Lúcia tolamente se apaixonando. "Que legal, finalmente aconteceu comigo! Agora sei o que é amar"
Não, ela não sabia. Como também não sabia que Adilson apenas queria "ficar".
"Burra, burra"! Pensava consigo."Fiquei tanto tempo me arrumando, com o coração aos saltos cada vez que a gente se encontrava em alguma festa. Achava que ele também era apaixonado por mim".
A paixão durou até a festa seguinte, quando Lúcia o viu com outra menina, amiga dela.
Tentou se iludir, "estão apenas conversando".
Adilson a viu, fez sinal. Foram até a pracinha conversar, e ela ouviu:
" Eu estou muito confuso, então gostaria de dar um tempo".
Em menos de meia hora, ele já estava dando um tempo e sabe-se lá o que mais, com a outra menina!
E como arrancar o que estava sentindo? Ele a procurou outras vezes, e ela não conseguia resistir.
"Fraca!"
Mas esta noite fora diferente. Ela o deixara lá, plantado. Adilson chegara até a mesa em que Lúcia estava, querendo "dar uma volta",e ela finalmente reuniu coragem e disse "não".
Foi embora. E agora estava na estrada, indo para casa, logo perto. Chutando latas e pensamentos. Iria arrancar esse maldito sentimento e crescer!
"Argh, adolescência, por que prega essas peças? Isso vai passar?
Vai. Vai passar."

E continuou seu caminho, cantando baixinho a Balada do Céu Negro.
 



Não há nada que acalme um coração que faz
Do amargo seu sabor
Nada basta a minha alma que reclama sem paz
Os teus beijos sem amor
Vejo céu negro derramar
sobre a cidade a sua dor

Meus olhos no rastro do sol
que a tempestade nunca apagou
pra onde vão desejos?
palavras sem razão?
Pra onde vão palavras?
versos ao vento vão 


24 de ago. de 2012

A pulseira, o relógio e a vida

A pulseira do meu relógio quebrou. Foi numa queda, um tombo quase infantil.
Estava tão acostumada a viver com esse relógio no pulso, que pensei comigo mesma: assim que sair do trabalho, mando consertar.
Mas... os dias foram passando. Era meio difícil, pois nem sempre o relógio nas salas de aula marcavam o horário certo, ou então eles paravam. E eu vivia esquecendo de, ao sair do trabalho, parar na bendita relojoaria. E fui procrastinando o conserto, que parecia tão importante.
Os dias logo transformaram-se em semanas, meses. O relógio continuava em um cantinho da bolsa, marcando o tempo, lembrando de forma cruel que a vida passa. E a pulseira, em outro canto, partida em três.
Fui me acostumando a ver as horas no relógio da sala mesmo. Perdi o tique de viver olhando para o pulso vazio. Quando o relógio da sala não funcionava, colocava o celular para despertar em momentos que precisaria de um alerta (desligado, afinal não se pode usar no trabalho!).
Quatro meses se passaram. Na semana passada, finalmente tomei vergonha na cara e entrei na relojoaria:
- Preciso consertar a pulseira do relógio.
Reviro a bolsa, procuro os três pedaços. Faltava um. Não quis nem pensar em onde poderia estar. Melhor mesmo pedir uma nova. Quinze reais. Em menos de cinco minutos saí da relojoaria, começando a me acostumar de novo com o relógio aí, no pulso.
Mas minha relação com ele, assim como a pulseira, é outra. É nova.
Estava tão acostumada a usar o relógio, que parecia ser essencial sair de casa com ele.
Em quatro meses percebi que ele não é tão importante assim.
Volto a usar, claro. Mas ele é importante; não essencial.
Penso que muitas coisas, relações, acontecimentos - e o Criador que me perdoe por escrever - pessoas são assim na nossa vida: parecem muito importantes, indispensáveis,por estarmos o tempo todo com elas, acostumados com sua presença.
Mas um dia, algo acontece e muda o continuum em que nos encontramos: pessoas saem de nossas vidas, relações deixam de existir, mudamos de endereço, de emprego, ou até mesmo um relógio quebra.
Pensamos que o relógio vai fazer muita falta, que não haverá um emprego como aquele, que aquela pessoa não deveria ter ido embora, aquela amizade não deveria ter sido desfeita. E queremos tomar logo uma atitude para consertar, emendar os pedaços.
Nem sempre dá para consertar os pedaços do que foi quebrado.. Às vezes é mais vantajoso providenciar algo novo. O relógio aqui é o mesmo. A pulseira até é parecida com a anterior, mas não igual.
E os dias vão passando,por um motivo ou outro não parece mais tão urgente consertar o que está quebrado. E vamos percebendo que o que nos acompanhava há tanto tempo não é tão indispensável assim.
Algum dia, a pessoa pode voltar. A gente pode pedir desculpas e "tudo ficar bem". Aquilo que parecia importante, depois de nos acostumarmos com sua ausência, pode voltar. Mas não vai ser a mesma coisa.
O relógio? Estou usando, mas tiro assim que chego em casa. E consulto poucas vezes no dia, apenas o essencial.
E você? Só você sabe quais pulseiras já quebraram em sua vida, e se o conserto foi rápido, lento - ou não foi feito. 



1 Imagem, 140 Caracteres #605

 Olá, gente, bom dia!  Espero que estejam todos bem, aos trancos e barrancos.  Passei a semana em uma ironia,usando redes sociais de um país...

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