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13 de set. de 2012

Uma página do Meu Diário....(Blogagem Coletiva)

Clique na imagem e conheça os blogs participantes

Esta é uma blogagem coletiva promovida pelo Diários de Bordo:

"Se você tiver um diário na realidade, pode escolher um dia que você tenha gostado muito, ou que te marcou pro resto da vida, ou até mesmo epifanias e poemas, receita de bolo da vovó que você guarda com amor em um caderno antigo, música que inspira, um conto guardado que quer sair da gaveta, um desabafo.
Se seu blog for seu diário e você quiser pode aproveitar algum post que foi especial repostá-lo.

Se quiser escrever algo diferente ou mesmo colocar uma foto tudo bem."
Isso me fez lembrar... quando era adolescente, queria ter constância necessária para escrever um diário. Mas o meu (um caderno espiral) era mais um semanário, ou até mesmo mensário, hahahah. 
Eu simplesmente não tinha diligência para escrever todos os dias - que ironia. 
Encontrei uma anotação de vários anos atrás, que marcou de uma certa forma. Postarei a folha do "diário" abaixo.
  Eu estava a ponto de completar 19 anos, e todos os meus avós ainda eram vivos. Esta avó, a que partiu primeiro, morava perto de minha casa, e mesmo assim eu raramente a visitava. A morte dela me trouxe certo arrependimento por não ter parado para uma visitinha nas várias vezes em que passei em frente à casa dos meus avós, de bicicleta.
Depois que terminou o enterro, não consegui ficar em casa, vendo meus pais em silêncio. Peguei a bicicleta e saí, fiquei no centro da cidade participando de um evento para crianças e jovens, e voltei somente ao anoitecer. A "ficha" caiu apenas dois dias depois, foi aí que senti de verdade a perda. Durante vários anos tive muitos sonhos com essa avó.  
Foi algo que serviu como ponto de partida para muitas reflexões, e de certa forma ainda influi em muita coisa que penso e faço. 
Enfim.. esta foi minha participaçãozinha na Blogagem Coletiva. Confiram os demais blogs participantes abaixo  e até a próxima!!!  
P.S. O segundo capítulo da 5ª parte de Várias Facetas, Várias Vidas, será postado no sábado, para haver um intervalo maior entre uma postagem e outra) 

Update: 

Agora vi que  a Alê Lemos, do Diários de Bordo e a Pandora, do Uma Pandora e sua caixa, já listaram os blogs participantes no post que elas escreveram  e eu, tansa, não tinha percebido ainda.  #shame.
Então, para fazer jus as elas, que foram as idealizadoras da BC, vou linkar para os dois blogs: Um link no banner, logo acima, e outro aí embaixo.

CLIQUE AQUI  ou no banner da blogagem, para ver todos os blogs participantes da BC "Uma página do Meu Diário"

Abraços!

 

12 comentários:

  1. Alguns de meus diários também era cadernos em espiral... e nem sempre mantive a disciplina de escrever todos os dias... Enquanto folheava-os em busca de algo para essa postagem também me deparei com as memórias da morte da minha bisa, depois de minha avó. Momentos mais difíceis para meus pais do que para mim é verdade... e que deixaram uma nota de arrependimento, um certo "eu podia ter feito mais".

    Talvez esse sentimento seja constitutivo de ser neto.

    Enfim, obrigada por ter topado participar, por abrir uma página de seu diários!

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  2. É, eu tbm as vezes, nao tinha grana pra diarios, e usava meus cadernos da escola, eles faziam as vezes de diarios e de cadernos de desenho, treinava meus desenhos " de quase moda" neles, todo mes minha mae me dava uma surra, porque eu sempre aparecia pedindo um caderno novo, e ela ia olhar e so via meus rabiscos e textinhos bobos, ahahaha

    A tua historia com tua vo me lembrou mt a minha. Nao pela relacao, porque eu era super apegada a minha avó e fazia de tudo , sempre, pra estar com ela, mas como vc reagiu à morte. Eu tbm, no dia que vovo morreu (eu tinha 13 anos e essa foi a idade que aconteceram milhoes de coisas na minha vida) passei o dia todo brincando com minhas irmas e primas, as pessoas todas velando minha avó e a gente brincando. Isso varou a madrugada e o outro dia. Acho que todas as pessoas ali estranharam a minha reacao, porque todos sabiam do meu amor por ela. A ficha so caiu, como vc mesma disse, na hora que baixaram o caixao da minha avó. Me deu uma doideira,menina, eu cai num choro arrebatador, chorei de gritar e solucar, dizia que queria ir com ela, queria me jogar naquele buraco, as pessoas tiveram que me segurar. Foi um horror! Só ali entendi que nunca mais a teria de volta, foi terrível, uma dor mt intensa.

    Qd vc diz que sempre sonha com ela, isso significa, eu acho, que vc no seu interior, se sente ainda culpada pela ausencia que acha que teve na vida da vó. Sabe, semana passada foi a primeira vez que sonhei com minha avó. Depois de quase 29 anos de sua morte. Foi um sonho incrivel ate escrevi no blog :-(

    Bom desculpa aê tanto texto. Vc deve ter mt coisa pra ler hj com a BC.
    Bjs!

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  3. Agora que eu me toquei que a palavra "diário" significa algo para se registrar diariamente. #asno
    A morte é algo que, mesmo que seja a única coisa certa nesta vida, consegue nos chocar de forma terrível.
    Senti, além de nostalgia, uma certa culpa neste seu texto ainda, depois de tantos anos, por não ter tido muito contato com esta avó. Mas em família é assim, sempre há alguém com quem temos mais contato e outros não. Normal.
    Sobre se sentir "anestesiada", penso que a maioria sinta esta anestesia com mortes súbitas, depois que o cérebro "digere" a realidade, é que conseguimos viver plenamente o luto.
    Parabéns Mari, gostei muito da sua participação e pela colaboração em postar os links. Valeu!

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  4. Olá Mari
    Que linda e comovente participação,não é nada fácil uma perda.
    Parabéns por compartilhar um momento tão seu, Beijinhos.

    http://eternamentevv.blogspot.com.br/2012/09/uma-pagina-de-meu-diario.html

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  5. Oi Mari, que página marcante esta que vc resgatou de suas anotações.Registrar os sentimentos que nos tomam diante de tristezas como essa, faz-nos reler quem fomos, quem somos, o que desejamos...
    Foi uma tocante participação.Te deixo um abraço forte e meu obrigada pela gentil visita.Amei!
    Bjos, Bjos,
    Calu

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  6. Qdo meu avô morreu, tive essa impressão. Nem estava na cidade e não tive como voltar por ser final de ano e não ter como voltar. Fiquei triste, mas depois de alguns dias é que ficha tbm me caiu.... Acho que fiquei com consciência pesada... e nos últimos dias de minha avó, eu cuidei dela, no hospital, com todo o amor e carinho e que tinha por ela.
    Fases tristes de nossas vidas.... inevitáveis.

    Beijos

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  7. Olá menina... não sei seu nome, então vou chamá-la 'MENINA' ;-)
    É... chega o dia em que a vida nos apresenta a morte e não é uma boa experiência.
    Lembro-me de quando meu pai morreu... eu já tinha filhos... já estava divorciada... já era bem 'grandinha'. Mas eu pensei em "nunca mais"... e me pareceu muuuiiiita coisa a me atropelar.

    Bem, sei que o tema da BC não é a morte. Desculpe-me por pegar "carona" no seu diário.

    AH! Gostei daqui e estou te seguindo.

    Abração
    Jan

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  8. Tão sincera sua página! Acho que quando começamos a perder as pessoas, e são sempre os avós, ficamos assim mesmo, meio anestesiadas.
    abs
    Jussara

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  9. Lembrei que a minha avô também morreu assim, de infarte. Do nada. Foi brusco. Eu era criança. Hoje, quando vejo as pessoas falando de seus avós com tanta afeição sinto uma pontinha de inveja. Os meus vinham nos visitar muito raramente. É como se não ligassem. Mas,os tenho no coração e é isso o que importa. Adorei a sua participação. Queria eu ainda ter algum vestígio do meu diário (o rasguei há muito tempo).

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  10. Olá Mari,
    Adorei sua blogagem, mas infelizmente dessa não estou participando! Ela serve como exemplo de que não devemos deixar para depois a manifestação de nosso afeto para os amigos e parentes, pois nunca sabemos o dia de amanhã. De repente a pessoa se vai e não falamos o quão gostamos dela ou pior, quando ficam mágoas mal resolvidas.

    Abraços, Flávio.
    --> Blog Telinha Critica <--

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  11. Aprendemos somente com os momentos ruins. Os momentos bons, infelizmente nada ensinam.
    Eu não sei se me comportaria tão independente como você. Mas também, que me lembre, a minha única avó que estava viva quando eu nasci, morreu quando eu morava fora e não podia vir para o seu enterro. Ninguém me contou da morte dela, para não me sacrificar. Somente quando cheguei ao Brasil, vieram me dar a notícia. Quando jovens, nos apegamos mais aos amigos do que com os familiares. Senti mais a morte de uma amiga do que a da minha avó.
    Bom te ler!! Beijus,

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    Respostas
    1. Oi Mari,
      Tocante seu relato e suas palavras escritas na epoca me remeteram a um tempo em que também me deparei com a morte. Foi a de meu avô paterno a quem era muito chegada. Ele morreu subitamente num atropelamento próximo de casa. Fiquei tão chocada que passei dias indo até o local e ficava parada, só olhando para o chão manchado. Até hoje não me recordo disso. Minha mãe e meus irmãos é que comentam. Que coisa não? Menina, adorei isso tudo e seu blog é lindinho. Vou aparecer aqui mais vezes. Bjs

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