Quando parti, contemplei pelo que pensei ser a última vez as montanhas ao longe. A cidade calma, a vida devagar, o dia se arrastando. Homens, mulheres, crianças, para lá e para cá em suas bicicletas. Um coreto na praça central, um pipoqueiro com seu carrinho. O sol ia se pondo, mansamente. Lugarzinho bucólico.
Eu queria mais. Aquele lugar parecia pequeno, era pequeno para mim, para minhas ambições, meus planos. E eu precisava de mais. Precisava crescer.
Mais duas dicas de sites para começarmos a semana!
Enjoy!
Blog do Chain
Este blog foi criado para divulgar a Livraria do Chain,em Curitiba. A livraria é de propriedade do senhor Aramis Chain, livreiro há mais de quarenta anos
No blog encontram-se dicas de livros, textos e amostras dos exemplares disponíveis na livraria, com dados bem completos (nome do autor, preço, editora, telefone e e-mail de contato para quem quiser pedir o livro mencionado). Também
Um modo interessante de divulgar a livraria, conseguindo potenciais clientes virtuais:
Um blog que fala, respira, se alimenta de livros e afins. Segundo a autora, " Este é um mundo virtual onde você fica por dentro das ultimas novidades em livros e filmes!"
No Literary World você encontra resenhas de livros e filmes, sorteios de livros e um espaço para o leitor ajudar a escolher a próxima obra a ser resenhada.
Tenho notado um fenômeno que vem ganhando força, ao qual chamarei aqui de "leitura fast-food": pessoas que querem ler, porém sem ter que empregar mais de dois minutos. (aliás, dois minutos já é muito).
Experimente postar uma opinião que contenha mais de um parágrafo no orkut, facebook ou por e-mail: uma das respostas inevitáveis é "preguiça de ler.." ou, comentários com interpretações errôneas sobre o conteúdo publicado, mostrando de forma evidente que o comentarista não leu até o fim, apanhando uma frase aqui ou ali para ter uma resposta para postar. (não estou falando de trolls ou coisas do gênero, ou de gente que não lê mas copia - talvez fale disso em outra ocasião).
As pessoas que mantém blog, não o fazem apenas por vaidade (tá, bom tem as que fazem), mas sim porque tem algo a dizer e acham que vai ser bom . Para criar um post, precisamos pensar no que vamos escrever, colocar as palavras de modo que possamos ser corretamente interpretados, formatar o texto, enfim, não deixa de ser um trabalho. Ah, e claro, nossa vida não se resume a escrever - no meu caso, por exemplo, é um hobby.
Enfim, antes que o texto fique muito longo e as pessoas não leiam - hauahauah - gostaria de pedir aos leitores que acompanham o Devaneios:na sua opinião, por que tanta gente lê de forma superficial? Falta de tempo? De paciência? Linguagem difícil? Qual a sua opinião a respeito?
( O texto abaixo foi um desabafo da adolescência, mas percebi que já me senti assim em muitas outras ocasiões na vida: pessoal, profissional, familiar.... acho que quase todo mundo já teve essa sensação... de impotência, de raiva, angústia...mesmo os que são seguros de si...)
"Quantas vezes eu estive
Cara a cara com a pior metade?
A lembrança no espelho,
A esperança na outra margem"
Juliana estava irritada naquele dia. Irritada consigo mesma.
"Quantas vezes a gente sobrevive
À hora da verdade?
Na falta de algo melhor
Nunca me faltou coragem"
Confrontada com suas vaidades, seus destemperos, suas crenças, sabia que nada mais seria igual,muito menos ela mesma.
"Se eu soubesse antes o que sei agora
Erraria tudo exatamente igual..."
Mas não mudaria tanto por outras pessoas. Nem mesmo por causa de Célio.Nem mesmo para alegrar quem amava. E teria feito tudo de novo. "Errar exatamente igual", mas com outro aprendizado, talvez.
"Tenho vivido um dia por semana
Acaba a grana, mês ainda tem
Sem passado nem futuro,
Eu vivo um dia de cada vez"
Viver um dia de cada vez. Deixar o tempo escorrer suavemente, esquecer os ponteiros. A cada dia basta seu mal. E Célio, se queria continuar fazendo parte de sua vida, que aprendesse também a viver um dia de cada vez.
"Quantas vezes eu estive
Cara a cara com a pior metade?
Quantas vezes a gente sobrevive
À hora da verdade?"
Algo mais estava incomodando... Ah, sim. Seu reflexo no espelho, que há tempo não sorria. E por que não sorria? Estava bem estabelecida, tinha emprego, casa, marido. Às vezes viviam à turras,só para depois fazer as pazes. Uma relação de amor e ódio quase escravizante. E a culpa era.... dela.
"Se eu soubesse antes o que sei agora
Iria embora antes do final..."
Se soubesse que teria dado à sua vida um rumo tão patético, talvez tivesse acabado com isso mais cedo. O trabalho estava enfadando, o relacionamento não preenchia mais, a casa começava a ter trincas. E a vida parecia estar cansada dela, Juliana, também.
"Surfando karmas e dna
Eu não quero ter o que eu não tenho
Não tenho medo de errar!"
O estalo veio ouvindo essa letra de música: relembrando a adolescência, quando parecia que tudo estava sorrindo e desabrochando ao redor dela. "Não tenho medo de errar"! Será que ainda podia afirmar isso?
"Surfando karmas e dna
Não quero ser o que eu não sou
Eu não sou maior que o mar..."
Não queria ser o que não era. Não queria mudar tudo e todos ao redor. Juliana só queria voltar a ser ela mesma. Queria que a vida voltasse a sorrir. Queria voltar a sorrir para a vida.
Encontrar-se novamente, reconhecer aquele rosto no espelho, aqueles olhos, como seus. Reconhecer como sua aquela vida. E ter coragem para mudar o que tanto estava incomodando.
Mas o que incomodava? Os sonhos perdidos?
Não. A sensação de que tudo o que escolheu a estava amarrando. Que as escolhas que fizera não estavam surtindo o efeito esperado. Ela não estava feliz.
"Na falta do que fazer, inventei a minha liberdade!!"
Queria ser livre e estava dando o primeiro passo: mostrando a Célio, e principalmente a si mesma, que não continuaria concordando com tudo, só para não perder o que já conquistara. Tinha vontades próprias e opiniões que deveriam ser respeitadas.
Um pouco de recíproca do mundo, poxa. Já fizera e dera tanto aos outros, e o que estava recebendo de volta? Do trabalho, recebia de volta o cansaço e a maldita promoção que não chegava nunca.
De Célio? Um mau humor constante. Sabia que o amava, e que ele também. Mas ela se esforçava tanto para tratá-lo bem, para não trazer problemas para casa, para manter o ambiente do lar bom.. e há quanto tempo não recebia de volta uma palavra de afeto? Um incentivo?
Bem, agora iria virar a mesa. Voltar e recuperar o pedaço dela mesma que estava perdido.
"Se versos te faltam se palavras confundem viva apenas a tua imagem o teu brilho o teu olhar o teu verdadeiro sentir. As vezes o silêncio é resposta é desencontro é tudo apenas viva deixe que o tempo te leve teu sonho te guie e tua alma purifique-se a cada manhã no encontro com outras almas."
Saindo um pouco da linha do blog, mas preciso escrever algo sobre:
Em novembro de 2008, Santa Catarina foi assolada por uma das enchentes mais terríveis de sua história. Se não era a água que matava as pessoas, eram as encostas e morros, que pareciam derreter diante dos olhos de uma população assustada e acuada.
Abro o outro?
Que dia é hoje?
Este quarto é meu...
É?
Às vezes não pareço ser eu mesma Não pareço conhecer o que me é tão familiar,
desde que nasci.
Às vezes é como se eu flutuasse
em um mundo que não é meu,
Tentasse me misturar em um mar de gente
ao qual não pertenço.
Esse quarto é meu, e não é
Essa cama pode ser ou não minha
Eu sou esse cabelo?
Esses olhos?
Essas mãos?
Levanto e abro a janela para o sol,
ou fico deitada, cortinas fechadas?
Fim de semana já passou........ muitas pessoas dão uma de Garfield e exclamam: Odeio segunda-feira!
Então, resolvi postar no início da semana, dicas de sites para relaxar e curtir, combatendo essa "síndrome de Garfield" com bom humor. Cliquem, curtam,prestigiem:
Li esses dias, uma postagem no blog Escritos Lisérgicos, em que o escritor, Christian, sob o título Há a idade de Crescer? , fala sobre uma situação comum: conselhos que ouvimos todos os dias, de pessoas que supostamente tem mais experiência de vida que a gente. Assim ele se expressa: