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8 de set. de 2011

Perdida

Acordei.
Abri um olho

Abro o outro?
Que dia é hoje?
Este quarto é meu...
É?

Às vezes não pareço ser eu mesma
Não pareço conhecer o que me é tão familiar,
desde que nasci.
Às vezes é como se eu flutuasse
em um mundo que não é meu,
Tentasse me misturar em um mar de gente
ao qual não pertenço.
Esse quarto é meu, e não é
Essa cama pode ser ou não minha
Eu sou esse cabelo?
Esses olhos?
Essas mãos?
Levanto e abro a janela para o sol,
ou fico deitada, cortinas fechadas?



Eu existo?

Ou sou fruto da minha imaginação?

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