Paro mais uma vez à frente deste muro
formando uma barreira para expectativas
Que eu nem sabia que existiam
Um muro que eu inventei, ou pelo menos que em alguns tijolos tem uma participação minha
Por que ele está aqui?
O que me aguarda do outro lado,
se algum dia eu conseguir passar?
Devo pular, atravessar, explodir, ver se tem como contornar?
Ou com a força da imaginação
Revendo o filme que passa e escorre pelos meus olhos
Conseguirei quebrar uma barreira de dúvidas?
Quero e ao mesmo tempo tenho medo
De conhecer o que há do outro lado.
Mais expectativas?
Mais realizações?
Um fim, ou um recomeço?
Não sei.
Enquanto não consigo, ou não me decido a atravessar,
enfeito,
pinto,
reinvento
o muro que divide.
Mas preciso sair daqui, e voltar não é uma opção.
Pois a jornada que empreendo não permite voltar atrás.