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16 de mai. de 2021

Procrastinando, devaneando e exercitando a paciência.

 - Vai demorar essa caralha. 

O notebook parado, atualizando o sistema. Depois de vários dias sem ligá-lo, bem nessa hora piscou o lembrete de atualização. Sônia olhou para o relógio, dez da noite de domingo. Não estava fazendo nada urgente mesmo e vivia procrastinando os avisos de atualização do Windows, então pensou: vou deixar atualizar de uma vez. Isso havia sido meia hora atrás e agora a atualização estava em sete por cento. 

É, essa caralha ia mesmo demorar. Pegou seu caderno e começou a anotar o que iria fazer durante a semana. Tinha o costume de fazer listas, já sabendo que não cumpriria metade dela, o que a fazia alternar sentimentos que variavam de "será possível que eu não consigo me organizar?" e "foda-se, vou continuar fazendo listas e nem sempre vou dar conta de tudo". 

A caneta estava cansando sua mão já muito acostumada a digitar. Foi procurar uma outra caneta mais leve, pois a letra estava horrível. Conseguiu encontrar sua caneta preferida, de ponta fina; o polegar agradeceu e a letra fluiu bem melhor. 

Outra olhadela para o monitor: atualização em dez por cento e um aviso na parte inferior da tela: "o computador será reiniciado várias vezes". Nossa, que ótimo. Nesse passo, amanhã pela manhã termina. Já estava se arrependendo e ficando sem ideias para escrever. Ah, e com a consciência de que de novo não cumpriria todos os itens da lista. Voltou a ela e riscou alguns itens para ter a ilusão de que estava sendo mais realista. Ouvindo música enquanto escrevia, imaginou como seria sua vida se tivesse seguido um dos sonhos de infância: cantar. Deixando a mão descansar um pouco e a caneta repousar sobre o caderno, viu-se em um palco, cantando suas músicas preferidas, esquecendo-se por uns instantes que deveria acordar cedo, resolver coisas do trabalho,porque caramba, era domingo. Se não podia se alienar em um domingo, quando poderia? 

Dezoito por cento atualizado. La va lontana. Seu figurino no palco? Simples:  com certeza sua camiseta do Metallica, a calça jeans com rasgos, seus tênis vermelhos e cabelo solto. Quem sabe um chapéu? Playlist bem sortida com Pet Sematary, Black In Black,Psico Killer, Heteronomia, Legado,Danse Macabre,Massacre, And Justice for all para fazer jus a camiseta. E claro, tinha de ter músicas da Pitty, não subiria a um palco se não pudesse cantar Teto de Vidro ou pelo menos Brinquedo Torto.

Já era quase meia-noite e o monitor apontava a atualização em trinta por cento. Fechou o caderno com a caneta dentro para continuar escrevendo no dia seguinte (mentira, o dia seguinte era segunda-feira e nem teria tempo de pegar o caderno na mão), foi ver se todas as portas e janelas estavam fechadas. Deixou o notebook em cima da mesa, virado para um lado para não atrapalhar com a luz da tela e resolveu tentar dormir. 

A atualização foi concluída em algum momento da madrugada que ela com certeza não soube qual, provavelmente quando já havia dormido. E o caderno ficou no sofá da sala até a sexta-feira seguinte. 

11 de nov. de 2020

Poéticos Devaneios

 Sorrisos errantes

Lágrimas perdidas

Irônicos esgares

Profundo pesar

Desvarios calculados (isso é possível?)

Dores emocionais

Crescimento acelerado

Risos esparsos

Soluços ritmados

Poéticos Devaneios

Raiva tempestuosa

Choro silenciado

Corações distantes

Pensamentos próximos

Tempestade ao longe

Segurança em vista? 

 

 

 

22 de set. de 2020

Pensamentos soltos sobre a pandemia escritos em modo revolts


 Aferição de temperatura para entrar em estabelecimentos é inútil. E medir pelo pulso mais inútil ainda. 

Usar máscaras pode não evitar o contágio, mas barra boa parte das gotículas. E isso diminui a carga viral. Mas só vai dar certo se o nariz ficar dentro da máscara, caspita. 

Parem com essa bobeira de perguntar " se bares podem abrir, por que escolas não podem?" Primeiro, que a permissão para bares abrir não foi uma permissão para aglomerar. Do mesmo jeito que liberação de qualquer outro estabelecimento não é permissão para aglomerar.
Se adultos não entendem isso, imagine crianças pequenas. E nas escolas não há apenas crianças, há as pessoas que trabalham na direção, na higiene, alimentação, professores e professoras e todo o entorno. A sala de aula não é uma bolha. 

"Ah, todo mundo morre um dia". Se você chegou até aqui e quer jogar essa frase como justificativa para fingir que nada acontece, ignorando todas as medidas de prevenção por não ser capaz de empatia nem de consciência social, pode fechar essa página agora. Não é esse texto que vai respaldar, e infelizmente nem conseguir mudar esse seu pensamento deturpado. 


Use o cérebro que a natureza te deu e moldou para criar conexões incríveis e exerça a inteligência, pelo seu bem e da humanidade. 

Não espere ficar sem conseguir respirar para ir ao médico. Os sintomas se assemelham a uma gripe, se você tem condições de ir ao médico e fazer um teste logo, faça. 


Criatura, não importa de onde venha a vacina, importa que ela funcione. Pare de acreditar em notícias do tipo "ah, mas vai ter um chip que vai me rastrear e comandar minha vida". Se você tem um celular, saiba que já tem um chip te rastreando. E se você tem redes sociais, já sabem muito da sua vida. 


Não decepcione quem lutou para te dar uma boa educação! Leia além da manchete, pesquise em outras fontes antes de acreditar em qualquer coisa que te passam por WhatsApp, Telegram ou qualquer outro comunicador instantâneo. Por mais que você possa querer reclamar da Educação no Brasil, você teve aula de interpretação de texto, então mostre que aprendeu alguma coisa! 


Um princípio ativo de um remédio altamente concentrado em um teste de laboratório não é a mesma coisa que o remédio vendido na farmácia. 


A vacina está demorando? Não, pelo contrário! A Ciência não pode ser demasiado apressada senão a probabilidade de dar errado é enorme. Já houveram vacinas que demoraram vinte anos para serem desenvolvidas e aplicadas de modo a surtir o efeito desejado. Se a projeção para a vacina contra a Covid-19 é de dois anos, agradeça aos céus, pois será a vacina mais rápida desenvolvida até hoje! 


Você acredita em alguma divindade? Ótimo! Eu também, sou cristã desde que nasci. Vou te contar uma novidade: acreditar em Deus (seja qual for o seu deus) não impede de acreditar na Ciência, não é legal? Talvez seja até assunto para um outro texto. 




20 de jan. de 2020

Parabéns para meu bloguinho!


Gif: balões coloridos com caras sorridentes. Um deles, no topo, é laranja e aparece sorrindo.












       Esse cantinho começou há nove (eita, NOVE) anos atrás, com apenas uma pretensão: a de divulgar meus pequenos contos, crônicas e poemas, sem muito filtro, apenas escrevendo o que vinha à minha cabeça e com a ideia de quem sabe...talvez..publicar um livro. 


    Ganhei muito mais que esperava! Conheci uma variedade enorme de outros blogs e sites, escritores que acompanho até hoje, participei de antologias, grupos em redes sociais diversas, lancei dois livros ( lá no Clube de Autores), ampliei minha lista de leituras e tanta coisa legal que se não fosse pela coragem de lançar um blog em um belo dia de ócio lá em 2011 não poderia contar agora. 


    E aqui estamos nós de novo, na tradicional postagem de aniversário deste cantinho que me trouxe tantas alegrias! Queria linkar todas as pessoas muito bacanas que a Internet me possibilitou conhecer, desde aquele tímido início, mas tenho receio de esquecer alguém! 

Imagem: desenho de um gato laranja, vestido com calça azul e blusa listrada de azul e branco, segurando três balões e voando com eles.


Então: leitores, colegas de blogagens coletivas, amigos reais e virtuais, pessoas que me aturam aqui e nas redes sociais, #tamojunto e como vocês tem sido tão pacientes, queridos e fofos, espero que daqui a um ano estejamos todos aqui para comemorar novamente!

Por hoje era só... 

Câmbio e desligo! 

18 de nov. de 2019

Pipistrello, scarafaggio e a delícia de aprender outros idiomas

Comecei um curso de Italiano há alguns meses, mais pelo gosto em aprender línguas novas e por gostar de etimologia - não é a mesma coisa que entomologia, embora as duas sejam interessantes - do que pelo resultado prático que isso terá, não que o resultado deste curso não seja ótimo, afinal futuramente poderei ser professora de italiano. 

  Como sempre acontece quando aprendo - ou tento aprender - algum idioma, as comparações são inevitáveis. 

Aqui onde moro é comum falar um dialeto, conhecido como Talian, o qual tem várias palavras e expressões muito diferentes da língua italiana original. O que é perfeitamente normal, afinal a língua é algo vivo que se adapta e muda. (#marcosbagnofeelings)

Esses tempos atrás, ainda no início do curso, me deparei com a palavra pipistrello. 
Fofinha, né? 
Mas se refere a um animal não muito fofo, no caso, o morcego. 

Chamando em italiano, parece que estou desmoralizando o bicho. Afinal, pensem na sonoridade: 

Português - Morcego. Pronunciar a palavra dá até um medinho. MOR-CE-GO. 

Espanhol - Murciélago. Ainda se tem um pequeno temor respeitoso, a gente vai falando a palavra e sentindo o poder dela, "murciélago". 

Talian (nosso dialeto daqui) - Barbustello. Já deixa o bicho um pouco menos temido, aparenta uma coisa mais ridícula que criadora de medo. 

Aí vem o italiano - Pipistrello. Parece nome de coisinha fofinha, cuti-cuti. Ouço "pipistrello" e imagino um beija-flor, um bichinho dócil, algo que dá vontade de pegar no colo. Mas não, continua sendo um "morceeego", embora o nome dê menos medo.

Talvez em alemão volte a ser algo mais amedrontador, penso eu.. mas não, é igual ao inglês: bat. 

Bat não dá medo nenhum, parece uma onomatopeia.  Nem mesmo pensando no Batman consigo respeitar a palavra bat como respeito a palavra morcego.

Se bem que em romeno o nome também é fofinho: liliac. 
(Que, aliás, é também nome de uma banda formada por irmãos que fazem covers muito, muito bons mesmo, de bandas de rock). 

Sério, "liliac" tem uma sonoridade legal, faz a gente ter menos medo de morcegos e nos lembra que não são todas as espécies que são hematófagas.

Claro que o contrário também existe, palavras que em nosso idioma são "fofinhas", dão uma sonoridade bacana ao falar, expressam algo que entendemos e que quando transportadas para outro idioma soam estranhas aos nossos ouvidos, como "barata" que tem uma sonoridade de algo comum, banal, e que em espanhol vira "cucaracha" - fica parecendo outro animal, algo maior e mais perigoso. E em italiano, "scarafaggio", fica parecendo mais perigoso ainda. Se eu ouvir  alguém gritando por ter aparecido un scarafaggio, a possibilidade de sair correndo é maior que se eu ouvir "Ai, uma barata". Na segunda possibilidade nem me dou ao trabalho de correr, pego um chinelo, um mata-moscas ou o que tiver por perto e possa liquidar o bicho - sorry, tenho nojo e mato mesmo. 
 Ou o teclado, (substantivo masculino)que em italiano vira tastiera.(substantivo feminino) Apesar de estranhar a palavra no início, acho até que fica mais musical dizer que "suono la tastiera" do que "toco teclado". Sim, "tastiera" se refere tanto ao teclado de computador quanto o musical, antes que você ou mais alguém pergunte.

Aliás, pergunta, palavra cuja segunda sílaba parece vir de dentro da garganta, em italiano é "domanda". Gosto dessa palavra, tem uma sonoridade legal, não é uma coisa seca como "ask" e não tem a estranheza de "pregunta". 

Nem deu para perceber o quanto gosto de descobrir a origem das palavras e as diferenças entre os idiomas, né? E como a digressão, la digressione, the digress, enfim, faz parte do dia-a-dia, embora muitas vezes eu a isole dentro da minha caixa craniana para o bem da humanidade e nem tudo o que eu penso saio falando por aí ou transformo em texto. 

Desta vez não resisti, desculpem. (ou scusate, apologize me, lo siento), prometo que por enquanto, até outro delírio digressional ocupar minha mente e não se contentar em ficar lá dentro, este é o último parágrafo do texto. 

Eu menti! O último parágrafo é este. 



19 de dez. de 2018

Vento, Ventania



Deixe-me alcançar o céu
Deixe-me voar, sair do solo
Tocar os últimos galhos da árvore ao longe
Sentir na pele o frio da brisa noturna chegando

Passar alto, muito alto, dispersar nuvens com as mãos abertas
Contemplar as nuances que as cores geram no poente 
Suspirar alto sem ser ouvida, 
Comungar com o céu as lágrimas e risos.

Admirar de longe tudo o que foi feito e é bom
Inatingível pela miséria humana
Ficar em silêncio, pairar sobre tudo e todos
Pelo tempo necessário...

Que tempo? 

A natureza decide. 






13 de nov. de 2018

Escrita Bêbada

O texto abaixo foi uma brincadeirinha de escrever o que vinha à cabeça. Fiz isso em julho deste ano e deixei em rascunho, parado sei lá porque razão. Agora resolvi publicar do jeito que estava, por pura diversão. 

Tomei metade de uma taça de vinho branco, gelado. Para não "pegar" muito, comi algo doce junto. 
Descobri que não adianta coisa alguma,estou escrevendo muito tonta. Postei algo em um grupo de WhatsApp anexando uma foto minha com a taça na mão e uma boina na cabeça, tipo um dos integrantes do ACDC e espero não ter digitado nada errado. Meu rosto arde. Caraca, foi só uma taça e nem tava cheia! Será que vou pegar no sono em cima do teclado? Não, estou tonta mas não "tonta", se estivesse bêbada pra valer não ficaria corrigindo o que estou escrevendo neste exato momento, embalada pela música que meu marido está tocando na guitarra. Acho que nunca disse para vocês como adoro ouvir meu marido tocar. Ele está tocando Alice In Chains, que é a banda que embala a vida do Victor, um dos personagens de "Várias Facetas, Várias Vidas", livro que estou revisando e repostando  aqui no Wattpad. 
Baixar a cabeça tá foda, fico mais tonta ainda. Ficar aqui paradinha me ajuda bastante, mas acho que vou tomar uma água e dormir daqui a pouco, pois o negócio tá tenso. Imagina se eu bebesse o que muita gente que conheço bebe. Graças a Deus que estou na comodidade do meu lar, posso ir para a cama e me jogar sem ninguém perceber que estou tonta. 
Amanhã venho ver o que escrevi aqui e se sair um conto ou crônica legal eu aproveito e publico nesta plataforma* ou no blog. Falando nisso, tenho de terminar uma resenha lá no blog, de um livro que fui postergando a leitura e que agora penso, puxa, por que não li antes? 
Semana que vem volto a trabalhar e vou tirar um tempo para arrumar e postar essa resenha de uma vez, e também tirar uns escritos do rascunho por que deu, né?

* a referida plataforma é o Wattpad, onde escrevi este rascunho originalmente

17 de set. de 2018

Ainda acabo fundando o PQP

A gente entra nas redes sociais para dar um alô e se distrair um pouco, mas sinceramente é um exercício de paciência fazer isso em época de eleições.
Pessoal que idolatra político, esquecendo que um candidato eleito não governa sozinho,e na ilusão de que existe um "Salvador da Pátria", aproveita qualquer brechinha para colocar "nome-número-de-tal-fulano".

- Hoje torci o dedo mindinho do pé direito.

- Ah, isso é superhipermegafascismocomunismojeguismo, não dá mais para continuar assim, por isso vamos votar no Fulano, é #fulano0000 em 2019!

- Oba, sexta-feira, estou feliz!
- Por isso o Brasil não vai para frente, brasileiro só quer saber de festa, e é por isso que o candidato Sicrano tem de entrar no palácio do planalto e botar vagabundo para trabalhar! !!! #votenúmeroaleatório

- Indo para casa, finalmente!
- Ah, indo para casa? Seu egoísta insensível, você tem uma casa para ir e nem pensa nas pessoas sem casa por culpa do pensamento culturalboçalapocalípticomegaplussize desta sociedade, mas o candidato Beltrano vai promover a igualdade entre todos e vamos acabar com toda o pensamento elitista, vote #Beltranomeiamolemeiadura!

Sinceramente, isso dá no saco.

Tá cheio de gente nas redes sociais que não quer debater, nem conhecer outros pontos de vista, apenas provar que estão certas. Se elas afirmam que o céu é fúcsia, nem levando-as para fora da toca e mostrando o céu vai fazer com que elas se convençam.

Então, sinceramente, vou ficar me refugiando em páginas que curto e ignorar solenemente certas postagens porque já tenho o meu quinhão de atribuições, sem precisar ficar estressada com o comportamento desse povo, dá licença.

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 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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