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28 de dez. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro indicado por alguém

Olá, pessoas! 

Pois é, depois de um tempão em dúvida, sobre qual parte do desafio postar, notei que o tempo passou e não postei mais o #DesafioMS2016! Ou seja, passou da hora de resolver isto, né?
Este será o último post do #DesafioMS2016, mesmo incompleto.  

Então, vamos lá, um livro indicado por alguém: Rani e o Sino da Divisão, de Jim Anotsu



Editora: Gutemberg 
Páginas: 311
Ano: 2014


A  @marycmuller mantinha até pouco tempo atrás o tumblr Encapando (atual Mary Dinossaura)  e indicou o livro. Eu estava muito curiosa para lê-lo , ainda mais que vi vários outros blogs, Momentum Saga incluso, recomendando a leitura.Enfim, consegui o livro e terminei a leitura esta semana! 


A protagonista, Rani, quebra vários estereótipos e foge do convencional. Forma uma banda de death metal com sua melhor amiga Marina, criando e compondo diversas músicas. Na pequena cidade de Graúna, em que usar um único piercing já é considerado rebeldia,Rani e Marina são consideradas as "esquisitas" da escola onde Rani foi estudar depois de sofrer bullyng na escola anterior, por ser negra e gostar de rock pesado.

Em uma manhã comum, Rani utiliza o cemitério municipal como atalho para ir à escola e acaba tendo um encontro que mudará sua vida. Este encontro a princípio inocente  a introduz em um universo sobrenatural, e Rani descobre que é uma xamã. E mais, deve receber treinamento o mais rápido possível, pois um outro xamã muito poderoso está assassinando seus iguais. 

A história é narrada em primeira pessoa pela Rani (quaase o tempo todo). Assim como a vida dela após descobrir que é uma Xamã, a narrativa corre de forma muito fluida, precisando-se até de umas pausas na leitura para se conseguir digerir todas as novidades e perigos que ela e seus novos amigos enfrentam, uma atrás da outra, obrigando-os a pensar e agir ao mesmo tempo. Espíritos de pessoas vagando no mundo físico, personagens históricos,encontro com o capeta em pessoa ( seria pessoa? rs), amazonas cavalgando dinossauros, tudo isso acontece em poucos dias, prendendo o fôlego de quem está lendo.  As cenas são muito bem descritas, mostrando toda a criatividade e empenho de Jim Anotsu em entregar uma obra completa, com um enredo que "fecha" muito bem. 

Os Animais de Festa, facção do mundo sobrenatural a qual Rani passa a integrar, são um capítulo à parte: apesar de seres sobrenaturais, não deixam de refletir as angústias que qualquer ser humano normal passaria: ressentimentos, problemas de relacionamento familiar, mágoas, conflitos internos adolescentes, entre outros. Além de conviverem com esta gama de emoções, precisam ainda literalmente salvar o mundo. 

Gif retirado do Tumbrl da Mary C. Müller!
O caminho que a personagem principal percorre lembra um pouco a saga do bruxinho Harry Potter em alguns momentos, e alguns personagens  lembram os do  livro Desmortos. ( o que não é de se surpreender, já que Mary e Jim são companheiros e com certeza partilham ideias ao escrever seus livros, ajudando um ao outro).O livro também conta com trechos de músicas iniciando cada capítulo (além de dividir as partes do livro)além de referências a seriados como Doctor Who e Sherlock, entre outras mais. 

Enfim, o gif que postei acima resume bem o que achei do livro! 

Recomendadíssimo! 







26 de out. de 2016

Sobre atrasos,Youtube e WattPad.


1) Ah, a frase que mais escrevo aqui: estou atrasada

Sim, atrasada... desde agosto não publico o #DesafioMS2016. 
Não desisti, não! Apenas estou com dificuldade em cumprir alguns dos itens, como por exemplo, "um livro que me intimida". Não consigo pensar em algum livro que tenha me despertado este sentimento até agora. Mas enfim, o próximo livro desta tag a ser resenhado, e vai ser logo, corresponde a "um livro indicado por alguém", só que quero terminar de ler para poder fazer uma resenha à altura, porque posso adiantar, é muito bom! Aguardem cenas dos próximos capítulos!

2) Falando em ficar parada,o blog aqui pode até parecer parado, mas eu não estou não! Estou escrevendo off-line e logo mostro, ahahah. Mas enfim:  há tempos atrás, mas ainda em 2016, comecei a postar alguns vídeos no Youtube com poemas e uma música de fundo, no melhor estilo tosqueira criada no Power Point e parei. Mas, porém, contudo, todavia, ataquei novamente com mais um vídeo cujo "fade out" não consegui colocar na música, ou seja, o nível tosqueira, meus amigos e amigas, desta vez não foi capaz de elevar as expectativas dos sei lá, cinco ou seis pessoas que tiveram a infelicidade de clicar lá. 
E, bem, estou na realidade criando coragem para colocar minha cara no canal e falar para a câmera e se tomo vergonha na cara para deixar o negócio mais interessante.



3) WattPad: gente, sério agora: não tenham preconceito em acessar a plataforma! Ouvi muita gente dizendo que lá só escreve adolescente e jovem e que os textos não são lá estas coisas.. Entrei lá no ano passado e estou há tempo suficiente para dizer que tem muita gente boa! Trago os links de alguns livros que li e gostei, e recomendo:

Unicelular: Uma série de incidentes com animais estranhos, um professor intrigado e um aluno ousado, segredos de estado e conluios internacionais, em uma história arrepiante que se inicia no arquipélago de Fernando de Noronha.

Usuário Final: Será que nossos sonhos são tão seguros assim? E se ao dormir, estivéssemos inconscientemente em um universo onde nossa vida corre risco todas as noites? Na cidade silenciosa,onde todos se encontram ao dormir, há os que ficam acordados... lutando contra o tempo, para evitar que os que dormem tenham suas almas devoradas. Este livro está em andamento, e é de tirar o fôlego. 

Desmortos : Lorena, uma adolescente que só queria ser invisível, encontra a morte.. e descobre um mundo sobrenatural e nele um grupo de amigos. Ironicamente é nesta situação que se sente mais viva do que nunca, descobrindo mais sobre si mesma e seus sentimentos. 

 Antes de Tudo Acabar : é normal na adolescência, sentir-se deslocado. Rafael é uma destas pessoas, em uma fase da vida em que além de sentir-se assim, também convive com dramas familiares e o final do Ensino Médio, preocupando-se com as escolhas que deve fazer para seu futuro. Encontros, desencontros e descobertas dão a tônica do livro, que consegue prender até o final. 

E tem gente conhecida nossa lá!  Nossa querida Roselia Bezerra, a Menina das Ideias Aleska Lemos, a Sybylla do blog Momentum Saga,(não puxa  minha orelha, já escrevi que vou continuar o #DesafioMS2016!), a Mary C. Müller- que escreveu os dois últimos livros citados acima, eu, claro - cof, cof - e muita gente legal para descobrir!

Enfim, ufa! A cama está me chamando, os dias tem sido meio agitados pois estou tendo uma explosão de ideias, tanto aqui no virtual quanto na minha querida e pacata vida no mundo real. Como diz a Joicy, do Umas e Outras, (o blog pode estar parado, mas a dona não!) hora de horizontalizar o esqueleto! 



Até sexta-feira, com mais uma edição do 1 Imagem, 140 Caracteres! 

12 de jul. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro que já li

Boa noite, estamos aqui para a edição de julho do #DesafioMS2016! 

Quando vi este título, pensei caramba, mas com exceção de "Os Bruzundangas", que ainda não terminei, todos os livros que resenhei até agora eu já li.. Mas enfim, hoje apresento-vos um clássico, que já li muitas vezes: 




O livro, lançado na França em 1943, começa com o autor contando sobre um fato da infância que o fez "enterrar" suas fantasias, quando as pessoas adultas ao redor não compreendiam seus desenhos. 

"Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Responderam-ne: “Por que é que um chapéu faria medo”? Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. (...)
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia,à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor." 

Desistindo de desenhar "jiboias comendo elefantes", ele cresce e torna-se um piloto de aviões, porém sem deixar de considerar algumas coisas do mundo adulto absurdas, como o excessivo apego a valores (leia-se dinheiro) em detrimento às qualidades que realmente importam nas pessoas. 

Elas [as pessoas grandes] adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. […] Mas perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente assim é que elas julgam conhecê-lo.”
 Em uma de suas viagens pilotando sozinho seu avião, uma pane ocorre e o aviador é forçado a pousar no deserto, quando encontra o personagem que dá nome ao livro:
“Imaginem então minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
- Por favor..desenha-me um carneiro...

Atônito, ele replica que não sabe desenhar, e quando mostra o desenho “número 1”, da jiboia, surpreende-se pelo fato do menino reconhecê-lo.
O piloto também fica impressionado pelo fato de tentar descobrir sobre a origem, a história do pequeno príncipe, porém “O principezinho, que me fazia milhares de perguntas, não parecia sequer escutar as minhas”. Aos poucos, ouvindo com atenção  palavras pronunciadas ao acaso, é que o piloto vai descobrindo sobre o pequeno príncipe. Assim descobre que ele vem de um outro planeta, que presume ser um asteróide e que fugiu de lá depois de entrar em conflito com um ser - uma flor - que amava muito. 

O sentimento de impotência  ao ver alguém chorar, ao tentar descobrir um jeito de consolar quem está sofrendo, também transparece

“Havia uma estrela, um planeta,um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o (...) Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. (...) É tão misterioso, o país das lágrimas”! 

O pequeno príncipe vai narrando ao piloto as viagens que fez por vários planetas, levando a criança que lê sua história a divertir-se e os adultos a refletirem, pois os vários planetas pelo qual passa tem habitantes com comportamentos dos mais variados. Até que enfim, chega à terra e tem seu primeiro encontro com a serpente.Enquanto vaga pelo deserto à procura dos homens, dá-se conta de sua pequenez diante do universo, e faz amizade com uma raposa, à qual cativa, vindo desta passagem diálogos que são considerados os mais belos deste clássico.

Enfim... O livro é encantador, com lições para todas as idades. Super recomendo! Principalmente para que as pessoas se lembrem que "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)". 



Curiosidades:


  • Um filme musical intitulado The Little Prince foi feito baseado no livro e lançado em 1974.
  • Na década de 80 foi lançada uma série de desenhos animados chamada As Aventuras do Pequeno Príncipe
  • Em 2015, foi lançada uma animação cinematográfica adaptada do livro, utilizando técnicas de computação gráfica e stop-motion.
  • No teatro entrou em cartaz em 2016 uma versão do livro adaptada e dirigida por Tony Giusti;  sua primeira temporada estreou no Top Teatro, no bairro da Bela Vista em São Paulo-SP.
  • O livro já foi traduzido para cerca de 233 idiomas! 



Para saber mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Petit_Prince

http://www.cirac.org/Principe/Start-pt.htm

Até mais, pessoal! 

6 de jun. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro que ganhou prêmio literário


Estamos aqui de novo, com mais uma postagem da série #DesafioMS2016, com um livro que ganhou prêmio literário. 
Devo dizer que foi páreo duro, pois conheço vários.. Mas escolhi, finalmente um:






A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes,ganhou o  Prêmio Hans Christian Andersen, em 1982.Um livro maravilhoso, no qual a autora costura habilmente fantasia e realidade ao retratar os conflitos da personagem Raquel, uma menina vivendo em uma realidade em que “criança não tem vez". A narrativa, por vezes, lembra Monteiro Lobato, que com as "Reinações de Narizinho" e os livros subsequentes também mistura fantasia e realidade tendo as crianças como protagonistas.
Raquel sente-se deixada de lado pela família, tendo sua privacidade invadida pelo simples fato de ser criança:

“E de repente todo mundo tava lá lutando pra abrir a minha bolsa. Minha. Minha. Minha! E eu ali sem poder fazer nada. Ah, se eu fosse gente grande! Quem é que ia abrir a minha bolsa assim à força se eu fosse gente grande? quem?”
Cada vez mais oprimida por vontades crescentes dentro dela, as quais não manifesta porque sabe que não será compreendida pela família, Raquel refugia-se em um mundo imaginário, vivendo aventuras com um galo, um alfinete e uma (isso mesmo, uma) guarda-chuva quebrada, todos cabendo na bolsa amarela onde Raquel escondeu, bem no fundo as suas três maiores vontades. 


O modo como Raquel vai amadurecendo no decorrer da narrativa com o apoio da bolsa amarela e dos personagens que nela moram é muito inspirador. 

Recomendadíssimo! 



Para saber mais...





Até a próxima! 

9 de mai. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro com menos de 150 páginas

E aqui estamos de novo, com mais uma etapa do #desafioMS2016! Para este desafio, um livro com  menos de 150 páginas. E o escolhido  é... tchan-tchan-tchan.... 





A Décima Segunda Noite

Autor: Luís Fernando Veríssimo
Editora: Objetiva
Coleção Devorando Shakespeare
Páginas: 147













Já cheguei a escrever brevemente sobre este livro, em outra postagem deste blog, há cerca de dois anos atrás. 



 Neste livro, Luís Fernando Veríssimo "devora Shakespeare", criando uma divertida versão da peça "Noite de Reis". Nesta versão, Illyria torna-se um salão de cabeleireiro em Paris, Orsino é o dono deste salão e contrata Violeta, que foi obrigada a disfarçar-se de César após perder-se em Paris e ser resgatada por um grupo de brasileiros morando nesta cidade. 

Todas as situações e confusões oriundas desta história são narradas por Henri, um papagaio  cinzento que nasceu em Paris  e passa o que resta de sua vida em um poleiro de plástico no salão de Orsino, sofrendo com a tinta colorida em suas penas e com uma paixão impossível. 

As digressões do narrador Henri são um capítulo à parte! Veríssimo sempre diverte quando descreve algum personagem digressionando,  e neste livro não é diferente. 

Apesar de ser mais famoso por suas crônicas e contos curtos, Veríssimo não "perde a mão" ao escrever romances e contos mais longos, e  "A Décima Segunda Noite" é uma das provas disto. 

E assim seguimos o #desafioMS2016! 

Até mais e boa semana! 



6 de abr. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro de Minha Estante que ainda não li

Xi, um livro que ainda não li? 

Taí uma coisa difícil, muito difícil. Normalmente, se está na estante é porque já foi lido. Mas...se bem que... aqui em casa é nossa estante, então, procurando direitinho, encontrei um :




Os Bruzundangas, escrito por Lima Barreto (13/05/1881 - 1/11/1922) e publicado em 1923, ou seja, após a sua morte, é uma sátira em forma de crônicas, onde um viajante descreve um país fictício, Bruzundanga. Neste país, que nada mais é do que uma representação do Brasil do início do século XX, impera a corrupção, o fascínio por títulos de nobreza, propinas, desigualdades sociais.
Ao ver esta sinopse, fica difícil não traçar até mesmo um paralelo com nosso Brasil contemporâneo. 
Faz alguns anos que obtive o livro, porém ainda não li.. apenas vi a sinopse. 

(momento "facepalm": que vergonha, Marina! 


Mas, já que estou participando de um desafio, desafio-me a mim mesma (kkkk.... ei, o pleonasmo foi de propósito, tá? Não precisaria avisar, mas vai que...) a lê-lo até o final deste ano. Assim que terminar de ler, volto aqui e comento! 



E você, já leu ou ouviu falar sobre Os Bruzundangas


Até a próxima! 







7 de mar. de 2016

Desafio Literário 2016 - Março - Um livro banido e/ou censurado

Aqui estamos de volta! E o #DesafioMS2016 desta vez consiste em procurar um livro que tenha sido banido e/ou censurado. 

E o livro escolhido é....



FARENHEIT 451 - Ray Bradbury



Algumas das muitas capas que o livro recebeu ao longo de mais de 60 anos. 

O livro foi censurado em várias ocasiões e em diversos países, por conter linguagem considerada pesada, relato de violência e uso de drogas.  A própria editora Balantine Books modificou mais de setenta passagens do livro entre os anos de 1967 e 1979, eliminando palavras como "aborto" e "inferno". 



Escrito em 1953, o livro mostra-nos um futuro -sem indicar o século -  no qual os livros foram banidos da sociedade. 
Guy Montag é um bombeiro, cuja função neste futuro é queimar os livros que são clandestinamente escondidos nas casas dos moradores da cidade.No início da história, Montag está satisfeito com seu trabalho e admira o fogo. 
 Porém, parágrafos, linhas lidas ao acaso durante o trabalho despertam sua curiosidade e Montag acaba escondendo vários livros em sua casa - porém, não os lê, não ainda. 
Uma bela noite, após encerrar seu turno de trabalho, Montag encontra uma vizinha adolescente, Clarisse, andando pela rua, e ela o intriga com uma simples pergunta: "Você é feliz?" Ao voltar para casa e ter de chamar atendimento médico para sua esposa, vendo a frieza com que os profissionais a tratam,Montag sente-se incomodado com a sociedade em que vive. 

Nos dias seguintes, Montag e Clarisse conversam várias vezes, o que provoca mais reflexões sobre a vida dele.  Os livros escondidos em sua casa o assombram e ele já está muito desconfortável em sua função na sociedade. 
Após um evento impactante envolvendo mais uma queima de livros, Montag sente-se doente e não vai trabalhar. Seu chefe, Beatty, vai visitá-lo e aí está uma das partes do livro que mais me chama a atenção: 



A alienação e o gosto por banalidades fica evidente no perfil da esposa de Guy, Mildred, que se esforça para não pensar, não questionar, força-se a ser feliz na alienação. 
A felicidade precisa existir a qualquer custo, de acordo com o discurso do chefe Beatty, e por isso os livros foram banidos: para não atiçar a consciência, não ofender as minorias, os diversos grupos, não levar as pessoas a sentirem-se infelizes questionando o mundo à sua volta. 
A partir daí, Montag entra em um caminho sem volta, lendo os livros que escondeu na casa e pagando um preço por esta ousadia. Não adiantarei mais nada do enredo,pois não é minha função aqui contar o livro todo,  porém está claro como o dia que a vida de Guy Montag não será mais a mesma. 

Desenho de um Sabujo, cão eletrônico programado para caçar presas -ou pessoas. 
Ray Bradbury comentou, em uma ocasião, que o livro fala sobre como a televisão destrói o interesse pela leitura. 
É  impossível não traçar paralelo com a realidade de hoje, em que a tecnologia criou tantos meios para as pessoas interagirem, porém aumentando a solidão. Televisores cada vez maiores, entretenimento, pão e circo, redes sociais e conversas alienantes. A diferença é que hoje em dia há espaço para discussões  nas redes sociais e pessoas que questionam os programas de televisão, ao passo que no futuro de Farenheit 451 as pessoas simplesmente não questionam, aceitam o sistema imposto e os que não concordam ficam escondidos ou são perseguidos...bem, talvez não tão diferente assim...   

Comumente diz-se que o título do livro faz alusão à temperatura em que o tipo de papel de que os livros são feitos pegam fogo. 
Este livro virou um filme em 1966, claro que há diferenças no enredo em relação à história original, mas vale a pena assistir. (Sou suspeita para falar, prefiro o livro, mais denso em minha opinião)


O enredo é perturbador e apaixonante ao mesmo tempo. Vemos a evolução do personagem acontecendo, torcemos por ele, vibramos e tememos pelo seu futuro. As figuras de linguagem de Bradbury são um capítulo à parte: nada de palavras simples, o que se vê são descrições intimistas, metáforas marcantes para definir as situações que Montag vivencia e presencia. Às vezes é preciso reler algumas passagens para compreender totalmente o contexto. 

Demorei para conseguir este livro, agora que consegui só tenho uma palavra: RECOMENDADÍSSIMO! 


Quer participar deste #desafioMS2016? Leia este post e saiba como! 

1 de fev. de 2016

Desafio Literário 2016 - Fevereiro

Olá para quem já está participando e para quem vai começar agora! 

No #desafioMS2016 anterior, os participantes,a convite do Momentum Saga postaram um livro que dá para ler em um dia... 

Agora, o segundo desafio: Um livro escrito antes de eu nascer! Nossa, tem tantos... revirei minha estante física e a virtual também ( um jeito de eu tomar vergonha na cara e voltar a usar o Skoob),e o livro escolhido foi..taran, tarãããn...


Um Brinde de Cianureto 




(Sparkling Cyanide, no original em inglês), escrito por Agatha Christie e publicado pela primeira vez em 1945. 


Sinopse: 

 A história começa após a morte de Rosemary Barton, em sua própria festa de aniversário em um restaurante, após beber uma taça de champanhe - que mais tarde descobriu-se que havia sido envenenada com cianureto. 
A princípio, acreditou-se que Rosemary tinha envenenado sua própria bebida, porém o seu esposo recebe uma carta apontando que sua morte havia sido na realidade um assassinato. A partir daí, George, o viúvo, começa a procurar pistas e pensar em pessoas suspeitas que poderiam ter assassinado sua esposa.


        O livro é dividido em três partes, e cada parte possui uma dinâmica diferente.  A resolução do mistério em torno da morte de Rosemary é surpreendente - para quem conhece pouco a obra de Agatha Christie -  engenhosa ao mesmo tempo.  Não fica devendo nada aos outros romances da mesma autora ( já li vários livros dela)
Recomendo! 

E aí, animad@ para continuar participando - ou começar a participar do #desafioMS2016? 

A tabela do desafio está aí do lado.  O objetivo principal é divertir-se e abrir a mente para conhecer ou reler vários livros este ano, então pode começar agora, sem problemas! 

Até a próxima! 





4 de jan. de 2016

Desafio Literário 2016 - Janeiro

E vamos ao primeiro livro do Desafio Literário 2016, proposto pelo Momentum Saga: ( não leu a postagem anterior e não entendeu do que estamos falando? Confere aqui, ó!)


Um livro para se ler em um dia. 


E o livro escolhido para este primeiro desafio foi....


Universo Desconstruído - Volume 2! 




Mas, Marina, por que o 2 e não o 1? 

O volume 1 é ótimo, porém o volume 2, com oito contos em 140 páginas,lê-se tranquilamente em apenas um dia. Eu mesma levei poucas horas para ler o volume todo. 

São oito contos de ficção científica instigadores, angustiantes, que mexem com certezas e medos que temos.

O Universo Desconstruído surgiu da necessidade de trazer questionamentos às desigualdades de gênero, e por haver pouco material de Ficção Científica que contempla a diversidade aqui no Brasil. 

Ficou curios@? Você pode baixar este livro gratuitamente no site Universo Desconstruído ou pelo Momentum Saga 

Em fevereiro, voltamos com o #desafioMS2016! Participe, divulgue a tag, desafie-se a conhecer livros novos e reler o que há na sua estante! 

Até a próxima postagem! 

3 de jan. de 2016

Desafio Literário para 2016 - Introdução

(continuam as postagens programadas, mas estou viva,bem e aproveitando as férias para reorganizar meus canteiros e horta,tentando sobreviver com maçicas camadas de repelente e roupas à sanha dos malditos insetos hematófagos!) 


Olá, galera! 

Começando 2016 com #tag nova e novo desafio literário, a convite do Momentum Saga, que viu a ideia originalmente no blog  Modern Mr Darcy

A ideia é a seguinte: são doze desafios, ou seja, um por mês, correspondendo ao critério estabelecido conforme a imagem abaixo: 






Se quiser aderir a este desafio e imprimir a lista, basta baixar este pdf, cedido gentilmente pela Sybylla do Momentum Saga!

Quem quiser, está livre para publicar a resenha em seu blog e dar um retorno lá no blog da Sybylla mandando o link ou uma foto do livro.

 Para quem usa Instagram e/ou Twitter - ou outra rede social - a hashtag é #desafioMS2016. 

Como prometi a mim mesma que não quero mais deixar pela metade as empreitadas em que me meto ( no real e no virtual), estarei publicando minha participação neste desafio sempre na primeira segunda-feira de cada mês, ou seja.. amanhã já vou publicar o desafio de janeiro - um livro para se ler em um dia! 

Até lá então! 




1 Imagem, 140 Caracteres #590

 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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