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26 de out. de 2022

Só desabafando

 Agora, uma reflexão em forma de historieta:

Maria (vamos chamá-la assim por ser um nome bem comum) recebe um salário mínimo. 

Como temos visto nos últimos anos, o salário mínimo não está tendo um crescimento real a ponto de suprir as demandas de Maria. 

Ela se deparou com sucessivos aumentos de preços no supermercado e o bolso sente bastante na compra do mês. 

Maria comprava leite a R2,00, filezinho de frango a R$ 12,00, pão a R$ 4,00... isso no início de 2021. Ainda com a pandemia rolando e a vacinação apenas começando. 

Hoje em dia, o leite está R$ 5,00 ( o mais barato, Maria trocou de marca), o filezinho mais barato está  R$ 21,00 e o pão já está chegando a R$7,00. 

O salário dela continua praticamente o mesmo, pois o reajuste foi pequeno e não deu conta, quase diluiu. Enquanto isso, os patrões de Maria, que não puderam aumentar seu salário "por conta da pandemia" mas conseguiram trocar de carro "apesar da crise", postam nas redes sociais a seguinte frase: " Para mim nunca falta carne, pois eu trabalho". 

Ou seja, para muitas pessoas que postam a "linda" frase acima, denotando uma enorme falta de empatia, quem ganha salário mínimo não está mais comprando carne como antes não porque o dinheiro não basta, mas porque "não trabalha"? É isso, produção? 


Milhares de Marias, de Josés, de Antônios, estão aí trabalhando 30, 40, 44 horas por semana, com salário fixo ou não, batendo ponto ou correndo risco em lugares diferentes todos os dias, às vezes mal conseguindo pagar todas as contas e ainda se alimentar de forma pouco satisfatória, mas quando dizem que gostariam de sonhar com um pouco mais têm de ouvir: "Não se ganha nada de mão beijada, se você trabalhar não falta nada". 

Falta de empatia, de consciência de classe, de compaixão. 

Infelizmente conheço muita gente com essa falta de consciência. 

Monstros? Não. 

São pessoas que também trabalham o dia todo.  Ganham um pouco mais que o salário mínimo e não tiveram de reduzir suas compras, pois o encarecimento de produtos básicos as afetou menos que a outras pessoas. São pessoas batalhadoras, muitas vão à igreja, realizam seus trabalhos com honradez, cuidam de suas famílias, são pessoas bem vistas: o senhorzinho aposentado que varre a calçada todos os dias, a professora que não percebe o quanto a Educação foi prejudicada nos últimos anos, o médico de confiança de centenas de famílias que não percebe o problema desse tipo de pensamento. Por que? Porque estas pessoas ainda enxergam de forma superficial os problemas que assolam a vida de milhares de outros brasileiros. A noção de coletivo destas pessoas está embotada e não é por causa do atual presidente. Elas já eram assim, foram criadas e aprenderam a pensar desta forma. O bolsonarismo apenas ampliou o alcance deste tipo de pensamento, reverberado pela internet que ligou estas pessoas com pensamentos reacionários umas às outras, criando um grande coletivo. 

Não são pessoas realmente ruins. Mas o fanatismo e o ódio cego a algumas denominações partidárias,minorias, profissões, locais de moradia, entre outros, engessam o pensamento delas. 

Fico triste com tudo isso, pois vejo um estrago que custará muito  tempo para ser reparado. 


25 de jul. de 2021

Paz sem voz não é paz, é medo


Quando estava no segundo grau, que hoje em dia se chama Ensino Médio, um texto chamou-me a atenção, impressionando de tal forma minha cabeça adolescente que anotei-o no meu caderno de rascunhos:

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."


Ainda lembro do livro onde li este trecho, da impressão que me causou e de como essas palavras ecoam em minha mente desde então, quase vinte e cinco anos depois. 

Sempre o achei tão contundente, e ele também me lembrava muito a escrita de Bertolt Brecht: 

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

................................................

Os dois textos se relacionam muito quando notamos que deixamos de nos solidarizar, de sentir as dores de nossos irmãos, de mostrar nossa indignação, nem sempre por conivência ou por falta de empatia e sim por medo. Medo da repressão, medo do julgamento, medo de ver ruir nossa pequena estrutura de paz e sossego tão instável. 


Graças à internet, encontrei o restante do texto daquele trecho que tanto me marcou. É um poema de autoria de Eduardo Alves da Costa, o qual deixo abaixo: 

NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!


Queria destacar alguns trechos, mas acabaria destacando o poema inteiro! 
O que podemos fazer para não ficar "sem dizer nada" e por temor, nos calarmos enquanto esperamos inutilmente a democracia aparecer no balcão? 

Cansei de passar tantos anos na escola e na faculdade ouvindo que "um outro mundo é possível", tantas trocas de ideias e até agora parece que nem um centímetro deste outro mundo possível chegou perto da gente. Tem dias que a gente acaba torcendo para que o que chegue mais perto seja o meteoro de uma vez, pois a impressão é de que estamos  vivendo presos dentro do clipe de Do The Evolution, do Pearl Jam. 

Mas nós, pequenos seres humanos vivendo no pequeno ponto azul no imenso espaço, também temos representantes de nossa espécie que "possui a estranha mania de ter fé na vida" e por isso mesmo nos piores momentos não conseguimos, e não queremos, desistir de vez. Precisamos manter nossa alma "armada e apontada para a cara do sossego", como dizia a música d'O Rappa, já que  "paz sem voz não é paz, é medo". Afinal,  "Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?"


"Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre" (...)
é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida


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(Gosto muito de ouvir música, cantar e às vezes tentar tocar. Já escrevi muitos textos baseados em canções de diferentes gêneros, e enquanto traçava o começo deste texto, foi inevitável pensar em algumas músicas. Abaixo, deixo as canções que me fizeram rascunhar este costurado de ideias)




Do The Evolution -  Pearl Jam




Maria, Maria - Milton Nascimento





 A minha alma  (A paz que eu não quero) - O Rappa





Até a próxima!!!

16 de mai. de 2021

Procrastinando, devaneando e exercitando a paciência.

 - Vai demorar essa caralha. 

O notebook parado, atualizando o sistema. Depois de vários dias sem ligá-lo, bem nessa hora piscou o lembrete de atualização. Sônia olhou para o relógio, dez da noite de domingo. Não estava fazendo nada urgente mesmo e vivia procrastinando os avisos de atualização do Windows, então pensou: vou deixar atualizar de uma vez. Isso havia sido meia hora atrás e agora a atualização estava em sete por cento. 

É, essa caralha ia mesmo demorar. Pegou seu caderno e começou a anotar o que iria fazer durante a semana. Tinha o costume de fazer listas, já sabendo que não cumpriria metade dela, o que a fazia alternar sentimentos que variavam de "será possível que eu não consigo me organizar?" e "foda-se, vou continuar fazendo listas e nem sempre vou dar conta de tudo". 

A caneta estava cansando sua mão já muito acostumada a digitar. Foi procurar uma outra caneta mais leve, pois a letra estava horrível. Conseguiu encontrar sua caneta preferida, de ponta fina; o polegar agradeceu e a letra fluiu bem melhor. 

Outra olhadela para o monitor: atualização em dez por cento e um aviso na parte inferior da tela: "o computador será reiniciado várias vezes". Nossa, que ótimo. Nesse passo, amanhã pela manhã termina. Já estava se arrependendo e ficando sem ideias para escrever. Ah, e com a consciência de que de novo não cumpriria todos os itens da lista. Voltou a ela e riscou alguns itens para ter a ilusão de que estava sendo mais realista. Ouvindo música enquanto escrevia, imaginou como seria sua vida se tivesse seguido um dos sonhos de infância: cantar. Deixando a mão descansar um pouco e a caneta repousar sobre o caderno, viu-se em um palco, cantando suas músicas preferidas, esquecendo-se por uns instantes que deveria acordar cedo, resolver coisas do trabalho,porque caramba, era domingo. Se não podia se alienar em um domingo, quando poderia? 

Dezoito por cento atualizado. La va lontana. Seu figurino no palco? Simples:  com certeza sua camiseta do Metallica, a calça jeans com rasgos, seus tênis vermelhos e cabelo solto. Quem sabe um chapéu? Playlist bem sortida com Pet Sematary, Black In Black,Psico Killer, Heteronomia, Legado,Danse Macabre,Massacre, And Justice for all para fazer jus a camiseta. E claro, tinha de ter músicas da Pitty, não subiria a um palco se não pudesse cantar Teto de Vidro ou pelo menos Brinquedo Torto.

Já era quase meia-noite e o monitor apontava a atualização em trinta por cento. Fechou o caderno com a caneta dentro para continuar escrevendo no dia seguinte (mentira, o dia seguinte era segunda-feira e nem teria tempo de pegar o caderno na mão), foi ver se todas as portas e janelas estavam fechadas. Deixou o notebook em cima da mesa, virado para um lado para não atrapalhar com a luz da tela e resolveu tentar dormir. 

A atualização foi concluída em algum momento da madrugada que ela com certeza não soube qual, provavelmente quando já havia dormido. E o caderno ficou no sofá da sala até a sexta-feira seguinte. 

22 de set. de 2020

Pensamentos soltos sobre a pandemia escritos em modo revolts


 Aferição de temperatura para entrar em estabelecimentos é inútil. E medir pelo pulso mais inútil ainda. 

Usar máscaras pode não evitar o contágio, mas barra boa parte das gotículas. E isso diminui a carga viral. Mas só vai dar certo se o nariz ficar dentro da máscara, caspita. 

Parem com essa bobeira de perguntar " se bares podem abrir, por que escolas não podem?" Primeiro, que a permissão para bares abrir não foi uma permissão para aglomerar. Do mesmo jeito que liberação de qualquer outro estabelecimento não é permissão para aglomerar.
Se adultos não entendem isso, imagine crianças pequenas. E nas escolas não há apenas crianças, há as pessoas que trabalham na direção, na higiene, alimentação, professores e professoras e todo o entorno. A sala de aula não é uma bolha. 

"Ah, todo mundo morre um dia". Se você chegou até aqui e quer jogar essa frase como justificativa para fingir que nada acontece, ignorando todas as medidas de prevenção por não ser capaz de empatia nem de consciência social, pode fechar essa página agora. Não é esse texto que vai respaldar, e infelizmente nem conseguir mudar esse seu pensamento deturpado. 


Use o cérebro que a natureza te deu e moldou para criar conexões incríveis e exerça a inteligência, pelo seu bem e da humanidade. 

Não espere ficar sem conseguir respirar para ir ao médico. Os sintomas se assemelham a uma gripe, se você tem condições de ir ao médico e fazer um teste logo, faça. 


Criatura, não importa de onde venha a vacina, importa que ela funcione. Pare de acreditar em notícias do tipo "ah, mas vai ter um chip que vai me rastrear e comandar minha vida". Se você tem um celular, saiba que já tem um chip te rastreando. E se você tem redes sociais, já sabem muito da sua vida. 


Não decepcione quem lutou para te dar uma boa educação! Leia além da manchete, pesquise em outras fontes antes de acreditar em qualquer coisa que te passam por WhatsApp, Telegram ou qualquer outro comunicador instantâneo. Por mais que você possa querer reclamar da Educação no Brasil, você teve aula de interpretação de texto, então mostre que aprendeu alguma coisa! 


Um princípio ativo de um remédio altamente concentrado em um teste de laboratório não é a mesma coisa que o remédio vendido na farmácia. 


A vacina está demorando? Não, pelo contrário! A Ciência não pode ser demasiado apressada senão a probabilidade de dar errado é enorme. Já houveram vacinas que demoraram vinte anos para serem desenvolvidas e aplicadas de modo a surtir o efeito desejado. Se a projeção para a vacina contra a Covid-19 é de dois anos, agradeça aos céus, pois será a vacina mais rápida desenvolvida até hoje! 


Você acredita em alguma divindade? Ótimo! Eu também, sou cristã desde que nasci. Vou te contar uma novidade: acreditar em Deus (seja qual for o seu deus) não impede de acreditar na Ciência, não é legal? Talvez seja até assunto para um outro texto. 




22 de jul. de 2020

A Era da Igorância Orgulhosa (Ou, Ignorância e Arrogância dão uma Ânsia!)

   
   Me sinto vivendo em um país de castigo... Por que as pessoas que poderiam ter feito a quarentena direitinho tinham de ser teimosas e não cumprir as regras? Outros países já reabrindo locais para visitação, planejando competições e shows, e a gente há quase quatro meses ainda nem passamos a primeira onda. E por que? Por terem pessoas egoístas, com falta de consciência. Se só saíssem de casa quem realmente precisa, e quem não tem necessidade sossegasse um pouco em casa, estaríamos em uma situação diferente.
O "brasileiro cordial" a cada década vem perdendo terreno para o brasileiro " se eu estou bem o resto que se dane".
E podemos dizer que esta escalada do individualismo é mundial. Muito triste.

Outra coisa que vemos é a orquestrada divulgação de notícias falsas, hoje em dia chamadas de "fake news".
Divulgação de mentiras ou de meias-verdades não é algo tão "new" assim, praticamente surgiu junto com a sociedade humana. Segundo o livro do Gênesis, haviam apenas dois seres humanos na terra quando a primeira mentira, ou no caso a primeira "meia-verdade" foi contada, então não é de se surpreender que as "fake" nos persigam até hoje.
Parece que a coisa anda mais crônica, mas na verdade o que ocorre é que a internet fez com que as informações, juntamente com as distorções, confusões, mentiras, se espalhem mais rápido.

A "leitura fast-food" (aquela que não passa do título ou escolhe algumas frases em vez de ler o texto inteiro) gera em pessoas incautas interpretações errôneas. As pessoas mal-intencionadas sabem disso e criam munição para atacar ideias, propostas e pessoas com pontos de vista diferentes. E é tudo tão bem orquestrado que as pessoas que querem mostrar a verdade acabam contribuindo com as mentiras, basta ver as famosas "hashtags" em redes sociais. As polêmicas, com opiniões infundadas, mentiras e incentivando conceitos errôneos vivem no topo, muitas vezes por conta dos que querem combatê-las,pois a tal "tag" chama a atenção, deixa as pessoas indignadas e no afã de  desmentir ou combater o absurdo, entram no jogo citando a palavra, fazendo com que fique no topo dos assuntos mais vistos. Assim, atraindo a atenção de outros que talvez nem tivessem conhecimento do assunto e arrebanhando mais pessoas mal intencionadas ou ingênuas.

Falando em más intenções, chego ao que motivou o título deste post: estamos vendo, depois de décadas de luta pela ciência, de tanta gente lamentando a falta de instrução ( neste caso, tanto a formal quanto a necessária para uma boa convivência em sociedade), um movimento inverso, com ideias negacionistas sendo propagadas abertamente e sem pudor por pessoas de diferentes credos, graus de instrução, enfim. A impressão que dá é que não é preciso saber o mínimo sobre um assunto para querer opinar e "lacrar", " massacrar", outra pessoa em um "debate" que na verdade não passa de disputa verbal para exaltar o próprio ego. Vemos isso todos os dias. Gente que não entende uma curva exponencial, por exemplo, querendo explicar estatística, pessoas que tem dificuldade em interpretar textos simples querendo que sua opinião prevaleça sobre os fatos. Que fique claro que não estou menosprezando pessoas que não tiveram oportunidade de estudar ou achando que quem teve mais chance de completar instrução formal tenha mais valor. Mas, fazendo uma analogia tosca, prefiro que um médico formado, com bom conhecimento dos remédios atualmente mais comuns e de seus efeitos colaterais, indique um tratamento a seguir, em vez de uma pessoa que se baseia apenas em seu conhecimento empírico e que não valoriza a ciência.

O problema não é ser "ignorante",pois todos nós o somos em vários assuntos. Afinal, não podemos saber tudo sobre todas as coisas. O problema é essa ignorância orgulhosa. A pessoa que não sabe, não quer buscar o conhecimento para não ser confrontada nas crenças que defende tão ferrenhamente, mesmo não entendendo o porque e ainda se orgulha disso. O tipo de comportamento que está fazendo essa quarentena se alongar ainda mais, deixando a nós, que nos esforçamos para cumpri-la e poder assim preservar tanto nossas vidas quanto as das demais pessoas, com o psicológico abalado e tendo de ser cada vez mais seletivos com o que lemos, ouvimos e vemos para nos manter equilibrados. Exemplos deste comportamento temos muitos, vindos de várias esferas.

 
Aliás, Jaime Guimarães em seu ótimo blog Grooeland, descreve com propriedade no artigo intitulado A Pandemia e o Choro:

"Eis algo que eu não consigo entender: houve um tempo em que demonstrar ignorância era motivo de vergonha e escárnio; hoje, pelo contrário, temos chefes de estado que são idiotas arrogantes e ídolos de milhares de pessoas. Donald Trump e Jair Bolsonaro são dois exemplos que logo saltam à mente. Há outros, claro, porém cito-os porque são símbolos maiores da Idiocracy moderna, duas pessoas que apostam no caos e na desinformação para permanecerem no poder e sustentarem suas legiões de fanáticos seguidores."

      
          Pois é, Jaime, meu amigo.. eu também não consigo entender.

As fake news, a ignorância e a arrogância formam o tripé que levam à condição do primeiro parágrafo deste texto: estarmos ainda "de castigo", sem ter nem passado pela primeira onda da pandemia, quando outros países já passaram ou estão na "segunda onda" dela. E isso acontece porque, além de o conhecimento não chegar a todos como deveria (nem todo mundo tem acesso a informação), ou de chegar distorcido, há a ignorância orgulhosa de quem se firma apenas no que conhece e sabe e não quer admitir que sua opinião pode estar errada. Para quem pensou que a pandemia poderia mostrar seres humanos melhores, podemos dizer: previsão certa e errada ao mesmo tempo. Quem é ético, bom e justo, continuou a sê-lo; quem já era antiético e pouco se importava com o próximo, também continuou da mesma forma. Poucas pessoas mudaram. O que é uma pena. Poderíamos ter a oportunidade de sairmos mais fortes desta situação, de demonstrar a tão propalada garra do povo brasileiro, de seguir o lema de "não desistirmos nunca", mas o "ninguém solta a mão de ninguém" infelizmente parece não ter passado de um lema bonitinho para chamar a atenção em redes sociais.
 
Sugiro fortemente que leiam o artigo do Jaime Guimarães - A Pandemia e o Choro. Já aproveitem para conhecer o blog dele, os textos são muito bons!




1 de jul. de 2020

Pequenas divagações quarentenísticas

1º de julho.

Segundo informações oficiais, centésimo dia de quarentena
Segundo todos nós sabemos, até agora não houve uma quarentena real, cumprida por todos e com as condições adequadas.
Mas sigamos.
Porque precisamos seguir, precisamos nos ocupar, precisamos acreditar em alguma coisa para não enlouquecer. 
Precisamos continuar acreditando que "depois da tempestade vem a bonança", mesmo que a tempestade pareça interminável.

Aliás, ontem aqui foi uma tempestade real, o chamado "ciclone bomba" pegou todo o estado onde moro e outros vizinhos, e pelo que li no Twitter agora há pouco ainda há lugares sofrendo com os fortes ventos. Foi um período agoniante, com ventos fortes, telhados voando, árvores caindo, construções sendo arrasadas e um blecaute na energia elétrica considerado o maior da história do estado até agora. Há lares por todo o estado ainda incomunicáveis e prejuízos sendo contabilizados. Aqui onde moro estamos bem, apenas alguns sustos mas seguimos, somando mais essa loucura à sucessão de episódios atípicos que tem acontecido neste 2020.

Enfim, estamos fazendo o que precisamos agora.. esperar. Esperar. Rezar, confiar e esperar. Torcer pelos nossos amigos, familiares, pessoas que amamos. Mesmo passando um pouco de raiva com a falta de bom senso de outras pessoas que colocam toda a comunidade em risco. Passamos raiva porque nos importamos.
Enquanto isso, vamos seguindo esta nova rotina, deixando na garagem ou fora da casa de vez roupas "de ir ao mercado", conferindo e re-conferindo lista de compras para não correr riscos desnecessários, usando telefone e internet para resolver coisas que antes se resolviam pessoalmente. Alguns trabalhando em casa, outros que infelizmente não tiveram essa opção saindo todos os dias com medo (bem, nem todo mundo, mas enfim).

Nos vemos novamente, se Deus quiser, na sexta-feira, para nossa blogagem semanal!


12 de jun. de 2020

1 Imagem, 140 Caracteres # 353

Olá, povo!

Sexta-feira chegou, e espero que vocês estejam bem! Como foi o dia de Corpus Christi por aí?


Estou aproveitado esse dia de reflexão que o feriado nos proporciona, e agendando minha postagem nesta quinta-feira, juntamente com outras postagens que virão.
Estou até pensando em voltar ao Wattpad, me organizando melhor.
Enfim, vamos aqui para mais esta edição da nossa BC semanal?
Abraços a todos!

Imagem obtida no site Addictable


Descrição: a imagem mostra uma raposa vermelha de pé e com os  olhos fechados e orelhas erguidas, cheirando uma flor amarela ( não consegui precisar a espécie, se alguém souber deixe o nome nos comentários).


Apreciar a beleza, sentir o frescor, aproveitar o momento..
Quem disse que só vocês, seres humanos, fazem isso?
Ai, que belo dia!








1. Rosélia Bezerra  5. Ailime  9. Toninho  
2. chica  6. Verena  10. Sueli  
3. pensandoemfamilia  7. Ane  
4. sonia tolfo  8. LUCIA DE FATIMA SILVA  

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22 de mai. de 2020

1 Imagem, 140 Caracteres # 350


Bom dia!
Mais uma sexta-feira que começou chuvosa aqui. Que bom, seja bem-vinda, chuva. 

Espero que vocês estejam bem, cuidando da saúde mental e física no que for possível! 

Vamos à nossa imagem desta semana? 

Imagem retirada do ShutterStock - Banco de Imagens. 
 


Descrição: a imagem mostra de forma bem próxima ( um close) uma pessoa negra, da qual se vê apenas o tronco, de frente. Ela está aparentemente de pé, com o braço direito segurando um livro aberto, enquanto a mão esquerda está aberta, pronta para virar uma página. O livro tem páginas flexíveis. A pessoa está vestindo uma camiseta branca e um colete cinza. O livro aparenta ser uma Bíblia. 


Minha mente se refugia em palavras de consolação.
Não é uma fuga da realidade: é uma forma de resistir. 



Bom final de semana! 










1. pensandoemfamilia  5. Renato Ohl  9. Ailime  
2. chica  6. Verena  10. LUCIA DE FATIMA SILVA  
3. Roselia Bezerra  7. Sueli  
4. sonia tolfo  8. Toninho  

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14 de fev. de 2020

1 Imagem, 140 Caracteres # 336

Olá! 

Espero que vocês estejam bem nesta sexta-feira! 

A chuva deu uma trégua e escrevo isto em uma noite de quinta-feira bem fresquinha, de frente para a janela de onde entra uma bela brisa. 

Precisamos de momentos assim de descanso para recarregar as baterias, né? 

E aqui estamos de novo em mais uma edição da nossa #1Imagem140Caracteres! 

Vamos à imagem desta semana? 


Imagem obtida no site Redação Online

Descrição: a imagem mostra as mãos de uma pessoa que está assistindo televisão. Uma das mãos segura o controle remoto e pressiona um dos botões, e a outra pega um pouco de pipoca de uma vasilha branca que está sobre uma mesa. Ao fundo , de forma desfocada, vê-se um televisor no qual aparecem dois vultos de pessoas observando o mar. 


Final de semana chegou! Um cineminha em casa e uma pipoca são uma bela distração. Falta escolher o filme! 


Um bom final de semana a todos vocês!  

 
1. Roselia Bezerra  3. pensandoemfamilia  5. Ailime  
2. chica  4. Verena  6. sonia tolfo  

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28 de jan. de 2020

Restart

Eram dez horas da noite. Em frente ao computador, os dedos batiam freneticamente, como se as teclas fossem saltar a qualquer momento. E saltariam se a grana não estivesse curta.

Toda raiva, toda ansiedade acumulada, todo o cansaço,todos os anos de frustração alinhavam as palavras e frases com a mesma velocidade do pensamento, o tec-tec-tec quebrando o silêncio naquele quarto. 


Que fosse para o raio que o parta a estabilidade, a crise no país, as poucas opções que haviam naquela cidadezinha, que fosse para sabe-se-lá-onde a voz da experiência que dizia que o melhor era ficar como estava. 
 
D.A.N.E - S.E. 
 
Revisou mais uma vez o documento, imprimiu, leu mais uma vez, assinou. No dia seguinte estaria feito. Tinha consciência que estava agindo por impulso, mas também sabia que se não fizesse isso agora, não o faria mais. Arrumou o que coube em uma mochila, pela internet escolheu um lugar aleatório para a noite seguinte, gerou o boleto e pagou. Ligou a TV, escolheu uma série e ficou assistindo até pegar no sono. 


Sete e meia da manhã. O pedido de demissão já estava na mesa do diretor.Nem esperou que chegasse, deixou o papel lá e saiu sem se despedir dos que estavam chegando. 
No caminho apagou do celular todos os contatos profissionais, saiu de todos os grupos de WhatsApp e Telegram; mudou seu número de telefone e apagou os seus perfis das redes sociais.
 Por algum tempo ficaria assim, sem amarras. Sem horários. Sem cobranças. E sem dia certo para voltar. Depois de anos tendo de planejar cada passo, pela primeira vez não planejaria nada. O depois ficou para depois.



10 de jan. de 2020

1 Imagem, 140 Caracteres # 331



Olá, sexta-feira, seja bem vinda de novo! Espero que estes primeiros dias do ano estejam correndo bem, apesar de notícias pouco alvissareiras vindo de outras paragens. 

Enfim. esta postagem foi programada há alguns dias, então espero realmente que as coisas estejam bem e eu não esteja escrevendo nenhuma bobagem. 

No dia em que escrevo esta postagem, está um clima ameno, sol e uma leve brisa. Escrevo ouvindo os pássaros cantarem, e isso é animador.  

E vocês? Como estão? 

Vamos ver qual a imagem desta semana e seguir as inspirações dos demais participantes? 


Imagem obtida no site Bibliotecas do Brasil

Descrição: a imagem mostra em primeiro plano uma cadeira estofada, feita de madeira. Ela tem apoios para os braços, e no apoio direito encontra-se um livro grosso, fechado. A cadeira está em cima de um piso de cerâmica brilhante, provavelmente de uma varanda ou terraço. À frente da cadeira está o parapeito do terraço, com colunas cor de rosa choque e apoio marrom. Do terraço tem-se a vista de diversas copas de árvores e prédios ao fundo. 






Uma tarde agradável e uma brisa fresca na companhia de um livro foi interrompida por um telefonema, tirando quem lia de seus devaneios. 




Um final de semana maravilhoso para todos vocês e até a próxima! 
 




1. Lúcia Silva   4. Ailime  7. Toninho  
2. Roselia Bezerra  5. pensandoemfamilia  
3. chica  6. sonia tolfo  

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18 de nov. de 2019

Pipistrello, scarafaggio e a delícia de aprender outros idiomas

Comecei um curso de Italiano há alguns meses, mais pelo gosto em aprender línguas novas e por gostar de etimologia - não é a mesma coisa que entomologia, embora as duas sejam interessantes - do que pelo resultado prático que isso terá, não que o resultado deste curso não seja ótimo, afinal futuramente poderei ser professora de italiano. 

  Como sempre acontece quando aprendo - ou tento aprender - algum idioma, as comparações são inevitáveis. 

Aqui onde moro é comum falar um dialeto, conhecido como Talian, o qual tem várias palavras e expressões muito diferentes da língua italiana original. O que é perfeitamente normal, afinal a língua é algo vivo que se adapta e muda. (#marcosbagnofeelings)

Esses tempos atrás, ainda no início do curso, me deparei com a palavra pipistrello. 
Fofinha, né? 
Mas se refere a um animal não muito fofo, no caso, o morcego. 

Chamando em italiano, parece que estou desmoralizando o bicho. Afinal, pensem na sonoridade: 

Português - Morcego. Pronunciar a palavra dá até um medinho. MOR-CE-GO. 

Espanhol - Murciélago. Ainda se tem um pequeno temor respeitoso, a gente vai falando a palavra e sentindo o poder dela, "murciélago". 

Talian (nosso dialeto daqui) - Barbustello. Já deixa o bicho um pouco menos temido, aparenta uma coisa mais ridícula que criadora de medo. 

Aí vem o italiano - Pipistrello. Parece nome de coisinha fofinha, cuti-cuti. Ouço "pipistrello" e imagino um beija-flor, um bichinho dócil, algo que dá vontade de pegar no colo. Mas não, continua sendo um "morceeego", embora o nome dê menos medo.

Talvez em alemão volte a ser algo mais amedrontador, penso eu.. mas não, é igual ao inglês: bat. 

Bat não dá medo nenhum, parece uma onomatopeia.  Nem mesmo pensando no Batman consigo respeitar a palavra bat como respeito a palavra morcego.

Se bem que em romeno o nome também é fofinho: liliac. 
(Que, aliás, é também nome de uma banda formada por irmãos que fazem covers muito, muito bons mesmo, de bandas de rock). 

Sério, "liliac" tem uma sonoridade legal, faz a gente ter menos medo de morcegos e nos lembra que não são todas as espécies que são hematófagas.

Claro que o contrário também existe, palavras que em nosso idioma são "fofinhas", dão uma sonoridade bacana ao falar, expressam algo que entendemos e que quando transportadas para outro idioma soam estranhas aos nossos ouvidos, como "barata" que tem uma sonoridade de algo comum, banal, e que em espanhol vira "cucaracha" - fica parecendo outro animal, algo maior e mais perigoso. E em italiano, "scarafaggio", fica parecendo mais perigoso ainda. Se eu ouvir  alguém gritando por ter aparecido un scarafaggio, a possibilidade de sair correndo é maior que se eu ouvir "Ai, uma barata". Na segunda possibilidade nem me dou ao trabalho de correr, pego um chinelo, um mata-moscas ou o que tiver por perto e possa liquidar o bicho - sorry, tenho nojo e mato mesmo. 
 Ou o teclado, (substantivo masculino)que em italiano vira tastiera.(substantivo feminino) Apesar de estranhar a palavra no início, acho até que fica mais musical dizer que "suono la tastiera" do que "toco teclado". Sim, "tastiera" se refere tanto ao teclado de computador quanto o musical, antes que você ou mais alguém pergunte.

Aliás, pergunta, palavra cuja segunda sílaba parece vir de dentro da garganta, em italiano é "domanda". Gosto dessa palavra, tem uma sonoridade legal, não é uma coisa seca como "ask" e não tem a estranheza de "pregunta". 

Nem deu para perceber o quanto gosto de descobrir a origem das palavras e as diferenças entre os idiomas, né? E como a digressão, la digressione, the digress, enfim, faz parte do dia-a-dia, embora muitas vezes eu a isole dentro da minha caixa craniana para o bem da humanidade e nem tudo o que eu penso saio falando por aí ou transformo em texto. 

Desta vez não resisti, desculpem. (ou scusate, apologize me, lo siento), prometo que por enquanto, até outro delírio digressional ocupar minha mente e não se contentar em ficar lá dentro, este é o último parágrafo do texto. 

Eu menti! O último parágrafo é este. 



27 de mar. de 2019

Crônicas Shoppingzescas - Retalhos

A primeira vez que entrei em um shopping center, estava com dezoito anos de idade, no longínquo ano da graça de 1998. E só fui lá por estar fazendo - gratuitamente- um curso de técnica de vendas. Não virei vendedora e demorei anos para voltar a fazer um passeio deste tipo.

Foi também a primeira vez que usei uma escada rolante, com certo receio de não conseguir pisar no primeiro degrau ou sair da escada sem tropeçar em nada.
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É interessante como parece ter uma minicidade lá dentro: você sai de um restaurante e fica de frente a uma lanchonete, tendo de caminhar pouco para acabar em um mercado ou loja de roupas e quando se vira para outro lado acabou de entrar em uma livraria. Falando nisso, tenho de dar uma olhada em um cadastro que fiz em uma delas. Em que outro ambiente um piano de cauda esperando solenemente no centro de um pavimento está há poucos metros de luzes piscantes e acessórios de realidade virtual, com todo o ambiente perfumado por uma loja de essências?  

A confusão de sons e cheiros pode deixar até atordoado quem não costuma andar muito em lugares assim.

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Banheiros de shoppings centers também são um caso a parte, cada vez uma surpresa. Já havia passado dos trinta quando entrei em um destes e levei um susto quando a água acionou sozinha assim que coloquei as mãos na pia..
Já saí de um banheiro achando que havia acabado o papel toalha e indo me secar em outro  lugar, para na vez seguinte, algum tempo depois, ver alguém ao meu lado pegando papel. Aí que percebi que era preciso passar as mãos abaixo da plaquinha "papel", para que uma folha fosse liberada. Sinceramente, melhor que aquele esquema de soprar ar quente para secar as mãos, que todos sabemos que não seca tanto assim. E o aviso de que "duas folhas bastam" para secar as mãos? Propaganda enganosa! Minhas mãos são pequenas e não, duas folhas não bastam. Pelo menos não se for qualquer tipo de folha.
Mas enfim, vamos parar de falar de banheiros, senão terei de mudar o título do texto para "Crônicas de Banheiros", e isto iria acabar em um longo parágrafo falando de cheiros, sons e fluidos corporais, e não estou a fim de escrever sobre isto agora.
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 Um "problema" de se passear em Shoppings é a área de alimentação, na qual cheiros de comidas, lanches, guloseimas e etcéteras alimentícios do mundo inteiro se misturam. Shawarma e sushis compartilhando metros quadrados, massas italianas e receitas lowcarb uma ao lado da outra, fast foods de um lado e o cheiro de capuccino vindo do outro, um pequeno quiosque de jujubas, enfim. Um desespero para alguém que estiver de dieta (ou não). Melhor não ficar muito tempo em um local assim, 😄😄😄.

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Nestas férias, fui algumas vezes passear em Shoppings Centers - passear e comer,pois vamos encarar a realidade, quem vai a um Shopping para fazer a compra do mês no mercado?  Conseguimos encontrar um DVD com raridades de ficção científica, que ainda não terminei de assistir, uma livraria em uma loja de departamentos que parecia abarrotada de títulos até eu chegar mais perto e ver que uma prateleira era basicamente repleta apenas com vários exemplares da mesma obra e chegamos a passar na frente do cinema porém desta vez nenhum filme atraiu tanto a atenção. Fiquei mais focada na livraria com a coleção completa do Harry Potter, mas no momento o fator grana não colaborou com minhas ambições.
 O mais interessante são as exposições itinerantes que  ocorrem, como brasões de famílias, dinossauros que movem partes do corpo, peças de museu, o que rende um bom aprendizado e um novo repertório de piadas internas entre mim e quem estiver junto. Só não consegui ainda chegar em um momento em que estivesse rolando um sarau literário ou artístico, mas já tirei foto em frente a uma réplica da TARDIS. Só achei exagerada a quantidade de cãezinhos animados eletronicamente por metro quadrado na exposição de Natal. 

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Talvez em uma próxima visita haja algum filme interessante, ou ao menos algum título que chame a atenção na livraria a ponto de justificar a viagem. Até o momento há um empate técnico entre a foto com a TARDIS  e a mesa de sinuca na qual não consegui ganhar nenhuma partida.

1 Imagem, 140 Caracteres #590

 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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