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2 de out. de 2019

Resenha: Nonoberto Nonemorto, de Luís Alberto de Abreu e Grupo Andaime de Teatro


Livro: Nonoberto Nonemorto
Autores: Luiz Roberto de Abreu
Gênero: Comédia Dramática
Direção de Francisco Medeiros.
Texto escrito especialmente para o
Grupo Andaime de Teatro, da Unimep de Piracicaba





 Imagem: capa do livro, com o título no alto. A capa é preta e no centro há uma ilustração em forma de desenho, representando pessoas sorridentes. Há um homem no centro, ladeado por dois seres que aparentam ser anjos pois têm asas nas costas. Há outro anjo voando por cima deste trio. Também há um homem bebendo algo de uma xícara, um casal dançando, dois homens bebendo: um segurando uma garrafa e outro um copo. O homem que segura um copo também segura uma mala. Há dois animais também, que no momento não consigo identificar. Todos estes seres estão em um piso amarelo. Na beira do chão amarelo, há seis pessoas observando, também sorridentes. Duas seguram uma mala cada uma, uma segura uma xícara e duas apenas observam. 
Abaixo da ilustração, o nome do autor: Luís Alberto F de Abreu

















#postacessivel: a fotografia, em preto e branco, mostra um homem, cujo rosto não é visível por estar com a cabeça baixa. Ele veste uma boina, paletó e calças escuras, camisa branca. Está sentado em uma cadeira e segura uma bengala com a mão direita. Ao fundo, se vê o que parece ser o cenário da peça de teatro referida no texto abaixo. No pano de fundo aparece a frase: "As coisas, os fatos, o tempo em sua memória estão em pedaços. Mesmo assim ele tem muito mais coisas que nós.." (Rodrigo Cruz) 


 


"A obra estrutura-se a partir das lembranças confusas de Nono Berto, um velho filho de imigrantes italianos ( da região do Tirol, entre Áustria e Itália - grifo meu) que, em razão de sua idade avançada, mistura a imaginação e realidade, locais e tempos históricos, acontecimentos reais e inventados, e o desejo que alguns acontecimentos fossem de fato reais. Mais que um retrato histórico da imigração de Tiroleses na região de Piracicaba, o espetáculo, segundo o desejo e a pena de seu autor, tenta ser um retrato do movimento da alma humana." (sinopse da peça).

 

Imagem: fotografia em preto e branco de um senhor, utilizando roupas compridas e chapéu, sentado e observando um tecido em suas mãos.



Nonoberto Nonemorto é uma peça de teatro produzida e encenada pelo grupo teatral Andaime, desde 1998.

Posteriormente, o roteiro foi publicado em forma de livro com o texto e roteiro de Luís Alberto de Abreu. 

A história gira em torno de Nonoberto ( Nono Berto), que ao fim de sua vida relembra toda a saga, sofrimentos, histórias dos imigrantes italianos, fatos de sua vida. Há um paradoxo ali, pois Nonoberto ao mesmo tempo que tem sua memória fragmentada e por vezes fica com o olhar vazio, entristecendo-nos junto com ele ao partilhar seu declínio mental, também tem memórias muito vivas. A peça toda mostra essa mistura de esquecimento, recordações, recortes de diferentes épocas,realidade e fantasia coexistindo durante toda a narrativa. A melancolia de Nonoberto perpassa toda a peça, mesmo havendo momentos de comédia. 
Como diz no prólogo da peça, "Nonoberto é um homem de rompantes. As imagens passam sem controle e se fixam em sua mente, gerando lembranças, riso, emoção também sem controle". 


A história transcorre ora contada pelo próprio Nono Berto, ora por outros personagens, mostrando dificuldades, cotidiano, recordações impressões de mundo, alternando entre a nossa língua portuguesa e alguns trechos em  dialeto "Talian". 
Há momentos em que a quarta parede é quebrada, tanto pelo Nonoberto quanto por outros personagens e narradores. 

É uma narrativa emocionante e impactante, confesso que chorei lendo o livro ( conheço boa parte da história da imigração,eu mesma sou descendente de italianos) e gostaria de ter visto a peça teatral. 



Link para um álbum com algumas fotos: (No Facebook)


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 Esta postagem faz parte do desafio literário 2019  proposto pela Sybylla, do blog Momentum Saga  



Outras postagens que fazem parte deste desafio:

1) Desmortos, de Mary C. Müller - Um livro Young Adult

2) Tartarugas até lá embaixo, de John Green - Um livro que eu deveria ter lido em 2018

 
3) Marcelo, Marmelo, Martelo, de Ruth Rocha – Um livro Infanto-juvenil 

 
4) Lady Susan, de Jane Austen – Um livro epistolar.


5) Nonoberto Nonemorto,do Grupo Andaime de Teatro - Um livro que é uma peça de teatro 


 

21 de set. de 2012

Várias Facetas, Várias Vidas - 5ª Parte (III)

SUZANA

     O dia vai se arrastando.. me esforcei, atendi a tal cliente com um sorriso no rosto, fui educada e tal.. mas foi um pouco difícil para mim, vencer velhos hábitos não se faz de uma hora para outra.  Me sinto cansada, mas ao mesmo tempo bem. Lembrei porque estou na empresa, estou a serviço! 
    Como vou querer melhorar o salário, crescer na vida, se continuar sem ânimo? O chefe deve gostar muito de mim, pois já poderia ter me mandado embora.
     As horas passam. Ainda bem que agora, o sr. Geraldo deu uma saidinha.. mas deixou o rabo dele aqui. A tal da Ana, começou um ano depois de mim e virou puxa-saco dele. E agora está querendo se aproximar de mim, o que será que ela quer? 
    Minha mente é negativa demais, penso eu. Quem sabe, ela não seja bem intencionada. A culpa de eu continuar na recepção é minha, eu que desanimei cedo demais. Até esqueci por que me candidatei ao emprego! Ironicamente, eu gostava de estar perto de pessoas, de conversar. E o que eu tenho feito nesses últimos anos? Cada vez masi estou ficando monossilábica!!! 
Quer saber? Vou fazer uma faculdade. Pronto. Sacudir o marasmo de vez.   
    Chega de ficar dando bola para as reclamações da minha mãe, que me cobrava por chegar tarde das festas com amigos. Ela vai continuar reclamando, mas pelo menos agora vou chegar tarde da faculdade. E se possível, almoçar fora. Preciso ficar mais animada,pois estou nesse estado por culpa minha mesmo.. passei tempo demais fazendo de conta que ainda era adolescente, participando de encontros de jovens mesmo depois que meus melhores amigos saíram. E ficar em casa está me fazendo mal.Compreendo que minha mãe já tem idade, mas ela anda me pondo muito para baixo. 
     Lá vem a Ana... 
 - Oi, Suzana, tudo legal?
- Claro, está um dia tão lindo...
- Também gosto de dias assim. Ei, vamos almoçar juntas? 
- Vamos! 
  Me assusto com meu próprio entusiasmo. Em seis anos, pouquíssimas vezes almocei com alguém da empresa. Ana vai à frente, para verificar se há mesas disponíveis ainda, pois o ponto é concorrido. Digo a ela que já venho - esqueci de pegar minha bolsa e preciso voltar. 
  Assim que saio da empresa, vejo pessoas se desviando de algo na calçada, vários metros à frente.Parece um embrulho.. será que alguém jogou lixo logo ali? Não, é algo maior.Minha curiosidade se aguça, parece que vi aquilo mexer. Me sinto atraída por aquela forma indefinida. É uma pessoa, vestida de preto.. chegou mais perto. É um rapaz, e está chorando! Um sentimento de ternura e compaixão surgem de repente... 
 - Moço... está tudo bem?
Argh, como sou idiota. O cara está chorando! 
- Desculpe a pergunta boba..mas.. posso te ajudar? Fazer algo por você?
Ana deve estar me esperando, mas não me importo agora. Vejo uma mecha de cabelos loiros se mexendo... ele me ouviu. Será que vai falar comigo ou me escurraçar? Terá boa índole? Me arrisquei demais falando com um desconhecido? Mas ele está chorando.. 
Lentamente, o rapaz levanta a cabeça....

30 de mai. de 2012

Crises da Idade.....


ELE - Querida, vamos senão nos atrasamos.
ELA - Temos mesmo que ir? O capítulo da novela Europa está incrível hoje. Estou ardendo de curiosidade para saber se o Antônio César vai finalmente se entender com a Maria Clara ou se vai encontrar a Lúcia Mara...

1 Imagem, 140 Caracteres #590

 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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