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20 de nov. de 2024

Resenha: Dois Mortos e a Morte e Outras Histórias, de Tanto Tupiassu

 LivroDois Mortos e a Morte e Outras Histórias

Autor: Tanto Tupiassu ( Fernando Gurjão Sampaio)

Editora: Rocco
1ª Edição, 2023
192 páginas




#paratodosverem: capa do livro Dois Mortos e a Morte: um fundo vermelho com o título do livro impresso dentro da imagem da lua cheia. Abaixo, no fundo vermelho com letras maiúsculas, o nome do autor e a imagem em azul de uma pequena capela no centro, tendo à esquerda uma palmeira e a direita uma estátua de santo. Abaixo,o nome da editora: Rocco. 


Tanto Tupiassu ficou famoso por seus causos de assombrações e visagens, que inclusive eu costumava acompanhar no Twitter (me recuso terminantemente a chamar de X) e agora acompanho no Bluesky.

    Mesmo conhecendo seu estilo narrativo, não pude deixar de me surpreender com a forma como as histórias são contadas neste livro. Diferente das histórias que Tanto conta nas redes sociais, que envolvem por vezes pessoas conhecidas ou ele próprio, aqui são personagens ficcionais bem construídas.

    Em todas as histórias a morte ronda as personagens, sendo às vezes ela própria protagonista. São histórias que se passam em diferentes eras, com pessoas distintas em diferentes estágios da vida.Boa parte se passa em pequenos vilarejos e Monsarás (PA) tem destaque. O sobrenatural ganha as histórias, mostrando que nem sempre a morte é o descanso eterno ou o fim de tudo. A primeira história, "Morrer Cansa", prova isso já abrindo o livro com os dois pés na porta. 

   Presentes do além, conversas pós morte, locais conhecidos como assombrados, diálogos inesperados e revelações que vão acontecendo aos poucos para nós, leitores, vendo as personagens muitas vezes sendo pegas de surpresa; tudo isso constitui as várias histórias do livro, que nos envolvem e quando menos esperamos, chegamos à última página. 

Um livro recomendado para quem gosta de histórias sobrenaturais, porém não gosta muito de terror. 

Quem gosta de causos de assombração, de escrita de terror e ficção sobrenatural ambientados no Brasil não irá se decepcionar.  

Recomendo também fortemente que leiam a   entrevista com Tanto para a revista Amazônia Latitude, publicada em 08/06/2023


O Autor: 



#paratodosverem: imagem do autor, Tanto Tupiassu, usando uma camisa com estampa floral colorida, sentado a uma mesa em um ambiente que parece ser uma lanchonete ou restaurante. Ele está sorridente,em um momento descontraído, levantando um garfo. O pequeno prato a sua frente está vazio. 


Fernando Gurjão Sampaio, também conhecido como Tanto Tupiassu, é natural de Belém do Pará. 
Seu primeiro livro, Ladir vai ao parque e outras histórias, foi premiado e publicado pela Fundação Cultural do Pará em 2018.
Em 2023 lançou Dois Mortos e a Morte e Outras Histórias. Também escreve com regularidade no Instagram, Twitter e Bluesky, encantando leitores e seguidores ao contar sobre sua vida cotidiana e textos sobre assombrações e visagens. 


Onde posso adquirir o livro?  Algumas sugestões:

Amazon ( físico e e-book)

Estante Virtual: ( físico)

Site da Editora Rocco: ( físico e e-book)

29 de jan. de 2024

Resenha: O Monstro Na Pele - Uma historinha do Monstro, por Fábio Coala

 Livro: O Monstro na Pele - Uma historinha do Monstro

Autor e ilustrador:  Fábio "Coala" Cavalcanti

40 páginas

Publicado através da plataforma Catarse 


Imagem: Dudu, uma criança de pele negra, com cabelo semicomprido amarrado com uma faixa amarela. Ele usa uma roupa azul e branca. Está sério, olhando para o Monstro e apoiado nele. O Monstro é alto, roxo, possui um nariz arredondado e rosa, um olho azul e outro verde, duas asas bem pequenas e três estruturas ao alto de sua cabeça, semelhante a cristas. É possível ver um pedaço de seu rabo. O monstro está com as duas mãos no rosto, falando com Dudu. 



O Monstro  é uma das personagens recorrentes e mais famosas nas tirinhas de Fábio Coala, em seu blog, Mentirinhas. 


Imagem: Dudu, de costas, olhando para a casa de um de seus amigos monstros, que se assemelha a um castelo. 


Segundo o autor:

"O Monstro, pra quem ainda não o conhece, é um bichinho de pelúcia que tem o 'poder' de acalentar corações feridos. Suas histórias se passam em tempos e lugares diferentes, assim como sua forma e abordagem. Mas, basicamente, o Monstro é o amigo que chega quando mais necessitamos, nos diz o que precisamos ouvir ou, simplesmente, enxuga nossas lágrimas e nos ajuda a seguir em frente."



O Monstro Na Pele é uma pequena história direcionada para o público infantil, com suas ilustrações coloridas e uma lição facilmente compreensível sobre empatia. 

A história mostra Dudu, um menino mais ou menos comum que mora na Ilha dos Monstros, um lugar mágico. Dudu está chateado, pois seus amigos monstros recusaram-se a brincar com ele. Ao desabafar com o Monstro, um diálogo compreensivo se segue, levando Dudu a refletir sobre como os outros monstros amigos dele estão se sentindo. 



Imagem: Dudu conversando com Lális, uma monstrinha azul com um detalhe em forma de círculo no topod e sua cabeça. Lális tem olhos roxos, um pequeno nariz em forma de coração, orelhas longas e abaixadas e está sorrindo. Ela veste uma blusa amarela de manga longa. 


A história segue com a delicadeza e ternura presente nos quadrinhos que tornaram o Monstro famoso. As ilustrações são primorosas, bem coloridas (que é importante para crianças), conseguindo transmitir as emoções das personagens. Para quem já conhece e acompanha Fábio Coala e o Mentirinhas, no quarto de uma das monstrinhas é possível ver versões em pôsteres e pelúcias de algumas personagens presentes em outras tirinhas que não as do Monstro.

O Monstro Na Pele tem como foco o público infantil, porém é claro que pode ser lido por todas as idades. 

A linguagem é simples e acessível tanto para as crianças mais novas, ainda iniciando a alfabetização (através de leitura por parte de um adulto) tanto para as crianças que já leem sozinhas.

Com certeza levarei à escola onde trabalho para a hora da contação de histórias! 


Desenho do Fábio Coala no verso da capa do exemplar do livro que tenho em casa.

Imagem:desenho do rosto de um coala feito com caneta esferográfica preta,da forma que o autor Fábio Coala se  retrata em seu site.

9 de jan. de 2024

Aquisições literárias de 2023 - que vou terminar de ler em 2024!

Durante o ano de 2023, tive oportunidade de comprar alguns livros em sites e em promoções passeando pelo shopping center. Um deles já virou resenha aqui , outros  já foram lidos e podem virar resenha também. Outros, ainda não comecei a ler. Agora que entrei em modo férias vou conseguir ler vários dos que comprei, o que significa sabe o que? Mais algumas resenhas em 2024! 


Vou deixar aqui uma lista breve de alguns destes livros e link na Amazon para quem tiver curiosidade em adquirir!!!
Em futuras postagens, resenha e detalhes sobre os livros. 
  

A Revolução dos Bichos (Atualmente há editoras o publicando com o título original, A Fazenda dos Animais) -  de George Orwell. Outro clássico que só consegui ler efetivamente em 2023, conta a história de um grupo de animais que consegue tomar a fazenda, expulsando seus donos e tentando criar um espaço democrático. Porém logo o ideal é corrompido pela sede de poder por parte dos líderes desta revolução. 

Horo - o Castelo da Neblina e O Monstro -Na Pele, de Fábio Coala: adquiri pelo Catarse, os dois livros juntos.
Sabedoria, coragem, empatia, amizade, são temas dos dois livros, de leitura rápida - li em um dia -  e com ótimas lições. 


O Dia em que Selma Sonhou com um Ocapi, de Mariana Leky - uma das leituras que mais gostei em 2023! A resenha está aqui no blog, basta clicar abaixo:


1984, de George Orwell - clássico que até dispensaria apresentações, mas sempre haverá quem não conhece a sinopse: Publicado em 1949, o livro traz uma sociedade distópica que tem lugar em 1984, pelo ponto de vista da personagem Winston, cujo trabalho é reescrever artigos de jornais do passado para que o registro histórico sempre apoie a ideologia do "Partido". Minha leitura atual, logo haverá a resenha dele! 


Os Testamentos, de Margareth Atwood - continuação de O Conto da Aia, a história se passa quinze anos após os acontecimentos do primeiro livro. A república de Gilead se mantém firme no poder, mesmo após sucessivas tentativas de insurgência, porém há sinais de deterioração. Esse livro está na lista dos que ainda não comecei a ler,mas pretendo fazê-lo logo. 


Jardim Suspenso 220, de Ana Cecília Romeu - Romance em que uma jovem recém-casada muda-se com seu marido que é médico para um novo edifício. Trabalhando em home-office, ela passa mais tempo no prédio, interagindo com vizinhos e visitantes excêntricos, vendo e passando por situações inusitadas. 
Esse também está na fila para leitura, e tenho certeza de que vou ler com muito carinho, pois Ana Cecília foi uma das primeiras escritoras que conheci quando me lancei a este mundo virtual dos blogs. 

Dois Mortos e a Morte, de Tanto Tupiassu - Tanto é famoso por seus causos de assombrações e visagens. Esse livro é uma coletânea de histórias que tratam da morte em diferentes formas. Comecei a ler recentemente, porém parei para concluir a leitura de 1984, que exige bastante atenção. Logo irei retomar. 

O Livro que você gostaria que seus pais tivessem lido (e seus fihos ficarão gratos se você ler), de Philipa Perry. 

Um livro de não-ficção na lista! Como professora, convivendo com crianças pequenas durante quase dez meses por ano, acho interessante esse tipo de leitura (mesmo não tendo filhos). Nas palavras da autora, psicoterapeuta, o livro se trata de como criamos laços com os filhos, o que atrapalha a criação de uma relação de maior proximidade, como fomos criados e como nossa criação afeta nossa postura. E, claro, o que fazer a respeito e como evoluir.


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Fiz uma lista e resumos o mais sucintos que consegui, pois durante este ano esses livros ganharão postagens mais detalhadas! 

E que 2024 traga mais experiências literárias para a gente! 

26 de jan. de 2022

Livro: Confinada, de Triscila Oliveira e Leandro Assis


"Um retrato mordaz da sociedade brasileira durante a pandemia." (definição encontrada no site da Editora Todavia)


Imagem: alguns quadrinhos retirados de tiras de toda a história, resumindo alguns temas abordados em "Confinada": 

O texto é o seguinte: "Confinada fala  da pandemia e de como a desigualdade acentuou seus efeitos. Mas trata de muitos outros assuntos. Como a espiritualidade tóxica. Racismo. A cultura do cancelamento. A luta de médicos.. E a falta de empatia. Negacionismo e fake news" 


Confinada mostra a história de duas mulheres forçadas a conviver durante o período de pandemia de coronavírus: Fran, uma digital influencer e Ju, a empregada que aceitou passar a quarentena trabalhando dentro do apartamento de Fran fazendo o trabalho de três pessoas. 

Fran dá dicas de saúde e assina vários contratos de publicidade, porém não vivencia o que ensina, refletindo na prática vários preconceitos e estereótipos. Ju reflete sobre a hipocrisia e as condições de seu confinamento e passa a enfrentar essa situação, mostrando consciência de classe e pensamento crítico. 

  O título é ambíguo, podendo se referir tanto a uma quanto a outra, já que as duas ficam confinadas no apartamento de Fran durante o período em que ainda não haviam vacinas sendo aplicadas aqui no Brasil.

Milhares de pessoas acompanharam a história de Fran e de Ju no Twitter, tanto no perfil de Triscila quanto no de Leandro. 

Conheci a história também no Twitter, pois estava acompanhando um trabalho anterior dos dois, chamado "Os Santos" (sobre o qual também quero falar em breve aqui no blog). 

Assim que "Confinada" passou a ser publicada, passei a ansiar pela tirinha semanal para poder acompanhar o desenrolar da história. A trajetória de Ju e Fran durante todo o livro nos envolve e a leitura flui tão bem que ficar refletindo sobre cada página ao final é inevitável. O capricho nas identidades visuais das agências que a influencer Fran representa e as referências a elementos da cultura pop também completam muito bem o contexto de toda a história. 

Recomendo muitíssimo, por ser um retrato bem realista de nosso país no início da pandemia e mostrar sem rodeios a realidade de muitas domésticas durante esse período.


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Quer saber mais? Seguem links!

(Ah! No livro há algumas páginas extras, que não apareceram  no Twitter e no Instagram e que tiram algumas dúvidas sobre a história).


Link do livro na Amazon: Confinada ( há a opção de comprar o livro físico ou e-book)

Link do livro na editora Todavia

Twitter da Triscila

Instagram da Triscila

Twitter do Leandro

Instagram do Leandro


3 de set. de 2020

Resenha: Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybylla

Quem me acompanha sabe que a Sybylla  é autora de um dos meus blogs preferidos, o Momentum Saga. Além de ter proposto este desafio literário,ela também escreve, e muito! Ao final desta postagem, deixei um link para seu blog e sua página na Amazon!

Pois bem, vamos à resenha!


Livro: Deixe as Estrelas Falarem (Amaterasu, Livro1)

Editora:Dame Blanche
Ano:2017
133 páginas 

 
" Não se pode afastar o marinheiro muito tempo do mar, nem eu de minha nave". Com esta frase a capitã Rosa Okonedo, do cargueiro independente Amaterasu, resume sua ansiedade em voltar à ativa, depois de um ano e três meses em Aspásia, planeta em que sua filha Maisa vive e trabalha.Depois deste período em que precisou ficar com sua filha nos momentos finais da gravidez dela e ajudando a cuidar da neta, Zoe, chegou a hora de voltar à sua amada nave. Ela ama sua filha mas sente que se não voltar à sua nave, acabará enlouquecendo, mesmo se sentindo culpada em se despedir. 
 
 A história começa com esta despedida,e  logo vemos Rosa embarcando para poder voltar à sua tripulação e sua rotina. Durante estes primeiros capítulos, a autora habilmente nos conduz e nos familiariza  com  a realidade deste tempo: expectativa de vida alta por conta de vacinação com aprimoramentos genéticos,(a capitã mesmo conta estar com 90 anos e ainda nem chegou à metade de sua vida útil para o trabalho) viagens inter espaciais com grande velocidade... Porém, nem tudo é perfeito. Neste mundo criado por Sybylla, a tecnologia e a ciência não solucionaram magicamente todos os problemas da humanidade: ainda existe a irritante burocracia, roubos, tráfico, estupro (em lugares afastados, e com a vítima tendo todo o amparo legal necessário) e no contexto em que a história ocorre, o temor de um ataque terrorista. 

 Assim que retorna à Amaterasu, Rosa encontra sua tripulação disponível e também ansiando por voltar à rotina. Porém,  há um problema: como acabaram de voltar à ativa, as cargas que conseguiram  não serão o suficiente para que o pagamento por elas garantam a manutenção da nave e pagamento dos tripulantes.
 
É nesta situação que Rosa recebe uma proposta arriscada:  levar uma carga desconhecida, indo para uma região do espaço muito distante, pelo valor que ela quiser - um contrabando. 
 
 Depois de pesar os riscos, Rosa acaba aceitando. Após explicar a situação aos tripulantes que apesar de relutar um pouco concordam com o arranjo, a viagem inicia com a promessa de ser um serviço rápido: buscar a carga, receber coordenadas para entrega e pronto... Porém logo após a carga ser embarcada, a tripulação começa a ter experiências perturbadoras, o que os leva a se questionarem, relembrar escolhas feitas e ficarem cada vez mais curiosos sobre o conteúdo da carga e as implicações que surgem após descobrirem o que há no conteiner. 


Deixe as estrelas falarem tem ingredientes comuns a muitos enredos de ficção científica: tecnologias avançadas, indagações filosóficas, preocupação com ética e bem-estar, lembrando muito as premissas de Star Trek e as regras da Federação dos Planetas Unidos, com algumas exceções interessantes, como por exemplo a proibição de androides e robôs serem demasiadamente humanizados. Os personagens são bem construídos, o que se nota quando um pouco da história de cada um nos é desvelada. A narrativa flui rapidamente. Esta obra tem uma continuação, chamada Por Uma Vida Menos Ordinária, que comecei a ler hoje - e que pretendo resenhar assim que terminar a leitura. Sou suspeita para falar sobre a obra levando em conta o quanto gosto dos textos da autora e de ficção científica.. Mas sim, recomendo a leitura! 

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Lady Sybylla é escritora, geóloga, professora e mestra em Paleontologia. Escreve diariamente em seu blog, Momentum Saga, e tem vários livros publicados. 

Links: 

 
 
 


Esta postagem faz parte do Desafio Literário 2020 proposto pela Sybylla, do blog Momentum Saga
 

Outras postagens deste desafio: 
(Um livro que eu deveria ter lido em 2019) 
(Um livro fora da minha zona de conforto)
(um livro que comprei pela capa) 
4) Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybyla
(um livro que se passa em outro planeta/lua) 
 

13 de jan. de 2020

Resenha: Fábula de Viagem no Tempo por Amélia, a Gata, de Hugo Dalmon


FÁBULA DE VIAGEM NO TEMPO: POR AMÉLIA, A GATA.
Autor: Hugo Dalmon 
Editora: Multifoco
Ano: 2017



 Descrição: a imagem da capa do livro mostra em primeiro plano um desenho de uma gata,em tons de marrom e cinza, de olhos bem abertos e orelhas eretas. A capa do livro é um fundo com tons azuis mesclados com tons de marrom. Na parte superior da capa lê-se dentro de uma faixa azul médio o título do livro: Fábula de viagem no tempo: por Amélia, a gata. Logo abaixo, o nome do autor: Hugo Dalmon.  No canto inferior esquerdo, dentro de um retângulo arredondado branco, pode-se ler: Dimensões Ficção.



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Embora  essa história tenha como
base principal uma floricultura, um terraço com
jardim de margaridas e o   quarto de um jovem
adulto de classe média,  na verdade, ela tem um
universo fervendo, ali.
(Amélia, a gata, já mostrando a que veio no início da história) 

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Amélia é uma gata que passa os dias preguiçosamente na floricultura Abelha Rainha, de seu humano Oz. Quando não está trabalhando, Oz passa as horas jogando ou conversado online. 
 Logo no princípio do livro Amélia não deixa dúvidas sobre seu protagonismo na história, explicando que os gatos na realidade são fruto de uma civilização avançada cuja espécie (superior aos humanos, claro)  veio parar por acidente na Terra, e que graças a um filtro de realidade, os humanos pensam que os adotaram. Mas na verdade, segundo Amélia, os gatos é que adotaram seus humanos.


   A vida vai seguindo mansa e sem grandes percalços, assim como a relação entre Amélia e seu humano, até o dia em que uma moça chamada Glória entra em contato com Oz, dizendo ser importantíssimo que ele viaje até o ano de 1998 para ajudá-la. Para tal, Oz deve encontrar um colar enterrado no terraço da floricultura, cujo pingente em formato de abelha é o responsável por possibilitar esta viagem.


Mesmo achando tudo muito estranho, a curiosidade vence. Oz e Amélia desenterram o pingente que, assim como disse Glória, estava enterrado no canteiro de margaridas no terraço da floricultura. Após tê-lo desenterrado com auxílio de Amélia, Oz resolve experimentá-lo. Amélia está com suas patas sobre os pés de seu dono e por isso acaba viajando junto com ele.

    Sem precisar do corpo físico para viajar, as consciências de Amélia e Oz ocupam corpos diferentes em cada viagem, com isso aprendendo lições valiosas. As pessoas e locais em cada tempo para o qual viajam possuem nomes de flores, remetendo ao arquétipo da abelha, que voa de flor em flor e de cada uma retira algo que lhe acrescenta.
Através da experiência de habitar corpos humanos diferentes e em épocas diferentes, Amélia e Oz precisam viajar para o tempo solicitado por Glória, o que não parece ser fácil: toda vez que experimentam o artefato acabam viajando para outras épocas. Por conta disto, Amélia e Oz precisam várias vezes se reencontrar, desfazer equívocos e ainda lidar com sentimentos e sensações que não são deles. 



Mais que o objetivo final da viagem no tempo, o livro foca em viagens pela consciência, colocando os personagens literalmente na pele de outras pessoas.

A história, narrada pelo ponto de vista da gata, começa um pouco tímida no primeiro capítulo, como se o escritor, ou Amélia – prefiro acreditar que é a gata –estivesse tateando o terreno. Mas assim que o primeiro conflito surge, vemos as quatro patas, ou dois pés, bem fincados na história, que segue de forma tão fluida que as 154 páginas acabam sendo lidas sem pausas. 



    A narrativa de Amélia corre de forma a mostrar bem a mistura entre a confusão de não mais habitar o corpo de uma gata nestas viagens, o sentimento de lealdade que mantém com Oz, escolhas que precisam ser feitas e a certeza de que deve ajudar seu dono a cumprir a missão que lhe foi confiada com muita ênfase por Glória, mesmo não compreendendo exatamente o porquê é tão importante ir para 1998.



O e-book que tenho foi cedido pelo autor já faz um bom tempo e estava em minha lista de leituras que não era lá muito pequena, por isso foi somente nestas férias que consegui ler com a dedicação necessária.

A história consegue prender até o final e as pontas soltas se fecham muito bem. 

Leitura recomendadíssima! 



Hugo Dalmon, formado em Letras em 2011, professor de Língua Portuguesa. Escreveu durante alguns anos em seu blog, Espaço Zero. Atualmente escreve seus textos em outro blog, o D'AUMON


É  autor dos livros Babilônia Encantada, Quero me Lembrar de você, Amy Winehouse e de contos como A Abnegada, O Livro que Amou Celeste e do conto ilustrado A Mulher que Quase salvou o Mundo. Costuma contemplar a temática LGBTQ+ em suas obras, escritas com um tom bem humorado.



Imagem: foto do autor.Ele usa uma camiseta branca com estampas pequenas de gatos e rosquinhas por toda a camiseta. Seu corpo está de perfil, porém olha para a frente. Possui cabelos curtos e pretos, bigode e uma barba farta porém não comprida. Está usando um brinco pequeno e azul. 


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Para saber mais:



  
(no site ele disponibiliza seus e-books gratuitamente) 










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 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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