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10 de set. de 2021

1 Imagem, 140 Caracteres #412

 Olá, boa sexta-feira a todo mundo! 

Daqui desta loucura que se chama Brasil, desejo um bom dia e bom final de semana para vocês! 

Estou postando aqui de manhã, antes de ir ao trabalho. É bom o silêncio deste momento, quando o resto da casa dorme e posso ouvir os pássaros cantando nesta manhã de sol. 

 Mas vamos à nossa imagem da semana? 

 

Imagem obtida no site Dr. Eduardo Pereira

 Descrição: a imagem mostra uma mulher branca, magra, de cabelos lisos e escuros deitada de barriga para cima em uma cama. Seu corpo é visível da cintura para cima. Ela está usando uma camiseta regata cinza e está com as duas mãos espalmadas em seu rosto. O cobertor e o travesseiro são listrados nas cores marrom claro, azul e branco, e o lençol é branco. Em primeiro plano vê-se um relógio digital pequeno, branco, com a cor preta ao redor do visor que mostra serem 03:41 da manhã. Pela expressão da mulher deduz-se que ela não consegue dormir. 

  

Preocupo-me, não durmo,não me concentro, preocupo-me, não durmo...

Que droga! Por que não me ligam logo e acabam com minha ansiedade?  

 

Até a próxima! 

  

 

 

1. chica Tazza  3. Rosélia Bezerra  5. Verena  
2. Ailime  4. pensandoemfamilia  6. Toninho  

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9 de nov. de 2018

1 Imagem, 140 Caracteres # 269

Buenas! 

Tudo bem por aí? 

Chegando ainda meio descompensada (kkkk) por conta desta mudança de horário, mas vamos lá que a imagem é justamente sobre isto! 


Conforme o site Hora de Brasília,  
"O nome "horário de verão" deve-se ao fato dele geralmente ser adotado nessa estação, durante um período determinado. A finalidade do horário de verão é promover o máximo aproveitamento da luz naturalreduzindo assim o consumo de energia elétrica." 

(pessoalmente duvido que haja uma economia assim, assim tããão grande, mas enfim, vamos continuar a postagem) 

Bora com a imagem? 




Esqueci de regular logo este despertador! Primeiro dia no novo emprego e já estou atrasado, segundo o celular. Eita que já começou bem este mês... 


Tenham um maravilhoso final de semana! 


1. chica  3. Ailime  5. Toninho  
2. Roselia Bezerra  4. pensandoemfamilia  6. Verena  

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22 de mar. de 2017

QUE SE DANE!

Sentou- se e começou a escrever: 

                          
Observou pela janela a absurda claridade e o sol que castigava lá fora. 

Ligou o ar-condicionado, arremessou a lista de compras  repentinamente transformada em bola no lixeiro e foi dormir. 

13 de out. de 2014

Alvorecer




Todas as noites, tinha o mesmo pesadelo. Todas. Nos últimos cinco anos. Era adormecer e em pouco tempo as mesmas imagens horríveis se formavam e não havia como evitar o desfecho: acordar gritando às três horas da manhã. Dormir já estava virando uma tortura.
Adiava o quanto podia a hora de recolher-se: escrevia, lia, criava distrações várias, porém mais cedo ou mais tarde o sono acabava vencendo. E o pesadelo chegava.
Algumas coisas durante o sonho mudavam: pequenas nuances, cheiros, ordem de alguns fatos, porém o início e o final eram sempre os mesmos. Tudo iniciava com a visão de uma grande árvore e tudo escurecia de repente... E o final era algo ameaçador, uma espécie de cataclisma impossível de descrever, uma grande ameaça à qual reagia com o costumeiro grito.
Estava tentando interferir no sonho, já que após tantos anos conhecia os fatos, e mesmo assim não conseguia fugir deles. O mais aterrador era saber que estava sonhando e não conseguir fazer nada, não conseguir acordar antes do desfecho. Sabia que estava sonhando e mesmo assim a sensação de pavor era inevitável.
Uma noite viu uma mulher, toda de branco, com cabelos muito compridos. Porém não conseguia divisar seu rosto. Parecia um manequim sem face em meio a uma névoa densa. Estava de pé, em um vagão de trem de carga que não se movia. A mulher parecia igualmente imóvel, a não ser por um leve acenar com a mão direita, como se estivesse chamando. Nesse momento, por incrível que pareça, acordou. Não chegou a ver as cenas escuras e aterrorizantes que sempre o acordavam. Foi ao banheiro lavar o rosto, olhou para o relógio que ainda estava no pulso: cinco e quinze.
As coisas estão mudando, pensou. Algo diferente está acontecendo.
Passou o dia pensando no sonho, pela primeira vez em cinco anos não estava com medo de dormir. Pelo contrário, sua curiosidade fazia com que quisesse que o dia passasse logo para poder ir para casa e descobrir, no sono, o porquê daquela mudança.
A noite chegou e novamente viu: uma mulher, cabelos muito compridos e negros. Usava uma roupa comprida, uma espécie de túnica até os pés. Havia névoa e novamente não era possível ver seu rosto. Ela acenou do vagão, desta vez com as duas mãos.  Então, aconteceu: nuvens escuras e descargas elétricas: era o cataclisma que sempre antecedia seu despertar. E de fato despertou. Mesmo sabendo que era um pesadelo, acordou gritando, como nas outras noites. Mas... Por que na noite anterior não acontecera isto?
Algo lhe dizia que precisava chegar ao tal vagão antes da tempestade, antes da escuridão total. Mas por que este vagão, esta mulher, aparecera agora, depois de cinco anos?
Mais uma noite chegou, desta vez foi dormir cedo. De aterrorizante o sonho passara a ser instigante. Precisava descobrir o porquê desta mudança, e se finalmente conseguiria se livrar do pesadelo. Seria a tal mulher no sonho a chave para acabar com estes cinco anos de tortura? Ou seria uma armadilha? Bem, como toda história só acontecia em seus sonhos, não importava muito... Sua vida seria a mesma quando acordasse.
Durante a noite, começou o sonho. Como sempre, aparecendo uma grande árvore, no alto de uma colina. Sempre tão alta, e com tantos galhos. Mas desta vez... Ela estava florescendo! Flores brancas, miúdas, com um centro amarelo bem suave. O céu estava claro, e foi escurecendo, porém devagar – não de repente, como em outras vezes. Uma chuva fina foi caindo, e tudo foi escurecendo. A chuva parou, a lua cheia surgiu, e lá estava a estação de trem e o vagão abandonado. Desta vez, a mulher parecia ter rosto, e acenava com energia. Precisava correr, a tempestade e o cataclisma estavam chegando. E pode perceber o que parecia ser um maremoto.
Conseguiu ouvir a voz da mulher: - Depressa, pega minha mão!
Correu o mais que pode, sentiu os dedos da mulher segurando os seus – eram frios. Uma luz branca apareceu, envolvendo os dois, e tudo ficou branco.
Abriu os olhos. Tudo continuava parecendo branco. Onde estava? Estava acordado, ou dormindo? Conseguiu ver, de relance, uma comprida cabeleira, e tentou tocar, para ver se era real. Mal tocou as pontas dos dedos naqueles cabelos negros, sentiu que alguém se virava. Era real! Uma mulher estava ali...
- Denis? Denis!!!
 - Onde estou?
- Graças a Deus, você acordou! Eu nunca perdi a esperança... Todos diziam que era bobagem eu continuar vindo aqui, todos os dias... Mas há três dias atrás você tentou mexer sua mão. Então tive certeza que você iria voltar
- Mas... Quem é você?
- Tanto tempo deve ter afetado sua memória, querido! Sou sua irmã... Tamara...
- Eu... Vi você no sonho... Mas como vim parar aqui?
- Você está aqui há cinco anos, Denis. Desde o dia em que estávamos na praia, e uma onda grande engoliu você... Você bateu a cabeça, e quase morreu afogado.  
- Como eu posso estar aqui há cinco anos? Se toda madrugada eu acordo depois do pesadelo, levanto da cama, vou lavar o rosto... Eu... Estive o tempo todo sonhando? E tive um sonho dentro do sonho?
- O que importa é que você acordou. Vou tocar a campainha, para a enfermeira chamar o médico.
- A árvore... A árvore com flores brancas...
- Ah, sim. Você adorava cuidar dela. Você a plantou quando tinha dez anos, lá no alto da colina, perto da nossa casa e vivia acompanhando seu crescimento. E ela floresceu esta semana!
O médico veio em menos de dez minutos. A recuperação, depois de tantos anos, seria demorada, mas tinha esperanças que a memória voltaria aos poucos.

Então era isso... Agora, estava acordado de verdade. Não teria mais estes pesadelos recorrentes... E tinha tanto a descobrir e a conhecer, de novo! Não poderia perder mais tempo, precisava recuperar sua vida. Sua irmã, não se sabe como, invadiu seu sonho e o trouxe de volta, e ele seria eternamente grato.

12 de mai. de 2014

Acordada - Conto interativo



 O conto a seguir foi escrito no grupo Faceblogs, como um desafio,da mesma forma que o conto À Sombra do Casario, postado no blog Escritos na Memória, dia 22/04.
Ajudaram a construir esta história (clique no nomes das autoras para ver seus blogs):

Lu Cavichiolli

Roselia Bezerra

Marina Carla (eu!)

 Fiquem agora com o resultado deste desafio: 

ACORDADA


Sono. Muito sono. Dormira por quanto tempo? Parecia ser dia, a julgar pela aparente claridade que percebia. Lutando contra o impulso de continuar dormindo, Samantha abriu lentamente os olhos deparando-se com o teto branco e paredes nuas de um quarto que não era seu.
- Onde estou?
Um pouco zonza, sentou-se na cama.
- Mãe? Pai? Tony? Tem alguém aqui?
O quarto estava deserto. Apenas ela, sua cama, outra cama vazia perto da janela, que aparentemente era de um quarto alto, pois através do vidro dava para distinguir a copa de uma árvore. Levantou da cama e sentiu algo preso em seu braço.
O que estava havendo?


Sentindo dor, a moça voltou-se para trás e viu seu pulso esquerdo algemado à cabeceira de ferro de uma cama , a priori achou tudo estranho, porém quando olhou ao redor reconheceu que era uma dessas camas altas, com grades ao lado que por sorte estavam abaixadas e ela pode sentar-se. Mas de que adiantou se estava presa, e o pior: SOZINHA! Gritou novamente, chamando pela mãe e nenhum sinal. Chorou um tanto desesperada olhando ao mesmo tempo todo o quarto e por um segundo lhe parecia familiar. Mas seu cérebro estava tão lento e seus movimentos um tanto defasados que resolveu se deitar. Olhou para o teto inerte, depois fitou a janela que parecia rir-se de sua prisão. Fechou os olhos e teve um sonho...

Um sonho estranho, difuso. Parecia estar em sua casa, mas como se não fosse.. estranhamente usava um vestido amarelo, o que não era de seu feitio, por preferir usar camiseta e calça. Divisou uma expressão de susto em seu pai, sentiu alguém agarrando seu pulso, uma seringa aparecia na escuridão. Uma árvore flutuando, com frutos dourados começava a se quebrar e ela não sabia o que fazer para impedir. Viu sua mãe chamando-a, tentou responder mas não conseguia emitir som. De repente, o local do sonho mudou completamente, e viu um clarão. Estava descalça em um gramado,cheio de flores brancas e uma voz dizia: - Você vai ficar bem, precisa se recuperar. Descanse e seja boazinha.

Ela sabia bem que, muitas vezes, precisava de certa medicação para voltar à serenidade. Entretanto, relutava em tomá-las e ficava zonza como um bicho envenenado, quando o fazia. Era tomar tal medicamento, delirava, se sentia diferente de como o cotidiano e até na forma de se vestir. Parecia em êxtase mas era necessário, lhe dissera, olhando-as nos olhos, a doutora compassiva. Assim lhe caiam bem os vestidos flutuantes e leves como pluma bem como o seu estado de espírito. Se sentia como se estivesse nas nuvens e pertinho do Céu...

Em uma dessas tardes mornas de verão, Tony estava em seu atelie organizando as tintas, as telas virgens e também conferindo aquelas que entregaria na manhã seguinte quando seu celular gritou... O rapaz olhou para o visor e viu que era a Dª Myriam. Entortou os lábios, revirou os olhos respirando fundo: _ Alô doutora, boa tarde! _ Olá Tony, boa tarde - estou ligando pra te avisar que recebi um telefonema do hospital e a enfermagem me avisou que sua irmã foi achada dançando em uma fonte na praça central da cidade. Ela estava de coturno calça de couro e uma jaqueta com um símbolo esquisito nas costas, e aviso, ela estava extremamente nervosa e foi dopada. Por favor, avise seus pais que eu estou indo pra lá agora e preciso muito falar com eles e se você puder ir também... Seria muito bom! Até logo! Tony deu um murro na mesa de trabalho derrubando seu material e vociferando ,em vias de um choro desesperado. Enfim, sentou-se no chão abraçando seus joelhos e dizendo: _ o que será que fizeram com minha irmã naquela viagem? Ela voltou diferente e sua personalidade está totalmente alterada.

Minha irmã era tão doce... tinha seus defeitos, claro.. mas depois daquela maldita viagem voltou muito estranha. Como se não bastasse, essa mania de tentar ficar sem medicação.
Tony não sabia o que era pior, Samantha tomar a medicação e ficar com seu julgamento alterado, ou não tomar e ficar com aquele comportamento impossível de lidar.
Tinha certeza que ela estava dançando naquela fonte por estar de novo sem o medicamento. Os efeitos eram ruins para ela, mas se ficasse muitos dias sem tomá-lo era pior ainda.
Enquanto isso, no hospital, Samantha acordou novamente. Sentou-se na cama e alcançou a campainha, que finalmente percebeu haver. Gostando ou não de estar lá, sentia fome e esse direito não podiam lhe negar, já que o de ir e vir estava claramente cerceado. Por que Tony não chegava logo? Queria ir para casa, livrar-se daquela camisola de hospital que a fazia sentir-se ridícula. A voz no sonho dizia-lhe para ser boazinha, mas preferia ser "boazinha" em casa, no seu quarto. Se fosse para seus pais e irmão ficarem sossegados, faria o esforço de ficar em casa e tomar os remédios no horário certo, ficaria um tempo quietinha para mostrar que era confiável, mas caramba, que a deixassem ir para casa logo!
Apertou mais uma vez a campainha, ouviu-a ressoar pelos corredores. Esperou. Ia fazer o possível para mostrar que estava bem, mas queria comer alguma coisa, qualquer coisa, primeiro.




   A noite chegou rapidamente cobrindo de azul marinho as paredes do quarto de Samantha, embora houvesse fartura de luz à sua volta. Ela estava sentada em sua cama, olhando para o nada quando Tony entrouu com um buque de camélias vermelhas, suas preferidas. O rapaz chegou mostrando sorrisos e afeto por todos os poros aproximando-se para beijar a irmã. Quando chegou perto, ela o repudiou dizendo : _ Quem é você? Saia imediatamente antes que eu comunique sua presença indesejável. Nem sei como você passou pelos seguranças, e não me atrapalhe porque daqui a pouco vou receber ordens para minha nova missão. Tony ficou estático e boquiaberto olhando fixamente para os olhos da irmã que também estavam irreconhecíveis. Ela mostrava uma segurança jamais vista e estava remexendo o armário de roupas procurando sua calça de couro e o coturno, enquanto esbravejava baixinho. Ao ver tal comportamento, seu irmão saiu do quarto e foi em busca da médica, afinal ela teria requisitado a presença da família. Ele perambulou pelos corredores até que viu Myriam saindo de um dos apartamentos e logo a chamou: _ Drª, por favor... Ela ao vê-lo sorriu comprimindo os lábios, indo ao seu encontro: _ Boa noite Tony, estava mesmo `a sua espera. O problema de Samantha é mais grave do que se possa imaginar... Nessa tarde eu a submeti a uma sessão de hipnose e revelou-se o que eu já suspeitava. Ela tem dupla personalidade e seu nome durante a hipnose era Cyndi Jones e... Prepare-se para o pior, meu rapaz: Ela me disse que estava em uma missão muito perigosa e que era uma espiã. Tony teve uma leve tontura e precisou sentar-se no banco mais próximo ali mesmo no corredor. O que teria acontecido à Samantha, de fato, naquela viagem onde ela voltara com dupla personalidade?
 
Tony estava deveras estupefato pois casos de esquizofrenia são arrebatadores sempre... Entretanto, procurava manter a calma para saber repensar, com prudência, sobre qual caminho a tomar, quê palavras dizer à Samantha sem que nada pudesse prejudicá-la nem a si próprio até averiguar tudo com riqueza de detalhes o que era real ou não... Se meter em imprudências não era do seu feito, certamente! Ia manter -se compenetrado observando atentamente as duas possibilidades até agora recebidas...

Samantha percebeu que seu braço não estava mais preso e estava com uma roupa diferente. E quem mexeu no armário do quarto, e para que? Ouviu vozes no corredor. Tony! Será que veio buscá-la? Droga, a roupa que tinha não era dela. Deu uma olhada no armário, mas não encontrou suas roupas. Cadê a camiseta branca e a calça jeans que usava quando saiu de casa? Aliás, ainda não lembrava como tinha ido parar aí. Lembrava vagamente de chuva caindo,mas de seus pés molhados. Devia fazer algum tempo, pois lá fora a noite estava estrelada. Viu um papel no chão, com algo rabiscado.Não dava para ver direito. Chegou perto da janela e com um pouco de esforço consegui ler: Cyndi Jones. Que raio isso significava?

Enfim, se passaram meses nesses delírios e tratamento ostensivo... até que um belo dia de sol, todos pareciam terem tomado rumos distintos e a vida recuperou o seu sabor para todos os envolvidos naqueles tempos tenebrosos de oscilações de corpo e alma na vida de uma jovem que só queria poder ser ela mesma. Nunca o mal vai atingir um ser humano para sempre, tudo tem fim e foi bom a Edna saber, como Terapeuta de Samantha, que ela tinha se recuperado quase que integralmente de todos os absurdos cometidos com um metódico jeito de viver onde dependia, parcialmente, de certo tipo de medicação mas que não lhe resultava viver uma vida diferente dos demais e nem ao seu noivo atual, o Tony, que se dispusera, por amor, a cuidar dela com tanto empenho que sua paciência lhe permitia e estava agora a colher os frutos do seu gesto sublime e de amor. Enfim, estava reinando paz naqueles corações e naquelas mentes outrora tão conturbadas. Enfim, chegaram dias coloridos, mentes sadias e sorrisos nos rostos para sonhar a dois e viver em fraternidade...

Chegou o dia. Samantha finalmente saiu da clínica com seus pais e Tony, o irmão que nunca desistira dela. Sabia que nunca poderia deixar totalmente seus remédios, mas agora isso não era mais problema. Depois de todos aqueles meses, finalmente conseguiram equilibrar sua medicação de forma que não houvesse efeitos colaterais tão devastadores. Demorou bastante para chegar em casa, pois sua família e o noivo que também se chamava Tony a levaram para passear no parque, tomar sorvete, enfim... realizaram o primeiro passeio em família desde aqueles meses terríveis. Até hoje Samantha não sabe explicar o que aconteceu depois daquela viagem que fez, tampouco porque desenvolveu dupla personalidade. Mas todo o tempo em que se sentiu atormentada serviu para desenvolver um talento que andava meio obscurecido: a escrita. Samantha transformou em um livro suas experiências, transcreveu para o papel a dor de sua alma. A publicação surpreendeu pela elevada tiragem logo na primeira edição, assinada com o pseudônimo de Cyndi Jones. Finalmente sentia-se útil, encontrando seu lugar. E Cyndi Jones? Segue sendo apenas um pseudônimo.




FIM

  

6 de mai. de 2014

Pedaços soltos.

"Sofro" de um problema antigo e que afeta a muitas outras pessoas que conheço: o ciclo dos começos sem fim.
Tenho muitos textos iniciados, muitos até o meio...mas não consigo criar um fim. 

Tenho ideias boas no banho, pilotando a moto, caminhando, enfim, quando simplesmente não tenho como anotar. E as melhores ideias aparecem quando estou mais longe de casa e não tenho como "correr" e anotar em algum lugar. E anotar no celular não me adianta muito, pois acabo esquecendo que teclei alguma coisa naquele aparelho. Preciso ver a escrita na minha frente, preciso usar o lápis,caneta,delineador ou coisa que o valha (o que estou dizendo? Quase não uso delineador). Visualizo as minhas ideias como se estivessem impressas na página de um livro - que doideira - e anoto rapidamente onde posso. Mas na maior parte das vezes não tenho onde anotar. 

Enfim, voltemos ao problema que foquei lá em cima, no primeiro parágrafo, antes que eu me perca em digressões e fique parecendo o papagaio de A Décima Segunda Noite: fins sem começos, começos sem fim. 

Tenho contos, textos, romances iniciados. Falta, adivinha? Terminar. 
Faço o que? Me escondo em uma cabana no meio da selva e só saio quando terminar? Não dá, pelo menos não agora. A ideia até que é tentadora, mas realmente agora não dá. 

Talvez ajude um pouco mais parar de ler tantos sites de tirinhas com a desculpa que ler sites diversos ativa mais ideias. Poderia "falar sozinha" mais vezes para estimular o tico e o teco a não esquecer as ideias com facilidade, mas com certeza o pessoal no trabalho iria ficar muito preocupado. 
No momento, as ideias estão fluindo enquanto escuto música. Isso sempre funciona. Mas aí volto ao problema inicial, mais uma vez: músicas me inspiram, abro postagem nova no blog, inicio um conto com inspiração em alguma letra de música e não estou terminando! De novo a maldição dos começos sem fim. 

Mas agora isso me faz refletir: isso acontece com meus escritos e por hora prejudica apenas a mim mesma - e talvez a alguém que esteja esperando por textos frescos no blog. Mas há gente que faz isso com a VIDA REAL! 
Inicia um novo empreendimento e não termina, ficando financeiramente vulnerável.
Inicia um novo relacionamento e continua com os erros do anterior, o que faz com que ele termine sem ter a chance de continuar por mais tempo (nesse caso é um término sem gosto de término: sensação de que algo ficou no ar)
Inicia uma nova proposta para a vida, mas não persevera e acaba fazendo as mesmas coisas "de sempre" depois de um tempo. 

Enfim, textos que iniciam e não terminam ainda são perdoáveis: Podem ficar amadurecendo, aguardando como vinhos o melhor momento de ficarem prontos. 
Mas viver iniciando e não concluindo projetos de vida leva a tantas pontas soltas, que no final a sensação de bagunça fica e tropeçamos nos novelos que espalhamos no caminho. 

É errado desistir de algo e começar uma coisa nova? Absolutamente não! Devemos ficar bitolados, compartimentados em uma coisa só? Não, não e não! A vida tem tanta coisa para experimentarmos! 

O erro está em não concluir nada, não continuar nenhum projeto, desistir nas primeiras dificuldades, no primeiro impasse, na primeira desilusão, quando quem sabe insistindo um pouquinho mais poderia se encontrar a verdadeira, a genuína alegria em gostar do que se faz.

E você, que teve paciência para ler até aqui? 
Tem muitas coisas começadas e não terminadas? 
Tem planos para estes projetos interrompidos?
Eu só sei que vou resgatar a pasta em que tenho meus contos, e mais dia menos dia eles vão ficar prontos. Chega de procrastinação,e viva as caminhadas, os bloquinhos de anotação, os livros e as ideias! 
(Agora dá licença, quero ver se alguém continuou uma proposta de conto coletivo que iniciei... e se ainda tenho aquele início de livro...e se já anotei o que vou fazer amanhã na escola...e...são 11:30 da noite! Melhor dormir, tenho ideias boas quando deito também, ahahha) 
Tchauzinho e até a próxima!

5 de ago. de 2013

Cuspindo palavras


A tela branca.

O som do teclado, que me irrita... e o pior é que escrevo muito.

Ligo o som nos fones de ouvido para abafar o som das palavras que cuspo ferozmente pelos dedos.

A tela já não está tão branca.

The Day That Never Comes explode dentro de meus ouvidos, abençoados fones!

A televisão, falando para ninguém. Ao meu lado, mais uma pessoa cuspindo letras em frente a outra tela.

Nossa.. são meia noite e três agora!

Tive um dia chato, arrastado, e continuo cuspindo palavras, bato freneticamente com meus dedos nas teclas pretas, esmagando as letras brancas, escrevendo como se o martelar dos dedos fosse capaz de tirar de dentro de mim tudo o que oprime, tudo o que cansa, tudo o que faz mal. Os aborrecimentos do dia exsudam pelos meus poros.

E na verdade é isso que acontece!

Minhas feições se contraem, escrevo ferozmente, aprisiono no editor de texto as  palavras amargas e ferinas, e saio da frente do computador me sentindo mais leve. A brisa da noite entra pelo quarto, contemplo o céu estrelado e até consigo agradecer por mais um dia.

Amanhã.. o amanhã que a gente espera, às vezes demais.
O amanhã... trazendo novas promessas, novos alentos. Um amanhã que nunca chega, porque muitas vezes ficamos cuspindo palavras amarguradas e deixando para viver e ser felizes depois.

E quem garante que somos nós, e não os dias, que são chatos e arrastados? Por que não passamos menos tempo cuspindo palavras amargas, e mais tempo de nossas vidas criando frases doces e gentis?

Tomo um banho, aquieto minhas ideias, o travesseiro me espera. E o amanhã também.

1 de mai. de 2013

Voando

São meia-noite e quarenta, eu já deveria estar dormindo.
Voejo nos pensamentos, deliro em conjecturas enquanto palavras se formam no monitor em minha frente, e o rock invade meus ouvidos - benditos fones!

Véspera de feriado, último dia do mês. Coisas que eu já deveria ter feito e não terminei ( Argh!), outras que estão prontas (Eba!), casa para terminar de organizar.

Penso na vida e digito sem pensar, deixo-me levar pelo exercício de escrita livre, deixando simplesmente uma enxurrada de palavras fluir.
Fecho os olhos um momento, conitnuo batucando no teclado, olho para outro lado e os dedos continuam se mexendo.
Tanta coisa na cabeça, tantas ideias boas e nada que presta sai no papel. Meia noite e quarenta e sete.
Viciei em Boulevard Of Broken Dreams, em uma música do Metallica que não lembro o nome e até mesmo ando ouvindo Kiss (Tom Jones)... que salada!

Trabalho, planos, obrigações, contas, ideias, projetos inacabados, maluquices.

Meia noite e cinquenta

Hora de parar com esse desvario, com essa maluquice de ficar digitando o que vem na cabeça.

Preciso...

.....dormir.

E logo!!!

1 Imagem, 140 Caracteres #590

 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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