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31 de out. de 2014

1 Imagem, 140 Caracteres # 58


Bom dia! 

Último dia de outubro, e mais uma imagem especial sobre crianças, escolhida pela Silvana
Segue a imagem e minha participação:


Eu leio uma página e você a outra, tá?




27 de out. de 2014

Hoje estou no Vendedor de Ilusão!

... participando do 2º Prosas Poéticas, do J.R. Viviani!!!

Confira no link:

http://vendedordeilusao.blogspot.com.br/2014/10/prosas-poeticas-na-14-apresentacao-traz.html

E se você ainda não está acompanhando o Prosas Poéticas, aproveite a visita lá e conheça os poemas e autores postados anteriormente! Até este final de semana, todos os dias um poema novo, um(a) autor(a) novo(a), um belo circuito poético orquestrado por um verdadeiro "vendedor de ilusões".




24 de out. de 2014

1 Imagem, 140 Caracteres # 57

Continuando nosso mês de BC com fotos de crianças, eis a imagem desta edição:



A infância correndo leve e fascinante como a imensidão do mar. 


 Até a próxima, pessoal!







17 de out. de 2014

1 Imagem, 140 Caracteres # 56

Bom dia!
A imagem escolhida para esta edição é inspiradora...


(Nota: assim como a Silvana, não consegui inserir o "link -up" ao final da postagem, por isso peço que deixem o link nos comentários e assim que eu conseguir, insiro manualmente).



Assim como a água, a infância deve ser preservada e valorizada!



Um bom final de semana para tod@s e até a próxima!!!

13 de out. de 2014

Alvorecer




Todas as noites, tinha o mesmo pesadelo. Todas. Nos últimos cinco anos. Era adormecer e em pouco tempo as mesmas imagens horríveis se formavam e não havia como evitar o desfecho: acordar gritando às três horas da manhã. Dormir já estava virando uma tortura.
Adiava o quanto podia a hora de recolher-se: escrevia, lia, criava distrações várias, porém mais cedo ou mais tarde o sono acabava vencendo. E o pesadelo chegava.
Algumas coisas durante o sonho mudavam: pequenas nuances, cheiros, ordem de alguns fatos, porém o início e o final eram sempre os mesmos. Tudo iniciava com a visão de uma grande árvore e tudo escurecia de repente... E o final era algo ameaçador, uma espécie de cataclisma impossível de descrever, uma grande ameaça à qual reagia com o costumeiro grito.
Estava tentando interferir no sonho, já que após tantos anos conhecia os fatos, e mesmo assim não conseguia fugir deles. O mais aterrador era saber que estava sonhando e não conseguir fazer nada, não conseguir acordar antes do desfecho. Sabia que estava sonhando e mesmo assim a sensação de pavor era inevitável.
Uma noite viu uma mulher, toda de branco, com cabelos muito compridos. Porém não conseguia divisar seu rosto. Parecia um manequim sem face em meio a uma névoa densa. Estava de pé, em um vagão de trem de carga que não se movia. A mulher parecia igualmente imóvel, a não ser por um leve acenar com a mão direita, como se estivesse chamando. Nesse momento, por incrível que pareça, acordou. Não chegou a ver as cenas escuras e aterrorizantes que sempre o acordavam. Foi ao banheiro lavar o rosto, olhou para o relógio que ainda estava no pulso: cinco e quinze.
As coisas estão mudando, pensou. Algo diferente está acontecendo.
Passou o dia pensando no sonho, pela primeira vez em cinco anos não estava com medo de dormir. Pelo contrário, sua curiosidade fazia com que quisesse que o dia passasse logo para poder ir para casa e descobrir, no sono, o porquê daquela mudança.
A noite chegou e novamente viu: uma mulher, cabelos muito compridos e negros. Usava uma roupa comprida, uma espécie de túnica até os pés. Havia névoa e novamente não era possível ver seu rosto. Ela acenou do vagão, desta vez com as duas mãos.  Então, aconteceu: nuvens escuras e descargas elétricas: era o cataclisma que sempre antecedia seu despertar. E de fato despertou. Mesmo sabendo que era um pesadelo, acordou gritando, como nas outras noites. Mas... Por que na noite anterior não acontecera isto?
Algo lhe dizia que precisava chegar ao tal vagão antes da tempestade, antes da escuridão total. Mas por que este vagão, esta mulher, aparecera agora, depois de cinco anos?
Mais uma noite chegou, desta vez foi dormir cedo. De aterrorizante o sonho passara a ser instigante. Precisava descobrir o porquê desta mudança, e se finalmente conseguiria se livrar do pesadelo. Seria a tal mulher no sonho a chave para acabar com estes cinco anos de tortura? Ou seria uma armadilha? Bem, como toda história só acontecia em seus sonhos, não importava muito... Sua vida seria a mesma quando acordasse.
Durante a noite, começou o sonho. Como sempre, aparecendo uma grande árvore, no alto de uma colina. Sempre tão alta, e com tantos galhos. Mas desta vez... Ela estava florescendo! Flores brancas, miúdas, com um centro amarelo bem suave. O céu estava claro, e foi escurecendo, porém devagar – não de repente, como em outras vezes. Uma chuva fina foi caindo, e tudo foi escurecendo. A chuva parou, a lua cheia surgiu, e lá estava a estação de trem e o vagão abandonado. Desta vez, a mulher parecia ter rosto, e acenava com energia. Precisava correr, a tempestade e o cataclisma estavam chegando. E pode perceber o que parecia ser um maremoto.
Conseguiu ouvir a voz da mulher: - Depressa, pega minha mão!
Correu o mais que pode, sentiu os dedos da mulher segurando os seus – eram frios. Uma luz branca apareceu, envolvendo os dois, e tudo ficou branco.
Abriu os olhos. Tudo continuava parecendo branco. Onde estava? Estava acordado, ou dormindo? Conseguiu ver, de relance, uma comprida cabeleira, e tentou tocar, para ver se era real. Mal tocou as pontas dos dedos naqueles cabelos negros, sentiu que alguém se virava. Era real! Uma mulher estava ali...
- Denis? Denis!!!
 - Onde estou?
- Graças a Deus, você acordou! Eu nunca perdi a esperança... Todos diziam que era bobagem eu continuar vindo aqui, todos os dias... Mas há três dias atrás você tentou mexer sua mão. Então tive certeza que você iria voltar
- Mas... Quem é você?
- Tanto tempo deve ter afetado sua memória, querido! Sou sua irmã... Tamara...
- Eu... Vi você no sonho... Mas como vim parar aqui?
- Você está aqui há cinco anos, Denis. Desde o dia em que estávamos na praia, e uma onda grande engoliu você... Você bateu a cabeça, e quase morreu afogado.  
- Como eu posso estar aqui há cinco anos? Se toda madrugada eu acordo depois do pesadelo, levanto da cama, vou lavar o rosto... Eu... Estive o tempo todo sonhando? E tive um sonho dentro do sonho?
- O que importa é que você acordou. Vou tocar a campainha, para a enfermeira chamar o médico.
- A árvore... A árvore com flores brancas...
- Ah, sim. Você adorava cuidar dela. Você a plantou quando tinha dez anos, lá no alto da colina, perto da nossa casa e vivia acompanhando seu crescimento. E ela floresceu esta semana!
O médico veio em menos de dez minutos. A recuperação, depois de tantos anos, seria demorada, mas tinha esperanças que a memória voltaria aos poucos.

Então era isso... Agora, estava acordado de verdade. Não teria mais estes pesadelos recorrentes... E tinha tanto a descobrir e a conhecer, de novo! Não poderia perder mais tempo, precisava recuperar sua vida. Sua irmã, não se sabe como, invadiu seu sonho e o trouxe de volta, e ele seria eternamente grato.

10 de out. de 2014

1 Imagem, 140 Caracteres # 55

(Esclarecimento: 
Aconteceu um erro quando programei a postagem, e não apareceu na hora em que deveria..então, com um pedido de desculpas, agora sim a postagem).



Oi!

A Silvana sugeriu, na edição passada da BC, utilizarmos imagens de crianças pelo resto do mês, já que está chegando o dia delas. Conversamos durante a semana e ela coletou imagens lindas, uma delas é esta a seguir:


A curiosidade infantil proporciona momentos ternos e inesquecíveis!

8 de out. de 2014

Crônica pedestre

Vou a pé para casa, observo a paisagem. Todos os dias vejo esta mesma rua, mas hoje tenho tempo para contemplar com mais calma e absorver os detalhes com mais nitidez.

Sexta-feira, a rua fervilha e eu na contramão do movimento. Caminhando às vezes devagar, às vezes mais depressa, no ritmo da música nos fones de ouvido, parando às vezes quando dá vontade.

A flor branca, pequena espiando pela cerca de uma casa, o carro estacionado de forma estranha em frente a uma loja, veículos de todo tamanho passando,pessoas indo e vindo.

Está um calorzinho gostoso agora, parece que o ar, as expressões de quem passa, até os cheiros, são diferentes quando a tarde está acabando. A calçada em frente àquela loja de roupas mostra o desgaste dos anos, com a cor da faixa sumindo. Árvores que até há pouco tempo atrás renovavam suas folhas agora mostram flores coloridas.

Um conhecido cumprimenta com um aceno de mão, logo outro faz o mesmo. Crianças que já foram minhas alunas, indo para casa em suas bicicletas, de carona com seus pais, dentro de ônibus, acenam.

Uma centopeia errante foge de meus passos, fico com pena e procuro um jeito de colocá-la em alguma folha ou grama no terreno ali perto. Troco a música no celular, já que esta não combina.

Engraçado ver todo este movimento de pessoas loucas para ir para casa/campo/qualquer outro lugar e eu aqui, caminhando e cantando. E canto literalmente às vezes, se alguém ouvir e achar esquisito, dane-se!

Como é bom fazer este caminho para casa de forma diferente, às vezes! Deixar a motocicleta em casa e pedalar, ou caminhar mesmo. A perspectiva muda, o tempo altera, as sensações são maiores. A visão é bem maior também. A motocicleta exige olhar para frente, para os retrovisores e nem perceber que a fachada da loja X ou Y mudou. A bicicleta deixa ver melhor, mas exige atenção ao trânsito também.

Mas caminhar, ah, caminhar.. sentir  a brisa, andar de boa na calçada, sentir o pulsar da rua, da cidade, sentir-se mais parte do ambiente.

Tenho de fazer isso mais vezes...


3 de out. de 2014

1 Imagem, 140 Caracteres # 54

Buenas!

Chegando quase nos estertores da sexta-feira...

(Vou contar, cheguei em casa tão cansada do trabalho que acabei dormindo e levantei agora, heheh... e aqui estou eu!)

A imagem que a Silvana selecionou desta vez é muito instigante no meu ponto de vista. Fiquem com ela e minha interpretação:




Já tive asas nos pés. Hoje, eles se acalmaram, mas ainda resta a saudade de voar.


Uma boa noite a tod@s e até mais!

2 de out. de 2014

Ser ou ser

Olho-me no espelho,
esquadrinho meu rosto
Às vezes não me reconheço:
- Esta ruga estava aqui ontem?
- Este olhar cansado é mesmo meu?
- Onde fui parar dentro do meu rosto?
Espinhas, imperfeições, o rímel já borrando.
Um rosto estranho na noite.
Alguém que não sou eu me fitando em um vidro.
Preciso lavar o rosto, lavar os olhos, purificar a mente
Para ver de novo o semblante sereno e sorridente
Que já conheço tão bem.
Preciso esfregar com força
Para me livrar das olheiras,
do cansaço,
do sarcasmo
da poluição que engulo e que se infiltra todos os dias.
A água corre, fico olhando-a descer no ralo,
sinto-a na minha pele, como se todos meus poros a bebessem.
Renovo o olhar.
Agora em frente ao espelho,
Sou novamente eu,
Limpa,
Sorridente,
Fazendo caretas,
Coloco uma máscara adequada
E volto ao tédio da sala
Onde reunidas estão outras pessoas, também perdendo seus rostos.


1 Imagem, 140 Caracteres #541

 Bom dia para todo mundo!  Não consegui postar antes, pois estava com problemas no computador e não gosto de blogar (ainda posso escrever es...