"Que legado eu quero deixar? Não sei. Será que preciso mesmo deixar algo marcado para tanta gente? O que venho fazendo já deixa marcas e espero que pelo menos seja bom em sua maior parte.".
( Reflexões em um dia de formação de professores).
"Que legado eu quero deixar? Não sei. Será que preciso mesmo deixar algo marcado para tanta gente? O que venho fazendo já deixa marcas e espero que pelo menos seja bom em sua maior parte.".
( Reflexões em um dia de formação de professores).
2022,mais um ano de quases.
Muita gente trata mal idosos porque eles nos lembram de nossa finitude.
A ideia de que não teremos saúde para sempre e que nossos corpos não responderão para sempre do jeito imediato que queremos, faz com que muitos de nossos irmãos maltratem os idosos, pois não gostam de se ver neles. É a janela para um futuro que não querem admitir.
Da mesma forma, muito do preconceito contra pessoas com deficiência vem da sensação desagradável de ser confrontado com a realidade, do medo do "diferente".
Precisamos fazer com que a acessibilidade seja muito, muito mais discutida. Estamos em 2022 e ainda se apresentam projetos de prédios, construções, ruas.. sem levar em conta que não apenas as pessoas jovens, com todos os membros do corpo proporcionais, com faculdades mentais dentro do espectro que fomos ensinados a considerar normais irão ocupar estes espaços.
Simplesmente parece que as pessoas não sabem que um dia irão envelhecer, que de uma hora para outra podem ficar com movimentos limitados, ou que todo dia nasce alguém com limitação física ou mental. Que há mais de uma maneira de se locomover, de pensar, de realizar as tarefas cotidianas.
É um direito básico, o de ir e vir, que não se leva em conta. Ainda há prédios novos sendo construídos sem levar a acessibilidade em conta, ainda há escolas e até mesmo hospitais sem corrimão e rampas decentes, supermercados, shoppings, bares, restaurantes.. sem recursos mínimos para garantir o básico.
A lei diz que é direito dos estudantes terem acessibilidade: provas em braille, ledores, intérpretes de LIBRAS, tradutores se necessário, auxiliares com formação para lidar com limitações motoras e intelectuais... Mas ainda vemos, em pleno 2022, instituições negando este direito, "empurrando com a barriga", escolas particulares negando matrícula de estudantes com deficiência, prédios públicos com rampas inadequadas, pessoas sem tato sendo mal-educadas quando questionadas sobre o direito a acessibilidade.
Há calçadas com piso tátil para pessoas cegas/com baixa visão, mas tem gente que não sabe para que ela serve, pensando que o piso no meio é para dividir a calçada para que de um lado passe bicicletas. Sério, já ouvi isso e não faz muito tempo.
Esse direito de ir e vir parece ser tão negado a pessoas que "são diferentes", que há as que preferem não sair de casa pois se sentem constrangidas com olhares, cochichos, expressões que vão de escárnio a "pena".
"Aquela pessoa idosa sujou a mesa, não consegue nem comer direito. Levar para comer fora é um incômodo"; " Aff, tive de esperar mais para poder entrar na loja porque a pessoa na minha frente caminhava muito devagar, por que outra pessoa não foi no lugar dela e ela ficou no carro?"; Ou ainda "há crianças com 'um grau de deficiência que é impossível a convivência' ".
Não podemos nos considerar uma espécie evoluída, ou dizer que estamos avançando enquanto sociedade, quando diariamente vemos a dignidade humana sendo atacada até mesmo por quem, devido à posição que a própria sociedade lhe dá, deveria protegê-la.
É urgente repensarmos nossas ações, vigiar e cobrar políticas públicas, rever nossos atos para aí sim começarmos a caminhar para uma sociedade que desejamos.
Falam que a TV influencia muito as pessoas.
Aí fiquei pensando: Minha geração cresceu vendo Star Trek (falava sobre tolerância e diversidade), X-Men ( falava sobre preconceito com o diferente), Família Dinossauro (trouxe tantas questões sociais à tona: machismo, misoginia, preconceito, discurso vazio das elites, ecologia...); cresceu também vendo He-Man e She-Ra (que sempre tinham alguma lição de moral no final dos episódios),Star Wars (mostra muito sobre política usada para o mal e sobre fascismo, por exemplo)
Então, se a influência das horas passadas em frente à TV sobre o caráter das crianças é tão grande, porque tanta gente da nossa geração, que assistia estes seriados, filmes e desenhos, agora depois de adultas pregam o contrário disto?
Por que tanta gente idolatra falsos profetas, endeusa políticos, pratica o mal jurando de pé junto que é bom cidadão?
Por que as pessoas ainda não entendem ou fingem não entender que suas atitudes estão prejudicando tanto nosso mundo, e que não temos para onde fugir quando nossos recursos se esgotarem de vez?
Por que tanta gente estufa o peito para dizer que é honesto, que defende valores morais, mas vive repetindo ideias e valores nada éticos, destilando preconceito e ainda acusando e agredindo quem realmente defende a honestidade, a caridade e o bom senso?
Lemos tanto, ouvimos tanto, aprendemos tanto, avançamos tanto em tecnologia, medicina e ciência no geral e ainda temos de lidar com o risco de acabar em uma sociedade que mistura 1984, Admirável Mundo Novo e o Conto da Aia. Olha, tem dias em que sinceramente a gente desanima.
Temos uma geração que não entendeu nada do que assistiu, do que leu, do que aprendeu na escola. Onde foi que nos perdemos?
A Bíblia diz, em um dos livros do Novo Testamento, que " o amor de muitos esfriará". De muitos, não de todos. Por isso, ainda precisamos acreditar e não esmorecer. Parece difícil, e é.
Fico com Renato Russo, quando diz "a humanidade é desumana, mas ainda temos chance"
Bom dia, tudo bem?
Mais uma semana chegando ao seu final, e aqui estamos nós!
Entre a descrença e esperança, resistimos!
Vamos à nossa imagem dessa semana?
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Imagem obtida no site Bike Registrada |
A bicicleta ficou sozinha nos poucos momentos em que seu dono observava o que estava deixando para trás.
Bom final de semana!
1. | Rosélia Bezerra | 4. | Verena | 7. | pensandoemfamilia | |
2. | chica | 5. | Toninho | |||
3. | Ailime | 6. | Sueli |
- Vai demorar essa caralha.
O notebook parado, atualizando o sistema. Depois de vários dias sem ligá-lo, bem nessa hora piscou o lembrete de atualização. Sônia olhou para o relógio, dez da noite de domingo. Não estava fazendo nada urgente mesmo e vivia procrastinando os avisos de atualização do Windows, então pensou: vou deixar atualizar de uma vez. Isso havia sido meia hora atrás e agora a atualização estava em sete por cento.
É, essa caralha ia mesmo demorar. Pegou seu caderno e começou a anotar o que iria fazer durante a semana. Tinha o costume de fazer listas, já sabendo que não cumpriria metade dela, o que a fazia alternar sentimentos que variavam de "será possível que eu não consigo me organizar?" e "foda-se, vou continuar fazendo listas e nem sempre vou dar conta de tudo".
A caneta estava cansando sua mão já muito acostumada a digitar. Foi procurar uma outra caneta mais leve, pois a letra estava horrível. Conseguiu encontrar sua caneta preferida, de ponta fina; o polegar agradeceu e a letra fluiu bem melhor.
Outra olhadela para o monitor: atualização em dez por cento e um aviso na parte inferior da tela: "o computador será reiniciado várias vezes". Nossa, que ótimo. Nesse passo, amanhã pela manhã termina. Já estava se arrependendo e ficando sem ideias para escrever. Ah, e com a consciência de que de novo não cumpriria todos os itens da lista. Voltou a ela e riscou alguns itens para ter a ilusão de que estava sendo mais realista. Ouvindo música enquanto escrevia, imaginou como seria sua vida se tivesse seguido um dos sonhos de infância: cantar. Deixando a mão descansar um pouco e a caneta repousar sobre o caderno, viu-se em um palco, cantando suas músicas preferidas, esquecendo-se por uns instantes que deveria acordar cedo, resolver coisas do trabalho,porque caramba, era domingo. Se não podia se alienar em um domingo, quando poderia?
Dezoito por cento atualizado. La va lontana. Seu figurino no palco? Simples: com certeza sua camiseta do Metallica, a calça jeans com rasgos, seus tênis vermelhos e cabelo solto. Quem sabe um chapéu? Playlist bem sortida com Pet Sematary, Black In Black,Psico Killer, Heteronomia, Legado,Danse Macabre,Massacre, And Justice for all para fazer jus a camiseta. E claro, tinha de ter músicas da Pitty, não subiria a um palco se não pudesse cantar Teto de Vidro ou pelo menos Brinquedo Torto.
Já era quase meia-noite e o monitor apontava a atualização em trinta por cento. Fechou o caderno com a caneta dentro para continuar escrevendo no dia seguinte (mentira, o dia seguinte era segunda-feira e nem teria tempo de pegar o caderno na mão), foi ver se todas as portas e janelas estavam fechadas. Deixou o notebook em cima da mesa, virado para um lado para não atrapalhar com a luz da tela e resolveu tentar dormir.
A atualização foi concluída em algum momento da madrugada que ela com certeza não soube qual, provavelmente quando já havia dormido. E o caderno ficou no sofá da sala até a sexta-feira seguinte.
Ás vezes paro para pensar sobre algumas pequenas coisas linguísticas do nosso universo contemporâneo que me intrigam.
Uma delas, e até mencionei no Twitter, é a tendência nos últimos anos de receitas postadas em sites cuja lista de ingredientes começa com "X unidades"
"Duas unidades de ovo"
"Uma unidade de cebola"
"Meia unidade de abobrinha"
Por que não "dois ovos" e "uma cebola"? Não é a mesma coisa? Ou eu sou muito bronca e tem alguma diferença aí, que não percebo?
"Pique a cebola grosseiramente" Imagino uma pessoa picando a cebola e xingando-a durante o processo. O que não seria algo difícil de acontecer levando-se em conta que eventualmente a gente chora fazendo a tarefa, ou seja, xingar a cebola seria devolver um desaforo que ela nos faz.
"Sal, pimenta e cebolinha a gosto". Aí você vai ver a pessoa coloca a pimenta em colheres, ahaha. (Lembrei de um certo programa da TV brasileira no qual virou piada a fala de um participante perguntando se sete quilos de sal daria para uma semana - aí depende de quem faz a receita "a gosto").
Me divirto pensando em como uma palavra pode ter significados diferentes, dependendo do contexto. Bem lembra disto Luís Fernando Veríssimo, quando em uma de suas crônicas mostra que "pois sim" pode ser interpretado como "não" e "pois não" como um "sim", o que no texto mencionado dava um nó na cabeça de uma moça estrangeira.
O uso da palavra "onde" como coringa também é algo que não entendo como começou... Deve ter vindo do mesmo lugar no qual se originou o gerundismo, até uma década atrás motivo de piadas e memes e hoje em dia incorporado de tal forma que nem é mais percebido.
" A história da famosa atriz começou na década passada, onde ela nasceu em 1980 na cidadezinha de seiláqualândia, onde ela teve uma infância feliz, onde vivia com seus pais até completar dez anos." Sério, que tara é essa por tanto "onde" nos textos? Chega a ser irritante, já fechei vídeos e páginas na internet de tanto ver esse bendito onde chovendo em tantos parágrafos a ponto de quase ocasionar uma enchente adverbiativa, se é que essa palavra existe.
Nossa língua tem tantos advérbios e este povo usando "onde" no lugar de outros termos mais apropriados.
E o cujo? O cujo virou artigo raro. "Essa é a menina que te falei, que os pais se mudaram semana passada". Sério, o que aconteceu com o cujo? Que eu saiba a reforma ortográfica não proibiu o uso dele. Deve ter sido sepultado junto com o modo subjuntivo, que teve seu espaço ocupado pelo pretérito imperfeito.
Sim, sei que estou digressionando. Era para falar sobre receitas e termos estranhos e agora estou implicando com gerundismos e o uso excessivo de termos como se fossem palavras-coringa.
Mas enfim, tudo está no terreno da nossa língua. Que aliás, adoro com cebola e alho pela riqueza do vocabulário.
Temos várias palavras e expressões para significar diferentes níveis de contentamento, surpresa, decepção. Inclusive repetindo palavras, mas não em circunstâncias que não cabem como a palavra "onde" que mencionei alguns parágrafos acima. Muitas destas palavras-coringa são palavrões e dependendo de quem está ouvindo, tudo bem.
Nossa língua é rica, viva e mutável e isso é muito bom. Mas ao mesmo tempo, é bom cuidar para não limitar tanto nosso vocabulário.
Para que, por exemplo, importar palavras em inglês para situações em que já temos palavras ótimas em português?
Dá nada, eu também uso expressões em inglês, espanhol, italiano... Mas ao mesmo tempo, não consigo conceber ficar falando "bowl" quando temos "tigela" e "cumbuca". Ou dizer "estou meio down" quando posso dizer que estou "pra baixo", "borocoxô"...
Uma expressão que gosto muito é "meio assim". Você não precisa completar quando diz que "está meio assim" ou que tal pessoa "ficou meio assim". Todo mundo entende.
Penso em como sofre quem interpreta o que ouve de forma literal:
"Chover canivetes"
"Matar cachorro a grito"
"Estar fora da casinha"
"Viajar na maionese"
"Fazer nas coxas"
"Morar em uma meia-água"
"A passos de tartaruga"
"Sem pé nem cabeça"
Entre outras expressões que me encantam desde que me conheço por gente.
Mas sério... ainda estou pensando qual o sentido em escrever "uma unidade de ovo", "duas unidades de cebola"... se alguém souber de um motivo válido para isso, elucide minha mente que adora cultura inútil.
Às vezes me pego pensando em como a infância é uma etapa abençoada. A gente ainda não entende direito como as coisas funcionam, por isso tudo é fascinante enquanto somos crianças. E as músicas infantis não precisam fazer sentido. Basta a melodia e a delícia de pronunciar as frases em cadência sem ficar se preocupando com o significado ou com a coerência o tempo todo.
Por exemplo, a canção: "Pimpom é um boneco/feito de papelão/que lava a carinha/com água e sabão". Para mim, adulta,a próxima frase lógica deveria ser "Pimpom derreteu", afinal sabemos que um boneco de papelão resolver lavar sua carinha não vai terminar muito bem. Mas para as crianças funciona e é uma musiquinha daquelas que gruda na cabeça e você acaba cantando sem perceber no caminho para o trabalho. Ainda bem que vou de motocicleta e se durante o percurso até a escola eu soltar um "Pimpom toma sua sopa e não suja o babador", ninguém vai me ouvir.
"Ciranda, cirandinha", outra canção tradicional, fala de coração partido e em seguida convida pessoas a entrar em uma roda, dizer um verso bonito e depois simplesmente ir embora. Ou seja, chorar, ouvir alguns versos e se livrar da pessoa aleatória que teve de lembrar de algum pequeno poema em cima da hora para poder entrar na roda. Que coisa, pessoa do coração partido.
" O cravo brigou com a rosa" também fala de um barraco que termina com o cravo machucado e a rosa despetalada. E ninguém é preso! O cravo fica doente depois disso, desmaia durante uma visita da rosa e ela ainda chora! Qual a lição que se tira disso? Ainda não sei. Esse texto nem é para se levar a sério, caramba.
E o que dizer de "Tengo,tengo", em que alguém canta alegremente que vai colocar uma pessoa na lata do lixo sem motivo aparente? Sério, por que causa, motivo, razão ou circunstância, depois de cantar "Tengo, tengo, tengo, Morena, é de carrapicho" alguém iria simplesmente declarar que vai jogar uma pessoa aleatória na lata do lixo assim, do nada? Ou há alguma história, uma "prequel" que não foi contada ainda e que fala do ranço de uma pessoa por outra?
Ah, claro, em muitas dessas canções o alvo é um "João" ou uma "Maria". Agora, imaginem se a Maria que vai ser jogada na lata do lixo é a mesma Maria que não soube remar, foi parar no fundo do mar e quer se casar - ou melhor, queria, pois a pessoa aleatória cujo nome não é especificado canta na maior alegria que "tirava a Maria" do fundo do mar se fosse um peixinho e soubesse nadar, ou seja R.I.P Maria.
Pobre Maria. A única compensação para ela foi não ficar sozinha ao entrar na roda pois tinha o Joãozinho para ser seu par. E se bobear, foi o próprio Joãozinho que depois jogou a pobre coitada na lata do lixo.
Nem vou gastar muitas linhas discutindo sobre barbárie e canibalismo que aparecem em certas músicas. Sim, estou falando contigo, Senhor Capitão do Bão-balalão cujo irmão teve uma terrível sina em terras de mouros.
Pelo menos a canção "Balaio" é bem útil, ensina que sem balaio a costura fica no chão. E que precisa especificar o tamanho do objeto para poder trabalhar direito, claro. Ao contrário da galinha do vizinho que coloca sozinha dez ovos, o que vai gerar uma desilusão futura nas aulas de Ciências.
E não sacaneia a vida de nenhum João ou Maria que entram em rodas sem saber como se dança.
Boa noite, povo!
Depois de um dia de internet instável, chega a blogagem quase aos quarenta e cinco do segundo tempo!
Como vocês estão? Aos participantes da BC, logo irei visitar vossos posts.
Aqui a vida segue com a gente já até as tampas com essa pandemia que não acaba, e que o comportamento de muita gente só faz agravar. Dá uma mistura de revolta com vergonha alheia que olha...
Ainda bem que tenho o privilégio de ter válvulas de escape,como este cantinho, a conversa com pessoas queridas, as tarefas diárias, enfim.
Vamos à imagem desta semana?
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Imagem obtida no FreePik |
Descrição: a imagem mostra muitos pontos luminosos, em destaque sobre um fundo escuro, possivelmente uma visão embaçada de muitas luzes à noite.
Tantas luzes coloridas às vezes distraem, parecem querer me levar para outro mundo.
Mas preciso continuar meu caminho.
Bom final de semana e até a próxima!
1. | chica | 3. | Toninho | 5. | pensandoemfamilia | |
2. | Ailime | 4. | Sueli Dobon | 6. | Verena |
Bom dia, boa tarde, boa noite!
2020 e 2021 terminaram e começaram do mesmo jeito: Enquanto alguns fogos, bem poucos, espoucavam ao longe, eu estava segurando a mão de meu pai, que no momento recebia uma de suas refeições por sonda.
Tem sido difícil: quase todos os dias teve febre, desde o dia 23. Ontem ficou internado, com suspeita de pneumonia, depois de nos dar um grande susto.Agradeço aqui em nome de minha família, por todos que oraram e ainda oram quando nós não conseguíamos fazê-lo. Esta grande corrente de boas vibrações ajuda muito! Vamos passando os dias, enfrentando o que aparece e mantendo a esperança.
Gostaria de poder escrever quando tenho tempo, para arejar a cabeça, mas não consigo ficar quieta e articular as ideias como gostaria.
Às vezes a sensação é de que 2020 não terminou ainda.
Mesmo assim, quero desejar um Feliz Ano Novo a todo mundo. Mesmo com as "fake news" dividindo nosso país que já foi tão ufanamente elogiado em prosa e verso, mesmo com a nuvem negra de negacionismo e paranoia que parece demorar para dissolver, mesmo sabendo que muitas famílias não estão mais completas por conta deste 2020 que foi pesado para todos!
Ouso desejar um Feliz Ano Novo porque sei que não há mal que dure para sempre;porque sei que ainda há muita gente boa no mundo,pessoas criando e fazendo coisas incríveis e que por momentos restauram nossa fé na humanidade;porque sei que a vida ainda continua, encontra um jeito e temos ainda ferramentas possíveis para proporcionar tempos melhores que estes.
Ouso desejar um Feliz Ano Novo porque ainda podemos ter fé e esperança. A mesma humanidade que se sente desolada também consegue sentir esperança, ternura e compaixão.
Ouso desejar um Feliz Ano Novo porque ainda há vida nova surgindo todos os dias e temos o dever de preservá-la e protegê-la.
Tudo passa, tanto o bom quanto o ruim. Mas passa.
E enquanto houver fé na humanidade, ainda podem haver boas histórias a serem contadas.
2020 me deixou pessimista? Bastante. Mas não levou embora toda minha esperança, e assim como muitas pessoas, me agarro ao que ainda há de bom para não enloquecer.
Vamos dar um jeito. A gente sempre dá.
Ouso desejar Feliz Ano Novo porque sei que tudo passa. E todos vocês merecem.
Até a próxima postagem!
Sorrisos errantes
Lágrimas perdidas
Irônicos esgares
Profundo pesar
Desvarios calculados (isso é possível?)
Dores emocionais
Crescimento acelerado
Risos esparsos
Soluços ritmados
Poéticos Devaneios
Raiva tempestuosa
Choro silenciado
Corações distantes
Pensamentos próximos
Tempestade ao longe
Segurança em vista?
Olá! Tudo bem aí?
Os dias passam tão rápido, e já é sexta-feira novamente! Aqui um belo dia ensolarado e oscilando entre calor e friozinho à sombra! A dor de cabeça virou quase rotina nestes últimos meses, mas vamos seguindo com nossa imagem semanal da Blogagem Coletiva!
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Imagem de meu arquivo pessoal. |
Para onde olhas, bem na hora em que eu iria registrar teu sorriso?
O que chama sua atenção?
Não apagarei esta foto. Parece um poético devaneio.
Até a próxima!
1. | chica | 3. | Rosélia Bezerra | 5. | sonia tolfo | |
2. | pensandoemfamilia | 4. | Verena | 6. | Toninho |
Pátria Amada
Combalida,
Vilipendiada
Seus filhos, nós, ainda estamos aqui!
Fugiremos à luta?
Desafiar a morte, muitos já estão fazendo..
Mas não por terem conquistado igualdade.
Ó Pátria amada, idolatrada, nos salve!
Um sonho intenso muitos viveram
Mas o amor e a esperança parecem não descer mais à nossa terra.
Teu céu outrora risonho, chora uma independência que custa a chegar
Gigante pela própria natureza,
Deixas-te apequenar, amado Brasil!
Cadê a mãe gentil dos filhos deste solo, que erguem os olhos
Esperando o conforto do berço esplêndido?
Onde está o som do mar e o azul profundo para trazer conforto?
Por que o sol do novo mundo não ilumina mais este florão das Américas?
Por que, nossas terras tão garridas estão assim maltratadas?
Por que tantos filhos teus estão tirando a vida de teu solo?
Cadê o amor?
Acorda, Brasil!
Queremos erguer com orgulho teu lábaro estrelado
Queremos que o verde-louro não esteja apenas nesta flâmula
Queremos paz no futuro, e não apenas a "glória" do passado
Queremos que a justiça não seja apenas uma palavra no hino
Que teus filhos não apenas "não fujam da luta", mas que saibam escolher as lutas corretas
Que possamos ver contentes a mãe gentil,
Que finalmente a liberdade possa raiar no horizonte do nosso Brasil!
Que nossa brava gente brasileira possa respirar
Possa um dia comemorar de verdade
Uma independência que não seja apenas uma data no calendário.
Afinal, que independência queremos?
"Eis algo que eu não consigo entender: houve um tempo em que demonstrar ignorância era motivo de vergonha e escárnio; hoje, pelo contrário, temos chefes de estado que são idiotas arrogantes e ídolos de milhares de pessoas. Donald Trump e Jair Bolsonaro são dois exemplos que logo saltam à mente. Há outros, claro, porém cito-os porque são símbolos maiores da Idiocracy moderna, duas pessoas que apostam no caos e na desinformação para permanecerem no poder e sustentarem suas legiões de fanáticos seguidores."
As fake news, a ignorância e a arrogância formam o tripé que levam à condição do primeiro parágrafo deste texto: estarmos ainda "de castigo", sem ter nem passado pela primeira onda da pandemia, quando outros países já passaram ou estão na "segunda onda" dela. E isso acontece porque, além de o conhecimento não chegar a todos como deveria (nem todo mundo tem acesso a informação), ou de chegar distorcido, há a ignorância orgulhosa de quem se firma apenas no que conhece e sabe e não quer admitir que sua opinião pode estar errada. Para quem pensou que a pandemia poderia mostrar seres humanos melhores, podemos dizer: previsão certa e errada ao mesmo tempo. Quem é ético, bom e justo, continuou a sê-lo; quem já era antiético e pouco se importava com o próximo, também continuou da mesma forma. Poucas pessoas mudaram. O que é uma pena. Poderíamos ter a oportunidade de sairmos mais fortes desta situação, de demonstrar a tão propalada garra do povo brasileiro, de seguir o lema de "não desistirmos nunca", mas o "ninguém solta a mão de ninguém" infelizmente parece não ter passado de um lema bonitinho para chamar a atenção em redes sociais.
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Imagem obtida no Pixabay. Instagram do autor:
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Aqui estou eu, rastejando. Ter de ficar em poses estranhas para tirar a melhor foto é a parte fascinante do desafio!
Desejo um bom final de semana a todos!
1. | pensandoemfamilia | 5. | sonia tolfo | 9. | Ane | |
2. | chica | 6. | Sueli | 10. | LUCIA DE FATIMA SILVA | |
3. | Verena | 7. | Toninho | |||
4. | Roselia Bezerra | 8. | Ailime |
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Imagem obtida no blog Terras de Lava |
1. | chica | 4. | Sueli | 7. | Verena | |
2. | Roselia Bezerra | 5. | Ailime | 8. | Toninho | |
3. | sonia tolfo | 6. | pensandoemfamilia |
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Foto: autora do blog |
1. | Roselia Bezerra | 3. | Norma Emiliano | 5. | Toninho | |
2. | chica | 4. | Verena | 6. | sonia tolfo |
Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem? Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal! Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...