Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador desafio literário 2018. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador desafio literário 2018. Mostrar todas as postagens

8 de ago. de 2018

Resenha: Rosina em Conto e Verso, de Antonio Albércio Steilen

Este post faz parte do Desafio Literário 2018



Um livro de autor/autora brasileira 

Nota: Leio muitos, muitos livros de autores/as brasileiros/as, porém escolhi este para a resenha por ser de um conterrâneo meu. 




Rosina em Conto (canto) e Verso

Autor: Antonio Albércio Steilen ( Béli) 
Edição: 1 - maio de 2017
Ilustrações de João Francisco Steilen ( filho do escritor)
172 páginas
Editora: Gráfica e Editora 3 de maio.



Béli, neste livro, leva a gente a sonhar com tempos antigos e e relembrar fatos da infância, principalmente para quem cresceu ouvindo as histórias de nossos pais, avós e antepassados. O livro, com seus vários contos e poemas, é quase uma ode à nossa terra, à história da imigração aqui na região em que foi escrito. Quem mora aqui nesta cidade (Rio dos Cedros) e nos arredores, conhece várias pessoas descritas nos contos do livro, identifica-se com as expressões e costumes.. Mas mesmo quem não conhece, não terá dificuldade em compreender as histórias e traçar paralelos com sua realidade. 

O livro inicia já emocionando com o conto " A Lua por Testemunha", dividido em três partes. Este conto, que homenageia os pracinhas da FEB, mostra pelos olhos da personagem principal - Anselmo - a dura realidade da Segunda Guerra Mundial e a dor de separar-se da família, amigos e de um amor sincero sem haver certeza de que haverá um reencontro. A ficção e a realidade se encontram nesta história, com menção a pracinhas e fatos que realmente ocorreram, enquanto Anselmo segue ansiando o reencontro com a mulher que tanto ama. 
Ilustração de João F. Steilen para o conto
"Barro Branco"

Além deste conto, também há alusões a lendas e aparições, como em "Barro Branco",(uma localidade distante do centro do município) onde Béli narra uma das histórias de seu tio Eduardo sobre o  local ser amaldiçoado e pessoas que ouviram vozes e chegaram a ver fantasmas por lá. Aliás, este Tio Eduardo é mencionado em outro conto, também de "assombração". 

A linguagem, muitas vezes corrida e com longos parágrafos, é a marca registrada de Antonio Albércio neste livro, dando a impressão a nós leitores de estarmos em uma varanda em uma tarde quente de verão, ou em uma fria noite perto de um fogão a lenha, ouvindo alguém da família contando histórias de tempos passados, entre um gole de café e outro, misturando o português com o "Talian" ( dialeto com base na língua italiana, falado por bastante gente aqui na região). 

Além dos contos, também há poemas, dentre os quais um dos que mais gostei foi "Rios da minha Terra", que fala de alguns rios daqui do município, enaltecendo algumas comunidades do interior. 

Béli mora em uma localidade chamada de Rio Rosina, e seu amor por esta terra é evidente do início ao final do livro. Além de histórias e poemas, o que mais se vê no livro é sentimento de amor, de ternura. 

Contracapa do livro
A única coisa que noto que poderia ser melhor no livro, é a revisão, alguns erros ortográficos  passaram no processo. 

Recomendo o livro para quem quiser conhecer mais sobre a identidade de nosso município, prestigiar autores brasileiros e mergulhar mais em uma parte da cultura rica que temos em nosso país tão grande!


13 de jun. de 2018

Resenha: Death Note, de Tsugumi Ohba e Takeshi Obata



Segurem os forninhos (nunca usei esta expressão, ainda tá em tempo?), pois esta resenha é inédita para mim! 

Pois é, não tenho o hábito de ler mangás ou assistir animes com frequência, mas o dia que me deparei com Death Note - que comecei assistindo.. não lembro se foi no Crackle ou em outro similar - eu tive de parar, porque a história é fascinante! 

Sim,primeiro vi o anime e depois fui atrás do mangá. O post será sobre o mangá, mas comentarei um pouco sobre o anime também. 

Bora começar?




Desafio Literário 2017 - Um livro traduzido de um idioma que não seja inglês  ( lá nas regrinhas do Desafio dizia que mangá também pode este ano, iupi!) 




Death Note é uma série em mangá com doze volumes, que foi publicada de janeiro de 2003
 até maio de 2006.

Conta a história de Raito ( no anime, Light) Yagami, estudante que está terminando o que aqui no Brasil corresponde ao ensino médio. Ele está absolutamente entediado e vê como sem salvação o mundo em que vivemos, cheio de violência, miséria e corrupção. 
Um dia, enquanto estava estudando, Raito vê um objeto literalmente caindo do céu, o que desperta sua curiosidade. Assim que sai da sala de aula, vai conferir que objeto é este e depara-se com o que irá mudar para sempre sua vida: um Death Note - Caderno da Morte. Este é um caderno especial, no qual o ser humano que tiver seu nome escrito morrerá, desde que o nome correto da pessoa seja escrito e o dono do caderno tiver em mente o rosto da pessoa enquanto escreve.

 A princípio, Raito fica descrente, porém resolve testar o caderno escrevendo o nome de um bandido que viu em uma reportagem enquanto assistia  televisão em seu quarto.. e  exatos quarenta segundos após escrever o nome do criminoso,o mesmo sofre um infarto fulminante, como descrito nas primeiras regras do caderno. 

Em poucos dias, Raito confirmou que o poder do caderno é real e está confiante, já tendo escrito vários nomes de criminosos.  É quando surge Riuku ( no anime, Riuk), um shinigami, ou seja, deus da morte, que era proprietário do caderno e o deixou cair propositalmente no mundo dos humanos. O motivo? O mesmo de Raito: tédio. 

Raito começa a usar o Death Note com a intenção de limpar o mundo das pessoas más, porém o poder  rapidamente corrompe este ideal, a partir do momento em que ele acaba matando uma pessoa inocente para não ser descoberto. Autoridades do mundo todo estão alarmadas com a morte de tantos criminosos dentro e fora das prisões, e como Raito propositalmente orquestra as mortes de forma que se perceba que há alguém por trás delas - para inspirar temor e futuramente ser reconhecido como "o deus no novo mundo" - decidem chamar o melhor detetive do mundo, conhecido apenas como L. 

L não revela seu rosto, idade, ou gênero a ninguém a não ser Watari, que é uma espécie de tutor e porta-voz do detetive. Fala utilizando um programa de computador que modifica sua voz e é muito respeitado pelos representantes mundiais, por resolver os casos mais difíceis. Apenas com algumas informações iniciais, deduz que o assassino, doravante chamado de Kira ( corruptela de Killer - assassino em inglês), está no Japão e logo uma equipe de investigação se forma naquele país, com L conseguindo determinar a região em que Raito está. 

A partir daí é que o mangá fica mais emocionante, com um verdadeiro duelo intelectual entre Raito e L, que chegam a se conhecer pessoalmente e até a trabalhar juntos,( e cada um consciente do que o outro é, afinal L suspeita fortemente de Raito e não esconde isto). Cada movimento dá margem a interpretações diversas, e até mesmo uma partida de tênis entre Raito e L  - que se matriculou na mesma universidade de Raito para poder vigiá-lo, utilizando, é claro, um nome falso  - vira um exercício de raciocínio para ambos confirmarem suas suspeitas. 




   O  pai de Raito trabalha na polícia e  está na equipe de investigação que procura por Kira. Raito consegue, devido à sua grande perspicácia, ser convidado a colaborar na investigação que busca encontrar e prender Kira. Isso mesmo, Raito está na equipe que caça Kira, ele mesmo! Nem é preciso dizer como é eletrizante acompanhar as manobras de Raito para continuar participando da investigação e  as diferentes formas como ele consegue manipular as pessoas ao seu redor do jeito que bem entende. Até mesmo shinigamis ele consegue manipular. Misa Amane, namorada de Raito, é sua colaboradora, por ter também um Death Note, e uma das pessoas mais manipuladas por ele. Sua admiração por Raito é tão grande que ela arrisca a própria vida e segue cegamente as instruções que ele lhe dá. A única pessoa páreo para ele em raciocínio é L, que desde o início suspeita dele porém não consegue provas para prendê-lo de imediato. 
Como já escrevi, o ponto forte do mangá (que foi preservado também no anime) é o embate intelectual entre Raito/Kira e L (e outros detetives que aparecem mais tarde no enredo)

     Vou me conter aqui para não revelar demais sobre o enredo, mas a história é empolgante! 


    O final do anime é diferente do final do mangá, porém tanto um quanto o outro vale a pena. Eu prefiro o mangá pelas informações a mais, pois transformar vários mangás em uma série com 37 episódios fatalmente faz com que alguns dados sejam suprimidos. Porém a qualidade do anime é muito boa também! 




Curiosidades: 

















  •    No mangá, a história se passa entre 28/11/2003 e 28/01/2010. Já no anime, os fatos ocorrem entre 28/11/2006  e 28/01/2013 . 

  • As datas dos acontecimentos na história se alteram por causa disto, sendo que no mangá Raito começa a utilizar o caderno em 2003, já no anime, em 2006, passando-se cinco a seis anos entre o início e final da saga.

  • Nos primeiros rascunhos de Death Note, o caderno era recolhido por um menino,Taro Kagami,  que sem saber de seu poder o utilizava como diário, assim provocando sem intenção  a morte de colegas de classe que praticavam bullying com ele. Inconsolável, ele fala com Riukku, que lhe mostra a Death Eraser - uma borracha que apagava os nomes escritos no caderno, trazendo as pessoas de volta à vida. Este personagem provavelmente serviu de inspiração para Teru Mikami, um dos "discípulos" de Raito que nos últimos capítulos do anime e do mangá utiliza o Death Note por ordem deste. 

  • Death Note, além do anime, também já foi adaptado para vários filmes no Japão, para um , drama e recentemente foi realizada uma adaptação para a Netflix, que foi bastante criticada por fugir bastante da proposta original.



Futuramente pretendo fazer um post com mais detalhes, aí quem quiser clique por conta e risco. Quando concluir, colocarei link aqui na postagem. 



Para saber mais: 



Curiosidades sobre Death Note

Crítica de Animes - Death Note

Os Mangás perdidos de Death Note

13 Diferenças entre o anime e o mangá de Death Note ( contém spoilers)




13 de fev. de 2018

Resenha: A vida de Lino Vicenzi, de Lino Vicenzi e José Vicenzi Neto

Desafio Literário 2018 - Um livro de memórias ou bibliografia

Título: A Vida de Lino Vicenzi - Relatos pessoais de um veterano da FEB
Autor: Lino Vicenzi
Transcrito e organizado por José Vicenzi Neto.
Editora:Odorizzi Gráfica e Editora

Edição: 1ª (setembro de 2013)
161 páginas




A Vida de Lino Vicenzi conta a história deste veterano da FEB -  Força Expedicionária Brasileira. Ele participou ao lado dos aliados na Itália durante a Segunda Guerra Mundial, e este acontecimento teve grande impacto sobre sua vida, sendo que contou histórias desta guerra até o fim de seus dias. 
Porém, apesar de ser o foco principal, neste livro Lino Vicenzi não conta apenas sobre o que presenciou na guerra, mas também detalhes de sua vida, desde a infância na década de 1920 - ele nasceu em 1922 -  com seus dez irmãos. Relembra com detalhes as brincadeiras de infância, comentando sobre os costumes daquela época, os brinquedos e como foi o período na escola e a vivência religiosa, muito forte. 


" Para a  primeira comunhão papai foi emprestar um sapato para eu calçar. Como era muito grande, mamãe colocou panos velhos no fundo do sapato. Fui sozinho caminhando para a igreja. Nem sabia caminhar com aquilo. Foi a primeira vez que usava. E ainda, usei sapato sem meia, chegando lá com calos, bolhas no calcanhar". (pg 18)



O ponto alto do livro é a ida para a Itália, para a Segunda Guerra Mundial. Lino descreve, com boa memória, como era o treinamento, as privações e o trabalho que ele e outros jovens realizavam em Blumenau (cidade a pouco menos de uma hora  de Rio dos Cedros), a convocação para ir a São Paulo, depois Rio de Janeiro ( onde ficaram como "soldados de depósito", para substituir soldados mortos ou feridos em combate), até a ordem para embarcar em uma viagem sem certeza de voltar. 

"Assim que o navio desatracou do porto, apenas se escutava:Adeus, pátria! Adeus, família! Nunca mais voltaremos!" (pg 38)


Lino continua narrando em forma linear e lúcida as experiências que viveu em solo italiano, a volta para casa e para a vida que tinha antes, com seus pais.. Casamento, os filhos que teve,o trabalho na roça, o bar que abriu...
Também conta um pouco da história  dos imigrantes que chegaram ao que hoje é a comunidade de Caravágio, (Caravaggio), onde nasceu, cresceu  e se estabeleceu, morando lá até o fim de seus dias. Fala um pouco sobre seus pais e como estão seus filhos hoje em dia, em uma linguagem simples, como se estivesse conversando com o leitor, na cozinha enquanto toma uma xícara de café. 
Ao final do livro, há algumas fotografias de família, certificados, diplomas, desfiles cívicos, recortes de jornal. Uma vida em fotos. Uma vida trivial e ao mesmo tempo extraordinária. 

Dedicatória no livro entregue pelo Sr. Lino a meu esposo. 

  --------------------------------------------------------------

Este livro foi um do que mais me comoveu ao resenhar. Enquanto preparava as imagens e organizava minhas ideias para escrevê-la, me vi chorando em frente ao computador. 

Por que? Por que eu conheci pessoalmente o Sr. Lino, desde minha tenra infância, por ele ser meu conterrâneo. Assim como o Sr. Lino, nasci e cresci na comunidade de Nossa Senhora do Caravágio, em Rio dos Cedros. Lembro-me bem do bar com a cancha de bocha, lembro da casa - que ainda está lá, um dos filhos mora ao lado; fui professora de uma de suas netas e recordo que praticamente desde que me conheço por gente, o vi na igreja local, celebrando, cantando, lendo a história de como iniciou a devoção à Nossa Senhora do Caravágio, discursando ao final da missa festiva em honra à  padroeira da comunidade.

Recordo-me muito bem dele  trabalhando nas festas da comunidade, realizando celebrações na pequena capela de Caravágio como ministro da Eucaristia quando não era possível que um padre viesse fazê-lo; cantando com o grupo de canto da comunidade nas missas festivas. Como morei naquela comunidade até os meus quatorze anos - e depois disso não deixei de participar de várias missas e celebrações festivas que lá ocorriam, posso dizer que este senhor fez parte da minha vida. 



Era uma pessoa muito ativa na comunidade e no município, praticamente não havia quem não o conhecesse. Na festa anual de nosso município (Festa Trentina), não deixava de desfilar, juntamente com os demais expedicionários ainda vivos, em um jipe, sendo sempre muito homenageado. 


Depois de voltar da Itália ao final da Segunda Guerra, o Sr. Lino deu muitas entrevistas para emissoras de televisão, rádios e jornais. No Youtube é possível ver vários trechos de entrevistas.

 Aqui na nossa região, chamada de Médio Vale do Itajaí, ele foi convidado várias vezes a palestrar em escolas, sendo que apreciava muito estes convites, comparecendo pontualmente. Tive a oportunidade de ver uma destas palestras quando adolescente, além de ter lido artigos de jornal o entrevistando. Inclusive acompanhei meu esposo quando a Secretaria de Educação aqui de Rio dos Cedros realizou entrevistas com pessoas de idade. Naquele dia em especial, fomos fotografá-lo em sua casa, o que o deixou muito contente, mostrando a sala onde guardava 
( acredito que ainda estejam lá) recordações dos tempos em que serviu o exército. 

O Sr. Lino faleceu em 18 de fevereiro de 2014, ou seja, há quatro anos atrás. Agora, editando este post, vi que foi poucos dias depois de recebermos o livro.Ele era o último expedicionário vivo de Rio dos Cedros, e o que mais se importava em contar esta parte de nossa história com o intuito de que não se repetisse.

 A cerimônia fúnebre causou muita comoção, e a capela e cemitérios que já são pequenos ficaram menores ainda para abrigar tantos amigos, parentes, conhecidos, expedicionários de outros municípios, autoridades.  Foi uma ocasião comovente e uma linda última homenagem a esta pessoa que tanto significou para nossa Rio dos Cedros. 























Matéria do Circolo Trentino - última homenagem a Lino Vicenzi



Onde comprar: Não consegui encontrar o livro à venda, por isso imagino que tenha sido uma tiragem limitada. Talvez na gráfica onde foi impresso seja possível encontrar. Assim que tiver mais informações, atualizo este post. 




Gratidão a todos que leram até aqui... e até a próxima! 


















31 de jan. de 2018

Resenha: Onde vivem crianças Irrecuperáveis, de ThallesTerassan

Desafio Literário 2018: O Primeiro livro de uma série




Onde Vivem Crianças Irrecuperáveis



Autor: Thalles Terassan
Disponível na plataforma Wattpad 
(Em revisão)

Disponível para venda no Clube de Autores, nas versões físico e e-book, com 236 páginas. 
Link para venda: http://goo.gl/VsWHhP


Ilustrações de Daniella Salamão

ATUALIZAÇÃO:  O livro também está disponível para venda no Clube de Autores, nas versões físico e e-book, com 236 páginas. 


"Condenada a passar o resto de sua vida em um orfanato para crianças insanas, Pandora, uma infeliz jovem de 12 anos, foi acusada por ter supostamente assassinado seus pais, mas o que ela não esperava é ter esquecido de seus crimes e de tudo antes disso, fazendo-a questionar se é mesmo uma criminosa. Agora a garota embarcará para o desconhecido, viajará através de sonhos e lembranças, enfrentará criaturas peculiares passando por lugares inimagináveis e encontrará as respostas para todos os pecados que envolvem seu passado e o Insanity Asylum." ( sinopse escrita pelo autor)




    Crianças que não podem continuar vivendo em  sociedade. Um orfanato. Uma diretora. Parece um enredo que já conhecemos, não é? 
Mas já antecipo: as semelhanças com o Lar da Senhorita Peregrine param por aí.Apesar do autor ter se inspirado na ideia do orfanato, a história é bem diferente! 




Regras de conduta, que aparecem
logo no início do livro
Neste livro não veremos peculiares, paisagens paradisíacas e uma diretora zelosa (pelo menos não com as crianças). 

Pandora é uma menina de doze anos que um belo dia, vê-se no banco de trás de um carro, com as roupas sujas de sangue, sendo levada por um motorista que não conhece, e que diz que ela matou os próprios pais. 
A menina não consegue lembrar-se disso.. aliás, não consegue lembrar-se de nenhum fato anterior àquele dia. Abandonada às portas do Insanity Asylum  apenas com sua mala com  e a roupa do corpo em frente ela é recebida por Pompoo Purnel, diretora do orfanato.

A princípio a diretora parece simpática e a recebe com carinho, porém logo some de vista. Não costuma conversar com as crianças, permanecendo quase o tempo todo em sua sala. Quando sai, geralmente é para reprimir os irrecuperáveis,sendo agressiva com eles fisicamente,  não admitindo ser questionada. A ordem e a disciplina são importantes, segundo ela. E nada deve sair dos trilhos, o que ela mostra com veemência quando logo do dia seguinte dá um tapa em Pandora simplesmente porque a menina aos gritos após um pesadelo pede para falar com ela. Os demais funcionários também não dão muita atenção para as crianças, que passam os dias encerradas dentro da construção, sem sequer poder sair para apreciar os jardins.


As janelas são fechadas e com tábuas pregadas, entrando pouquíssima luz do sol, com exceção da enfermaria. A iluminação fica por conta de castiçais. 
Pandora Moon, por Daniella Salamão
A comida é terrível e insuficiente para saciar a fome e as opções de lazer são limitadas: instrumentos musicais maltratados e decadentes e uma vitrola que não para de tocar durante o dia inteiro. 


Assim os dias vão se arrastando, sendo que apenas a hora de dormir traz uma forma de fuga desta realidade: as crianças devem conectar-se a dispositivos chamados "drenadores", para substituir pesadelos por sonhos bons.. Uma forma de fugir da realidade terrível que atormenta as crianças, todas internadas neste orfanato por terem assassinado alguém da família. 

Porém, Pandora desde o início sente que algo está errado: tem pesadelos, não consegue recuperar totalmente suas memórias, nota que tanto ela quanto as outras crianças estão ficando magras, sentindo-se mais fracas. E não sabe se as lembranças que tem são reais, por isso começa a questionar-se: será mesmo uma assassina? Por que a diretora é tão ríspida? Por que o ambiente é tão precário, se todos os funcionários insistem em assegurar que tudo é feito pelo bem dos irrecuperáveis? 

O sumiço de uma menina antes de Pandora chegar ao orfanato, juntamente com  as histórias que ouve de outras crianças que estão ali a mais tempo deixam a menina mais intrigada a cada dia...Durante este tempo, ela faz amizade com duas outras crianças de sua idade, que a ajudam a investigar a estranha rotina do orfanato e a passar em provas estranhas que acontecem durante o sono. 

Pompoo, a diretora, revela-se ao longo do livro como uma pessoa cruel, e o real motivo da existência deste orfanato ainda é um mistério para as crianças e adolescentes que lá residem. 

Conforme Pandora investiga, vai descobrindo cada vez mais coisas terríveis... e o pesadelo está apenas começando. 



Como dito acima, este é o primeiro livro de série que conta com três livros e um quarto com crônicas ( como um spin-off: irrecuperáveis contando como foram parar no Insanity Asylum). 


A narrativa é tensa, levando-nos a sentir as emoções das crianças e imaginando se eles são realmente irrecuperáveis. 

Chama a atenção também o capricho do autor, com uma ilustração instigante no rodapé da página de cada livro ( estou começando a ler o terceiro), as ilustrações e a dedicação em criar uma trilha sonora e book traillers que ampliam a experiência de quem está lendo. 



Ilustração no rodapé das páginas do primeiro livro. 

Há alguns erros de ortografia, porém o livro está em revisão ( o autor visa uma publicação em livro físico) e a promessa de que estes erros serão sanados. 





Pôster criado pela ilustradora Daniella Salamão
Volumes da trilogia Irrecuperáveis:

1- Onde Vivem Crianças Irrecuperáveis
2- Rebelião dos Irrecuperáveis
3 - Liberdade para Irrecuperáveis

4- (Spin-off's): Crônicas de Irrecuperáveis.(com participação de outros autores)


Book Trailler  ( Youtube) 



Para quem gosta de histórias envolvendo adolescentes e terror, recomendo! 

17 de jan. de 2018

Proposições bloguísticas 2018

Deixei, no início de 2017, umas proposições para mim mesma, e anuncio agora que fracassei em boa parte delas por ter perdido o foco. 




Vamos recapitular quais eram estas metas: 


1) Zerar o Desafio Literário 2017 do Momentum Saga: Parcialmente cumprida

Ficou faltando um livro de terror, um livro com mais de 500 páginas e um livro com personagem principal não-hétero. 
Mesmo estando em 2018 já, vou publicar o "livro que li na escola", pois a postagem está quase pronta. 


2) Fazer mais postagens sobre livros autopublicados (em plataformas como Clube de AutoresWattPad e outros:Não cumprida

Li muitos livros no Wattpad, muitos mesmo, mas fiquei devendo mais postagens sobre esta plataforma e sobre o Clube de Autores, que acessei pouquíssimas vezes em 2017. 

3) Catar imagens mais criativas para a BC 1 Imagem, 140 Caracteres.:Parcialmente cumprida

Tentei, né? Digam vocês se as imagens estavam boas, rsrsrs. Ah, tanto eu quanto a Silvana (quando ela puder voltar)  aceitamos sugestões de imagens, com toda certeza! Nos contatem! 

4) Conhecer blogs novos e divulgá-los aqui no Devaneios: Não cumprida.

Conheci blogs novos, salvei os endereços deles mas acabei não fazendo postagens sobre os mesmos, que feio, tsc, tsc. 


5) Finalizar meus contos inacabados. Parcialmente cumprida

Finalizei Fragmentos e estou revisando para publicação! Porém deixei vários contos não finalizados ainda no meu computador. 

6) Cumprir pelo menos a maior parte do meu  Calendário do Escritor - seja aqui no blog, ou no WattPad, ou até mesmo na página do Facebook.Parcialmente cumprida

Deixei Várias Facetas, Várias Vidas em suspenso lá no Wattpad para revisar e iniciei um novo livro - Doppelgänger -que já está com cinco capítulos publicados. 

Meu Calendário do Escritor 2017 ficou com muitos espaços vazios, mas sou brasileira e não desisto nunca, ou seja... Já imprimi o calendário 2018 e estou anotando, ahaha. 


7) Subir pelo menos mais um vídeo no canal do Youtube.

Nem consegui pensar nisso, com meu trabalho e novas atribuições que recebi durante o ano, falta de inspiração, procrastinação ( droga de palavra que quero riscar do meu dicionário) e outras coisinhas. 


Enfim, agora para 2018, as metas são: 


- Publicar Fragmentos de uma vez - quem sabe na Amazon?

- Divulgar mais blogs interessantes aqui. 

- Conseguir subir um ou dois vídeos pelo menos para o canal do Youtube não ficar às moscas. Não contem com grandes efeitos de edição, 😃😃😃

-  Ter mais dias anotados no meu Calendário do Escritor 2018. O que implica em programar postagens, usar mais o word e aproveitar dias de folga como hoje, pois quando eu voltar ao trabalho o ritmo vai ser insano! 

AHHHHHHHHHHHHHHH!    Acabei de me lembrar que neste mês de janeiro o blog está completando 7 anos! (Todo ano eu esqueço de "comemorar o aniversário" do blog. Tive que ir lá no arquivo de postagens para ver a data certa - será dia 20, ou seja... sábado. 

Até sexta-feira, pessoas que tiveram paciência para devanear comigo neste post! 
E para os demais também (rsrsrsrs) 



1 Imagem, 140 Caracteres #590

 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

Popular Posts