Estamos aqui de novo, com mais uma postagem da
série #DesafioMS2016, com um livro que ganhou prêmio literário.
Devo dizer que foi páreo duro, pois conheço vários.. Mas escolhi,
finalmente um:
A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes,ganhou
o Prêmio Hans Christian Andersen, em 1982.Um livro maravilhoso, no qual a
autora costura habilmente fantasia e realidade ao retratar os conflitos da
personagem Raquel, uma menina vivendo em uma realidade em que “criança não tem
vez". A narrativa, por vezes, lembra Monteiro Lobato, que com as
"Reinações de Narizinho" e os livros subsequentes também mistura
fantasia e realidade tendo as crianças como protagonistas.
Raquel sente-se deixada de lado pela família, tendo sua
privacidade invadida pelo simples fato de ser criança:
“E de repente todo mundo tava lá lutando pra abrir a minha bolsa. Minha. Minha. Minha! E eu ali sem poder fazer nada. Ah, se eu fosse gente grande! Quem é que ia abrir a minha bolsa assim à força se eu fosse gente grande? quem?”
Cada vez mais oprimida por vontades crescentes dentro dela, as
quais não manifesta porque sabe que não será compreendida pela família, Raquel refugia-se em um mundo imaginário, vivendo aventuras com um
galo, um alfinete e uma (isso mesmo, uma) guarda-chuva quebrada, todos cabendo
na bolsa amarela onde Raquel escondeu, bem no fundo as suas três maiores
vontades.
O modo como
Raquel vai amadurecendo no decorrer da narrativa com o apoio da bolsa amarela e
dos personagens que nela moram é muito inspirador.
Recomendadíssimo!
Para saber mais...
Até a próxima!