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12 de jul. de 2024

1 Imagem, 140 Caracteres #553

 Boa noite de sexta-feira, pessoal! 

E estamos passando da metade do ano, eita! 

Espero que estejam bem. 

A escrita é um processo que demanda tempo, paciência, releitura, revisão, reescrita... 

Sendo uma postagem simples em rede social ou um artigo, um conto ou um livro, há etapas que são comuns a todo processo de escrita. 

Revisão é uma etapa interessante,mesmo que por vezes cansativa.  

Pensando nisso, eis a imagem da semana: 


Imagem obtida no site Abertura Simples

#paratodosverem: imagem das mãos de uma pessoa branca: a esquerda segura uma folha de papel impressa com um texto enquanto a mão direita segura uma caneta.As mãos estão apoiadas em uma mesa, elevando o papel. 


Marcando, reescrevendo, relendo. 

E de novo, e mais uma vez, e talvez ainda outra. 

Ainda assim, alguma coisa pode passar. 



Bom final de semana!!!



1. chica  3. pensandoemfamilia  5. Ailime  
2. Roselia Bezerra  4. Toninho  

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18 de out. de 2023

E a vida?

  

Algum dia vai ser a última vez que vou dançar. 

 

Algum dia vai ser a última vez que escrevo, meu último ponto final em uma última sentença. 
 
 
Algum dia irei dormir pela última vez. 
 
 
E o fascinante da vida é não saber quando acontecerão estas últimas vezes. 
 
 

 

Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah, meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor
E será!

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah, meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor
E será!

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

E a vida, e a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida de um coração
Ela é uma doce ilusão
Êh! Ôh!

E a vida
Ela é maravilha ou é sofrimento?
Ela é alegria ou lamento?
O que é? O que é, meu irmão?

Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo

Há quem fale que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor

Você diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é e o verbo é sofrer

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah, meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor
E será!

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah, meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor
E será!

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz

Ah, meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor
E será!

Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita

Viver e não ter a vergonha
De ser feliz

 

30 de ago. de 2021

Acordo tácito

   Todos os dias, Caetano fazia o mesmo percurso: saía a pé de sua casa, com a carteira no bolso dianteiro da calça, ia até a padaria que ficava a poucos metros dali, comprava pãozinho da primeira fornada para chegar em casa e comê-lo quentinho. Contemplava durante alguns minutos a colherada de manteiga derretendo enquanto passava uma xícara de café preto, sem açúcar, que sorvia devagarinho. Lavava a pouca louça, pendurava com cuidado e meticulosamente o pano de prato  para secar no varalzinho que tinha dentro da lavação, fechava a casa toda, se arrumava para o trabalho, conferia novamente se todas as janelas estavam fechadas, pegava a bicicleta e saía assoviando. Tão pontual era essa sua rotina que a vizinhança já sabia que horas eram quando o viam saindo para trabalhar. Também não consultavam seus relógios quando o viam voltando, assoviando melodias variadas, abrindo o portão da frente e em seguida pegando seu regador para aguar as flores do pequeno jardim que mantinha, empreitada que em menos de cinco minutos já estava completa. Em seguida, antes que o escuro da noite tornasse as formas do quinta indistinguíveis, ele fazia uma limpeza na pequena horta que mantinha, tirando ervas daninhas que insistiam em aparecer diariamente. Depois, não mais era visto, até o dia seguinte quando novamente ia comprar o pão quentinho. 

      Ninguém sabia exatamente onde e no que trabalhava, se tinha família ou qual sua idade. O conheciam de vê-lo na rua, quando ia fazer compras ou indo e voltando do trabalho. Cumprimentava e era cumprimentado de volta, participava de conversas corriqueiras (“nossa, que tempo maluco tem feito nesses últimos dias”) e não passava muito disso. Ninguém se sentia seguro o suficiente para ultrapassar essa fronteira de cordialidade entre vizinhos. Também não sabiam exatamente há quanto tempo Caetano morava ali naquela casa, se já havia mais gente ali ou se sempre morava sozinho. A despeito do que tradicionalmente acontecia naquela vizinhança, não costumava visitar outras pessoas, nem convidá-las a visitar sua casa, ou seja, o que conheciam era apenas o que Caetano permitia vislumbrar. E estava tudo bem assim. Ninguém parecia ter problemas com isso, aliás, deveria ter? 

    Até o dia em que um pacote com cinco pãezinhos não saiu da padaria. Não se sentiu cheiro de café. A rua ficou mais silenciosa, sem os costumeiros assobios. Não se viu a bicicleta sair, nem voltar. As flores ficaram esperando no canteiro, pela água que não chegou. As ervas daninhas começaram a aparecer entre as alfaces e pés de tomate. A princípio, os vizinhos pensaram que estivesse doente. A senhora que morava ao  lado notou a casa totalmente fechada. Alguém pensou em ligar, porém notou que não sabia o número de Caetano. Na verdade, ninguém por aí sabia se ele tinha telefone. 

   Várias vezes bateram, chamaram, gritaram, inutilmente. Resolveram então chamar a polícia. A porta foi arrombada e a surpresa tomou conta de todos. Tudo na casa estava impecavelmente arrumado, em perfeita ordem...porém o cheiro típico de casa fechada e uma camada de poeira não tão fina sobre todos os móveis e piso parecia mostrar que seu dono a abandonara há mais que apenas dois dias. 

Não havia registro de nenhuma pessoa chamada Caetano na delegacia, ao menos não com as características físicas que o desaparecido apresentava. Nenhum número de contato pendurado na porta da geladeira, nenhuma anotação no calendário que estava na cozinha, nenhuma agenda com telefones. Onde ele trabalhava poderia haver alguma informação, uma das vizinhas comentou, para logo em seguida lembrar que ninguém na vizinhança sabia onde era esse trabalho - e se realmente existia um emprego.

   No pequeno quintal, o regador repousava, seco, perto do canteiro de flores que começavam a sofrer os efeitos do sol inclemente enquanto uma fileira de formigas se dirigia para a horta. O pequeno grupo de vizinhos, silenciosamente, deu de ombros e cada qual dirigiu-se para sua casa, ruminando esse mistério. 

   Ninguém apareceu para reclamar o terreno, procurar por Caetano ou perguntar por ele aos vizinhos. Semanas se passaram com todos tentando fingir que nada de extraordinário acontecera. Mas não foi possível evitar  que teorias, das mais simples às mais mirabolantes, fossem compartilhadas e se espalhassem por todo o pequeno bairro e em breve na cidade toda. 

   Um belo dia, meses depois, a casa amanheceu com as janelas abertas, reacendendo rumores e a curiosidade da quase novamente pacata vizinhança. Conforme o dia passava, o terreno foi sendo limpo e ganhando os contornos de outrora, a água e a energia foram religadas. Canteiros de flor foram reaparecendo, exatamente no mesmo lugar. Um dos vizinhos aproximou-se e ouviu um assobio. Será possível? Teria Caetano simplesmente voltado e retomado sua vida de onde parou? Por uma das janelas, o vulto de uma mulher apareceu. Antes que o vizinho pudesse sair do terreno, a mulher subitamente virou-se e abriu um sorriso: 

- Boa tarde! 

Hesitante, o homem respondeu ao cumprimento e não conseguiu evitar a pergunta que aflorou espontaneamente:

 - A senhora conheceu o sr. Caetano? 

- Quem? 

- Morou aqui antes da senhora. Achei que fosse parente. 

- Nunca ouvi falar. Soube desta casa pelo site de uma corretora e aqui estou. 

- E não foi o Caetano que colocou para alugar?

- Não aluguei, comprei. Não sei quem era o dono. 

- Certo... preciso sair, outra hora conversamos. 

 E os dias começaram a seguir como se a casa nunca houvesse ficado vazia. Irene, este era o nome dela, levantava cedo, saía a pé para pegar cinco pãezinhos frescos, os punha em uma sacola de pano que levava ao ombro, saboreava devagarinho um dos pães com uma pequena colher de manteiga enquanto bebia uma xícara de café preto, sem açúcar. Fechava a casa toda, dava de comer ao gato, saia assoviando com sua bicicleta e voltava quase ao final da tarde, a tempo de regar o pequeno jardim e cuidar da horta, ambos nos mesmos locais e com as mesmas proporções que o morador anterior mantinha. Sentava-se à varanda com o gato no colo e ficava lá até que a escuridão tomasse conta da rua, ou até os pernilongos não a deixarem mais contemplar as estrelas. Depois só era vista novamente na manhã seguinte, quando  ia comprar seus pãezinhos, com sua sacola ao ombro. 

    Ninguém sabia da vida de Irene mais do que ela permitia-se mostrar. E todos ali por perto preferiram continuar sem saber. 

24 de jul. de 2020

1 Imagem, 140 Caracteres # 359

Olá!

Uma semana que se passou com uma triste notícia para o estado em que moro com alta de casos e mortes por Covid. Mas enfim, já desabafei antes sobre o comportamento inconsequente de parte da população e o que está acontecendo é o resultado desta inconsequência.

Vamos levantar o ânimo, pois a postagem das sextas-feiras é justamente para desopilar um pouco do cotidiano, não é mesmo?

Espero que todos e todas que estão aqui, lendo esta postagem, estejam bem e se cuidando na medida do possível.

Imagem obtida no site Zoom



Descrição: a imagem mostra parte de um tabuleiro colorido do tradicional jogo de mesa "ludo", onde se destacam um dado,com a parte de cima indicando três e a que está em close na imagem indicando seis. à direita do dado, vê-se três peões verdes, de plástico e à esquerda, desfocado, um peão vermelho.


Meses se passaram, e para manter nossa sanidade, vale recorrer até ao "ludo". Relembrando a infância agora!




Tenham um bom final de semana!



1. chica  4. Toninho  7. Verena  
2. Roselia Bezerra  5. Ailime  8. sonia tolfo  
3. pensandoemfamilia  6. JOSÉ RENATO KALIL OHL  

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1 de jul. de 2020

Pequenas divagações quarentenísticas

1º de julho.

Segundo informações oficiais, centésimo dia de quarentena
Segundo todos nós sabemos, até agora não houve uma quarentena real, cumprida por todos e com as condições adequadas.
Mas sigamos.
Porque precisamos seguir, precisamos nos ocupar, precisamos acreditar em alguma coisa para não enlouquecer. 
Precisamos continuar acreditando que "depois da tempestade vem a bonança", mesmo que a tempestade pareça interminável.

Aliás, ontem aqui foi uma tempestade real, o chamado "ciclone bomba" pegou todo o estado onde moro e outros vizinhos, e pelo que li no Twitter agora há pouco ainda há lugares sofrendo com os fortes ventos. Foi um período agoniante, com ventos fortes, telhados voando, árvores caindo, construções sendo arrasadas e um blecaute na energia elétrica considerado o maior da história do estado até agora. Há lares por todo o estado ainda incomunicáveis e prejuízos sendo contabilizados. Aqui onde moro estamos bem, apenas alguns sustos mas seguimos, somando mais essa loucura à sucessão de episódios atípicos que tem acontecido neste 2020.

Enfim, estamos fazendo o que precisamos agora.. esperar. Esperar. Rezar, confiar e esperar. Torcer pelos nossos amigos, familiares, pessoas que amamos. Mesmo passando um pouco de raiva com a falta de bom senso de outras pessoas que colocam toda a comunidade em risco. Passamos raiva porque nos importamos.
Enquanto isso, vamos seguindo esta nova rotina, deixando na garagem ou fora da casa de vez roupas "de ir ao mercado", conferindo e re-conferindo lista de compras para não correr riscos desnecessários, usando telefone e internet para resolver coisas que antes se resolviam pessoalmente. Alguns trabalhando em casa, outros que infelizmente não tiveram essa opção saindo todos os dias com medo (bem, nem todo mundo, mas enfim).

Nos vemos novamente, se Deus quiser, na sexta-feira, para nossa blogagem semanal!


16 de mar. de 2020

Hole in My Soul

(Às vezes gosto de escrever ouvindo música, criando textos embalada pela melodia, pela emoção na voz dos vocalistas, pelas letras, enfim!) 






Há um buraco em minha alma e ele não quer fechar.
Há um buraco em minha alma, e não sei se quero que ele feche.
Há um vazio doloroso, estranho. Uma sensação quase rotineira.

Andando em uma terra sem dono.

Tenho a impressão de que este vazio é necessário. Se eu conseguir preencher este buraco, este vazio, esta ausência, algo que faz parte de ser eu vai sumir, e tenho medo de quem posso me tornar se este buraco sumir. 

Tem um buraco na minha alma que esta me matando há tempos/É um lugar onde um jardim nunca cresce.

Porque estou acostumada com ele, confortavelmente estranha com ele.
O mesmo vazio que me mata lentamente me faz sentir viva.

Me diga como se sente sendo
Aquela que gira a faca dentro de mim.

O vazio que me paralisa também serve para fazer com que eu continue caminhando, querendo e ao mesmo tempo temendo preenchê-lo. 

Minhas lágrimas viraram poeira/E estou totalmente vazio
(Às vezes me sinto quebrado e não posso ser consertado)

É estranho e não tem explicação, porque talvez não seja para haver alguma.





( A legenda no vídeo pode apresentar alguns erros.. Não fui eu quem traduzi, ok?)

28 de jan. de 2020

Restart

Eram dez horas da noite. Em frente ao computador, os dedos batiam freneticamente, como se as teclas fossem saltar a qualquer momento. E saltariam se a grana não estivesse curta.

Toda raiva, toda ansiedade acumulada, todo o cansaço,todos os anos de frustração alinhavam as palavras e frases com a mesma velocidade do pensamento, o tec-tec-tec quebrando o silêncio naquele quarto. 


Que fosse para o raio que o parta a estabilidade, a crise no país, as poucas opções que haviam naquela cidadezinha, que fosse para sabe-se-lá-onde a voz da experiência que dizia que o melhor era ficar como estava. 
 
D.A.N.E - S.E. 
 
Revisou mais uma vez o documento, imprimiu, leu mais uma vez, assinou. No dia seguinte estaria feito. Tinha consciência que estava agindo por impulso, mas também sabia que se não fizesse isso agora, não o faria mais. Arrumou o que coube em uma mochila, pela internet escolheu um lugar aleatório para a noite seguinte, gerou o boleto e pagou. Ligou a TV, escolheu uma série e ficou assistindo até pegar no sono. 


Sete e meia da manhã. O pedido de demissão já estava na mesa do diretor.Nem esperou que chegasse, deixou o papel lá e saiu sem se despedir dos que estavam chegando. 
No caminho apagou do celular todos os contatos profissionais, saiu de todos os grupos de WhatsApp e Telegram; mudou seu número de telefone e apagou os seus perfis das redes sociais.
 Por algum tempo ficaria assim, sem amarras. Sem horários. Sem cobranças. E sem dia certo para voltar. Depois de anos tendo de planejar cada passo, pela primeira vez não planejaria nada. O depois ficou para depois.



27 de dez. de 2019

1 Imagem, 140 Caracteres # 329

Bom dia! 

Tudo bem, pessoas? 

A semana passou, fiquei de vir aqui desejar Feliz Natal mas enfim.. Festas. Fiquei com a família e me desconectei daqui, só dando as caras no Twitter mesmo (e no Whatsapp da família para não ser a única pessoa a não compartilhar nenhum gifzinho de Natal). 

Nos próximos dias irei agendar algumas postagens, principalmente falando sobre o #DesafioMS2019, que não cumpri todo - o que não significa que não tenha lido muito! Acho que foi o ano em que mais comprei livros, tanto físicos quanto e-books. 

Ah, falando em livros, finalmente consegui recuperar o livro Nonoberto Nonemorto e poderei atualizar a resenha que fiz aqui no blog nos próximos dias.


Espero que todos tenham tido um bom Natal e estejam bem. 

Vamos à última imagem deste ano? 



#postacessivel: a imagem mostra parte da mão de uma pessoa, a julgar pelas unhas compridas e com esmalte cor-de-rosa,  aparentemente é uma mulher branca. Ela está segurando duas varetas faíscas acesas. O fundo da imagem está embaçado, mas pela  pouca claridade deduz-se que é noite e a pessoa está em um espaço aberto.




Enquanto observo as faíscas produzidas nas varetas em minha mão, faço votos de que a vida de todos possa ser um pouco mais iluminada. 



Boas Festas a todos e todas, e até a próxima!  

1. chica  3. Toninho  
2. Roselia Bezerra  4. sonia tolfo  

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18 de nov. de 2019

Pipistrello, scarafaggio e a delícia de aprender outros idiomas

Comecei um curso de Italiano há alguns meses, mais pelo gosto em aprender línguas novas e por gostar de etimologia - não é a mesma coisa que entomologia, embora as duas sejam interessantes - do que pelo resultado prático que isso terá, não que o resultado deste curso não seja ótimo, afinal futuramente poderei ser professora de italiano. 

  Como sempre acontece quando aprendo - ou tento aprender - algum idioma, as comparações são inevitáveis. 

Aqui onde moro é comum falar um dialeto, conhecido como Talian, o qual tem várias palavras e expressões muito diferentes da língua italiana original. O que é perfeitamente normal, afinal a língua é algo vivo que se adapta e muda. (#marcosbagnofeelings)

Esses tempos atrás, ainda no início do curso, me deparei com a palavra pipistrello. 
Fofinha, né? 
Mas se refere a um animal não muito fofo, no caso, o morcego. 

Chamando em italiano, parece que estou desmoralizando o bicho. Afinal, pensem na sonoridade: 

Português - Morcego. Pronunciar a palavra dá até um medinho. MOR-CE-GO. 

Espanhol - Murciélago. Ainda se tem um pequeno temor respeitoso, a gente vai falando a palavra e sentindo o poder dela, "murciélago". 

Talian (nosso dialeto daqui) - Barbustello. Já deixa o bicho um pouco menos temido, aparenta uma coisa mais ridícula que criadora de medo. 

Aí vem o italiano - Pipistrello. Parece nome de coisinha fofinha, cuti-cuti. Ouço "pipistrello" e imagino um beija-flor, um bichinho dócil, algo que dá vontade de pegar no colo. Mas não, continua sendo um "morceeego", embora o nome dê menos medo.

Talvez em alemão volte a ser algo mais amedrontador, penso eu.. mas não, é igual ao inglês: bat. 

Bat não dá medo nenhum, parece uma onomatopeia.  Nem mesmo pensando no Batman consigo respeitar a palavra bat como respeito a palavra morcego.

Se bem que em romeno o nome também é fofinho: liliac. 
(Que, aliás, é também nome de uma banda formada por irmãos que fazem covers muito, muito bons mesmo, de bandas de rock). 

Sério, "liliac" tem uma sonoridade legal, faz a gente ter menos medo de morcegos e nos lembra que não são todas as espécies que são hematófagas.

Claro que o contrário também existe, palavras que em nosso idioma são "fofinhas", dão uma sonoridade bacana ao falar, expressam algo que entendemos e que quando transportadas para outro idioma soam estranhas aos nossos ouvidos, como "barata" que tem uma sonoridade de algo comum, banal, e que em espanhol vira "cucaracha" - fica parecendo outro animal, algo maior e mais perigoso. E em italiano, "scarafaggio", fica parecendo mais perigoso ainda. Se eu ouvir  alguém gritando por ter aparecido un scarafaggio, a possibilidade de sair correndo é maior que se eu ouvir "Ai, uma barata". Na segunda possibilidade nem me dou ao trabalho de correr, pego um chinelo, um mata-moscas ou o que tiver por perto e possa liquidar o bicho - sorry, tenho nojo e mato mesmo. 
 Ou o teclado, (substantivo masculino)que em italiano vira tastiera.(substantivo feminino) Apesar de estranhar a palavra no início, acho até que fica mais musical dizer que "suono la tastiera" do que "toco teclado". Sim, "tastiera" se refere tanto ao teclado de computador quanto o musical, antes que você ou mais alguém pergunte.

Aliás, pergunta, palavra cuja segunda sílaba parece vir de dentro da garganta, em italiano é "domanda". Gosto dessa palavra, tem uma sonoridade legal, não é uma coisa seca como "ask" e não tem a estranheza de "pregunta". 

Nem deu para perceber o quanto gosto de descobrir a origem das palavras e as diferenças entre os idiomas, né? E como a digressão, la digressione, the digress, enfim, faz parte do dia-a-dia, embora muitas vezes eu a isole dentro da minha caixa craniana para o bem da humanidade e nem tudo o que eu penso saio falando por aí ou transformo em texto. 

Desta vez não resisti, desculpem. (ou scusate, apologize me, lo siento), prometo que por enquanto, até outro delírio digressional ocupar minha mente e não se contentar em ficar lá dentro, este é o último parágrafo do texto. 

Eu menti! O último parágrafo é este. 



11 de nov. de 2019

Reflexões "bloguísticas"

     
  Estava eu em uma noite ociosa de sábado pensando em um livro que peguei para ler e não estava com vontade de terminar a leitura, e um pensamento veio em minha cabeça. Como o meu Twitter estava aberto na hora, acabei tuitando: "Alguém aí já teve um livro que precisou se esforçar para chegar ao final? Uma obra que não estava dando gosto em continuar lendo, mas que não parecia certo abandonar, e insistiu na leitura mesmo assim?" 

     Isso me fez lembrar de um post antigo, que fiz no primeiro ano deste bloguinho ( quem quiser pode conferir clicando no link: ow.ly/LPSg50x6MXy. 
     Imaginei que interações rolariam hoje em dia com aquela postagem que fiz perguntando sobre o livro preferido e outro que não conseguiu ler ou que leu mas não gostou nadinha. Por isso me deu uma nostalgia daqueles tempos e procurei os blogs das pessoas que comentaram há oito anos atrás. Alguns já foram apagados e os donos não publicam mais na internet, outros não receberam mais atualizações mas estão ainda ativos, como uma lembrança. Alguns blogueiros (alguém ainda usa este termo?) migraram para outras plataformas ou criaram outros blogs deixando os antigos parados ou deletando-os. 
Que  bom saber que ainda há gente "daquela época" que ainda escreve.

Às vezes gosto de revisitar postagens antigas do meu próprio blog, ou de outras pessoas, e ver a evolução das postagens ao longo dos anos, a escrita evoluindo, a mudança de interesses, as guinadas que a vida dá. Enfim.
Comecei este texto como uma colcha de retalhos precisando ser costurada, e apesar de agora estar prestes a apertar o botão de "publicar" ainda acho que há algumas costuras soltas, fico contente em ver que apesar das grandes mudanças no modo de escrever na internet, ainda se encontram blogs, live journals, páginas interessantes  em redes sociais, plataformas de escrita como o Wattpad, enfim... Podem mudar os meios e os tempos, mas a necessidade de escrever, comunicar-se, interagir é perene. Ainda bem! 

31 de ago. de 2018

1 Imagem, 140 Caracteres # 259

Bom dia! 


Estava procurando uma imagem que lembrasse justiça, pensando nos desmandos de nosso governo federal, quando acabei encontrando referências à arte de Jens Galschiøt. 

Jens Galschiøt é um escultor nascido na Dinamarca, em 1954, que já criou várias esculturas com o tema Arte em Defesa do Humanismo. Em 2002, em parceria com Lars Calmar, criou a escultura "Survival of The Fattest" (Sobrevivência dos mais Gordos). 
Esta estátua foi instalada ao lado da famosa estátua da Pequena Sereia em dezembro de  2009, durante a cúpula do clima em Copenhague, mas também já foi exibida em muitos lugares. 

Deixo com vocês a imagem da escultura, que leva a muitas reflexões... 




Esperança não pode ser apenas uma palavra passiva, precisa de ação para transformar! Não podemos esperar mais para tirar o peso dos ombros!


Tenham um bom final de semana!



1. chica  4. Verena  7. Ailime  
2. Roselia Bezerra  5. Toninho  
3. pensandoemfamilia  6. sonia tolfo  

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29 de ago. de 2018

Submerso




 I miss the comfort in being sad, I miss the comfort in being sad...

    Bernardo dedilhava no velho violão, de forma lenta, talvez da mesma forma que Kobain teria dedilhado antes do tiro fatal. 
Aquela viagem estava sendo mais uma coisa estúpida, no amontoado de outras coisas sem sentido que seus pais lhe impunham desde o diagnóstico de depressão, que recebera no ano anterior. 

   Sentia-se cansado, simples assim. Não era de nenhuma ajuda os conselhos que vinha recebendo desde o diagnóstico: desde o clássico "é falta de Deus no coração" até " estes remédios estão fazendo mal a você". Tá, os remédios estavam fazendo mal? Então por que o tio enxerido que veio com essa não jogava as injeções de insulina fora, para ficar bem? 
  
 Os pais ficaram tão afoitos em "curar a depressão" a qualquer custo, que a cada mês um plano mirabolante era posto em execução para desespero de Bernardo, que só queria continuar levando a vida normal que levava, pelo menos dentro do que fosse possível. 

Um mês foi uma viagem de avião para ver um show de rock, outro mês foram sessões de psicoterapia (pelo menos desta vez ele conseguiu se sentir um pouco melhor), no seguinte a psicoterapeuta foi dispensada pois os pais não viam "nem um sorriso" no filho, e trocaram por sessões de ioga. O problema não eram as ideias, era a falta de paciência  dos pais com o processo. Bernardo, coitado, não tinha voz. Mal conseguiu protestar quando as sessões de psicoterapia e ioga foram suspensas pois os pais dele não estavam vendo resultado - poxa, que resultados queriam em um mês apenas? 
         
Agora estava em um cruzeiro, sendo obrigado a dividir uma cabine com os pais, que estavam com a ideia fixa de que passar um mês em uma forçada convivência familiar era o que faltava para dar equilíbrio a eles e deixar Bernardo "melhor da cabeça". De que adiantava ter pais ricos a ponto de poder sair a passeio de férias quando dava na telha, viver rodeado de bens materiais, se o que ele mais precisava era simplesmente ser ouvido? Será que era tão difícil eles perceberem isso?

      Seu único conforto ultimamente era a troca de mensagens com Sabrina, sua melhor amiga, com quem passaria mais tempo pessoalmente se não fosse a mania dos pais de correr mundo. 
Sabrina era a primeira a dar "bom-dia" e quem desejava bons sonhos quando Bernardo, enrolado nas cobertas, fixava a tela do celular, escondendo-o debaixo do travesseiro quando alguém chegava perto. Era ela quem tinha sempre uma palavra amiga, o ombro onde Bernardo poderia desabafar, e ótima ouvinte nos momentos em que não sabia como ou o que falar para ele - e quando palavras não precisavam ser ditas. 
Era a única conversa no WhatsApp que não apagava, nem mesmo os gifs mais bobos. Quando não conseguia ficar online, revisitava todas as conversas, relendo as palavras reconfortantes de sua amiga.  
  Naquela noite, ficou um tempo observando as ondas revoltas do mar, sentindo a brisa e o doce barulho das águas. O cheiro e gosto de sal chegava até sua boca, levando lembranças de uma infância e início de adolescência felizes. 
Não sabia precisar o momento em que os dias começaram a parecer-lhe uma sucessão de momentos cinzas e sem graça. Tinha momentos felizes, claro, mas algo sempre o instigava, não deixava a sensação de felicidade ser completa. Sorria, sem o brilho nos olhos. Conseguia gargalhar, mas o sentimento era agridoce. Cada dia passado era um alfinete a mais espetando-o de forma invisível. Os pais, com suas constantes mudanças de planos, estavam sem perceber fazendo a situação de Bernardo piorar. Ele bem tentava dizer que se sentiria melhor ficando em sua casa, perto de seus amigos, continuando a estudar, enfim, se esforçando para manter a rotina, porém mesmo tendo bastante acesso à informação seus pais continuavam todo mês sugerindo algo diferente, como se esperassem que a situação de Bernardo se resolvesse em um passe de mágica. 
"Tente a receita desta forma. Se não deu certo, mude um ingrediente. Se não deu certo de novo, mude o fogão, ou as panelas, ou os temperos. Nem suspeite que você pode estar fazendo algo errado com os ingredientes que tem". 
Após escrever esta anotação em seu bloquinho - Bernardo tinha uma coleção de bloquinhos onde anotava ideias genéricas a respeito de tudo - rasgou a folha e a prendeu na cadeira onde estava. Aproximou-se da proa e suspirou fundo, sentindo a maresia. Com o violão, dedilhou e cantou baixinho:
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto que isso passa, 
Amanhã é outro dia, não é? 
Será que algum dia conseguiria pelo menos fingir estar sempre bem? 
Um movimento em falso fez o violão escorregar. Bernardo contemplou, incrédulo, o instrumento se precipitando  em direção às águas escuras e frias, o ruído do contato entre seu velho companheiro e as ondas. Deixou-se ficar aí, observando  até mal divisar o contorno do violão afundando, despedindo-se. Bernardo imaginou onde ele cairia,se ficaria no fundo do mar, rodeado daqueles peixes abissais sobre os quais lera há tempos em algum site científico. Ou se acabaria nas areias de alguma praia,em outro canto qualquer do mundo, talvez em um lugar onde acabaria parando com seus pais, já que não tinha ideia de quanto tempo ficaria naquele navio. 
Por um momento pensou em mergulhar naquelas águas frias, na escuridão, como seu violão fizera involuntariamente. 

Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida. 
Sentia-se assim, submerso. Como seu violão estaria em breve, imerso no desconhecido, no fundo de algo, onde os ruídos do mundo chegavam abafados e indistinguíveis. Sentiu o celular vibrar. Era Sabrina. Como, por graça de Deus, esta menina ainda mantinha contato com ele, ainda o suportava? 
Não me dê atenção.. mas obrigado por pensar em mim. 
Sem saber, devia sua vida a Sabrina, mais uma vez. O celular vibrando o tirara por instantes do devaneio em que se encontrava, do ímpeto de satisfazer o desejo de seguir seu velho e agora perdido violão. 
Oi, já é noite aí? Em que país você está? 
Nem sei, Sabrina. Não sei se já saímos da costa brasileira. É noite e só vejo oceano. 
E como você está se sentindo agora? 
Perdi meu violão, Sabrina. Cheguei perto demais da proa
Puxa... Fico triste por você... Sei como amava seu violão. 
Sim.. 
Sabrina gravou um áudio para animá-lo. Bernardo catou rapidamente de seu bolso os fones de ouvido e estava se preparando para ouvir, quando uma voz estridente ecoou pelo convés agora já vazio: 
-Bernardoooo... vem dormir, fica com a gente! 
Era sua mãe. Dando uma última olhada para  as águas agora mais escuras, pegou a folha do bloquinho que deixara na cadeira e foi encontrar a mulher, que tinha uma expressão preocupada no rosto. 
 Sem protestar, entrou em sua cabine, deu boa-noite aos pais, deixou que apagassem a luz e escondeu-se sob o cobertor, para poder ouvir a voz de sua amiga antes de tentar dormir. 
Um áudio simples, em que ela exaltava a amizade dos dois e prometia a Bernardo que ele poderia contar com ela sempre, sempre que precisasse. 
"Obrigado", ele enviou. "Você me entende melhor que qualquer pessoa neste mundo. E se, ou quando, eu voltar, faremos aquele passeio que vivo te prometendo. Pode me cobrar". 
Voltou a pensar no seu violão e na viagem que ele estaria fazendo, ao sabor das ondas, deixando Bernardo sozinho. Pensou sobre o inferno que sentia passar, sobre suas amizades, os tratamentos que ficaram incompletos. Era menor de idade, mas precisava se impor de alguma forma, estava sendo arrastado pelos pais para algo que não queria fazer. Com o brilho da tela do celular, encontrou no chão a folha que havia rasgado de seu bloco.  Silenciosamente, colocou-a sobre o criado mudo que estava ao lado da cama de seus pais. Talvez, só talvez, isso os ajudasse a perceber que algo estava errado naquela viagem maluca que eles organizaram, sem sequer revelar a ele o roteiro. 
De olhos abertos,virado para cima, um último pensamento chegou a Bernardo antes que o cansaço o vencesse: algum dia aquilo teria fim? 




(Quando comecei este conto, a ideia era a personagem seguir o destino do violão.. mas acabei amolecendo e fiquei com pena de matar Bernardo. Preferi deixar o questionamento, mostrando a angústia que as pessoas que tem depressão passam e o sofrimento de imaginar se algum dia este inferno terá fim. ) 



Depressão não é frescura. 
Depressão nem sempre tem um motivo forte ou é fruto de trauma. 
Depressão É DOENÇA. E precisa de tratamento. 
Depressão mata, e preconceito também. 
Depressão não é apenas tristeza, esqueça os estereótipos. 



23 de mai. de 2018

Crônicas Cotidianas: a professora, o tecnólogo e a "ceifinha"


Sábado, dia de cortar a grama e limpar o quintal, pois é o único dia em que a professora tem tempo de fazer isto. Trabalhar quarenta horas semanais e organizar a casa no tempo que sobra -além de escrever, passar tempo com o marido tecnólogo, regar o jardim, verificar a horta, programar aulas e outros etcéteras implica em só um sábado ou dois por mês conseguir aparar o bendito gramado. 
A luta começa. Verificando o fio da ceifadora, calçar as botas que apesar de protegerem muito bem os pés deixa os dedões doendo ao final do embate, procurar o óculos de proteção por ter receio de alguma coisa voar - "imagina se pega no olho!" - conectar duas e até três extensões para não ficar trocando de tomada cada vez que se vai mais longe. 
Passar a ceifinha no quintal implica também em despertar a ira dos pernilongos e maruins, e nem colocar um par de calças salva as pernas do ataque destes insetos hematófagos. Às vezes um sapinho ou rã salta assustado assim que a máquina é posta em operação. E às vezes algumas plantinhas que não deveriam ser ceifadas o são por acidente. Mas faz parte. Como também faz parte tomar um cuidado quase paranóico para evitar que se corte o próprio fio elétrico da ceifadora por engano. 
Poderia ser uma roçadeira, mas é uma ceifadora. Bem mais simples e leve, porém com o inconveniente de volta e meia o fio quebrar e a professora ter de desligar a máquina e arrumar o carretel novamente. 
O tecnólogo aparece e pede para usar um pouco a máquina, ele se diverte fazendo isso. Em poucos minutos tudo está aparado,as pernas já estão cheias de picadas e o suor se faz presente. Aproveitando a situação, eis que a máquina de cortar grama já aparece em cena, para deixar o gramado na frente da casa bem cuidado. Os canteiros com flores vão sendo limpos e a grama vai abaixando, enquanto o sol fica a pino. Um banho depois, um almoço preparado e os serviços domésticos que vão ficando para a tarde...depois de assistir alguns episódios de The Big Bang Theory porque ninguém é de ferro. 


Gostaram desta maluquice? Estou começando uma nova série de crônicas cotidianas, que podem ser ou não baseadas em fatos reais - não vou contar quando é real ou não, ahahah! 

Abraços, beijos e até sexta-feira! 

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 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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