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3 de set. de 2020

Resenha: Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybylla

Quem me acompanha sabe que a Sybylla  é autora de um dos meus blogs preferidos, o Momentum Saga. Além de ter proposto este desafio literário,ela também escreve, e muito! Ao final desta postagem, deixei um link para seu blog e sua página na Amazon!

Pois bem, vamos à resenha!


Livro: Deixe as Estrelas Falarem (Amaterasu, Livro1)

Editora:Dame Blanche
Ano:2017
133 páginas 

 
" Não se pode afastar o marinheiro muito tempo do mar, nem eu de minha nave". Com esta frase a capitã Rosa Okonedo, do cargueiro independente Amaterasu, resume sua ansiedade em voltar à ativa, depois de um ano e três meses em Aspásia, planeta em que sua filha Maisa vive e trabalha.Depois deste período em que precisou ficar com sua filha nos momentos finais da gravidez dela e ajudando a cuidar da neta, Zoe, chegou a hora de voltar à sua amada nave. Ela ama sua filha mas sente que se não voltar à sua nave, acabará enlouquecendo, mesmo se sentindo culpada em se despedir. 
 
 A história começa com esta despedida,e  logo vemos Rosa embarcando para poder voltar à sua tripulação e sua rotina. Durante estes primeiros capítulos, a autora habilmente nos conduz e nos familiariza  com  a realidade deste tempo: expectativa de vida alta por conta de vacinação com aprimoramentos genéticos,(a capitã mesmo conta estar com 90 anos e ainda nem chegou à metade de sua vida útil para o trabalho) viagens inter espaciais com grande velocidade... Porém, nem tudo é perfeito. Neste mundo criado por Sybylla, a tecnologia e a ciência não solucionaram magicamente todos os problemas da humanidade: ainda existe a irritante burocracia, roubos, tráfico, estupro (em lugares afastados, e com a vítima tendo todo o amparo legal necessário) e no contexto em que a história ocorre, o temor de um ataque terrorista. 

 Assim que retorna à Amaterasu, Rosa encontra sua tripulação disponível e também ansiando por voltar à rotina. Porém,  há um problema: como acabaram de voltar à ativa, as cargas que conseguiram  não serão o suficiente para que o pagamento por elas garantam a manutenção da nave e pagamento dos tripulantes.
 
É nesta situação que Rosa recebe uma proposta arriscada:  levar uma carga desconhecida, indo para uma região do espaço muito distante, pelo valor que ela quiser - um contrabando. 
 
 Depois de pesar os riscos, Rosa acaba aceitando. Após explicar a situação aos tripulantes que apesar de relutar um pouco concordam com o arranjo, a viagem inicia com a promessa de ser um serviço rápido: buscar a carga, receber coordenadas para entrega e pronto... Porém logo após a carga ser embarcada, a tripulação começa a ter experiências perturbadoras, o que os leva a se questionarem, relembrar escolhas feitas e ficarem cada vez mais curiosos sobre o conteúdo da carga e as implicações que surgem após descobrirem o que há no conteiner. 


Deixe as estrelas falarem tem ingredientes comuns a muitos enredos de ficção científica: tecnologias avançadas, indagações filosóficas, preocupação com ética e bem-estar, lembrando muito as premissas de Star Trek e as regras da Federação dos Planetas Unidos, com algumas exceções interessantes, como por exemplo a proibição de androides e robôs serem demasiadamente humanizados. Os personagens são bem construídos, o que se nota quando um pouco da história de cada um nos é desvelada. A narrativa flui rapidamente. Esta obra tem uma continuação, chamada Por Uma Vida Menos Ordinária, que comecei a ler hoje - e que pretendo resenhar assim que terminar a leitura. Sou suspeita para falar sobre a obra levando em conta o quanto gosto dos textos da autora e de ficção científica.. Mas sim, recomendo a leitura! 

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Lady Sybylla é escritora, geóloga, professora e mestra em Paleontologia. Escreve diariamente em seu blog, Momentum Saga, e tem vários livros publicados. 

Links: 

 
 
 


Esta postagem faz parte do Desafio Literário 2020 proposto pela Sybylla, do blog Momentum Saga
 

Outras postagens deste desafio: 
(Um livro que eu deveria ter lido em 2019) 
(Um livro fora da minha zona de conforto)
(um livro que comprei pela capa) 
4) Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybyla
(um livro que se passa em outro planeta/lua) 
 

15 de jun. de 2020

Resenha: A Garota do Lago, de Charlie Donlea


"Sem inimigos nem suspeitos. Apenas uma pessoa cheia de planos que estava viva num dia e, no outro,é encontrada morta". (sinopse na capa do livro)



Livro: A Garota do Lago ( Original: Summit Lake)
Autor: Charlie Donlea
Tradução: Carlos David Szlak
Editora: Faro Editorial
Ano de lançamento: 2016 (pela Faro Editorial aqui no Brasil, 2019).




Descrição: a imagem mostra a capa do livro A Garota do Lago. É uma garota, de olhos fechados e maquiados, cabelos escuros (por conta da imagem, pois a garota assassinada é descrita como loira no livro), envolta em uma mortalha, porém com o rosto descoberto. A imagem está com um filtro azulado. No topo da capa, vê-se em letras maiúsculas vermelhas o nome do autor. À frente do rosto da garota, ocupando o espaço central em letras maiúsculas brancas com transparência, o título do livro. Abaixo, em letras minúsculas, a sinopse: "Sem inimigos nem suspeitas. Apenas uma pessoa cheia de planos que estava viva num dia e, no outro, é encontrada morta". E logo abaixo o logo da Editora Faro Editorial.




         A Garota do Lago é um romance policial/thriller psicológico, que conta a história de uma investigação sobre o assassinato de uma jovem, filha de um poderoso advogado em uma pequena cidade entre montanhas chamada Summit Lake. Becca Eckersley, a garota assassinada de forma brutal, era uma estudante de pós-graduação em  Direito que estava sozinha na casa dos pais na ocasião de sua morte, pois havia tirado alguns dias para relaxar e estudar.
Becca era conhecida por ser uma garota discreta e estudiosa, e ninguém saberia dizer se poderia ter inimigos. Por isso o crime choca a população desta cidadezinha, e como é um daqueles locais em que todo mundo conhece todo mundo, cada habitante tem uma opinião sobre o assunto... Mas ninguém consegue imaginar quem poderia ter feito isso.

    Duas semanas após seu assassinato, a repórter Kelsey Castle, da revista Events, é recrutada por seu chefe para viajar até esta cidade e tentar descobrir o máximo possível sobre este crime, pois o pai da jovem, usando de sua influência, fez o possível para manter a investigação sob sigilo. Além disso, a polícia local foi afastada das investigações.

    O livro divide-se entre as personagens principais Kelsey e Becca, revezando os capítulos entre as suas histórias. Os capítulos sobre Becca são datados desde um ano e dois meses antes de sua morte, até o dia do evento. Kelsey, por sua vez, tem sua história de investigação contada duas semanas após a morte de Becca e sua investigação é contada em dias desde sua chegada a Summit Lake.


       Conforme a história se desenrola, vamos conhecendo mais detalhes sobre a vida e os relacionamentos de Becca, inclusive acontecimentos e circunstâncias dos quais ela guardava segredo para seus pais e pessoas conhecidas de Summit Lake.

        O autor toma cuidado para não rotular as personagens, explicita os pontos de vista delas sem julgamentos, deixando aos leitores este trabalho. Também conduz a história de forma a que os leitores, tentando descobrir quem foi o assassino, cheguem a conclusões errôneas, que são postas por terra nos capítulos seguintes.

   Kelsey e Becca tem algo em comum: ambas foram vítimas de estupro,atacadas de repente e sem chance de defesa. Este ponto em comum faz Kelsey ficar mais obstinada em descobrir como e porque Becca foi assassinada.
Aqui, uma opinião pessoal: Uma pena que a trama tenha envolvido estupro no assassinato e na motivação para a Kelsey procurar a resolução deste mistério com mais afinco.Já faz tempo que está cansativo o fato de escritores lançarem mão do estupro em narrativas de crimes ou como algo traumático na vida de protagonistas mulheres,sério.

        O modo como Kelsey lida com o estupro que sofreu é tentar seguir em frente sem fazer drama, e novamente o autor não julga. Como já comentei antes, algo que chamou a atenção na narrativa foi isto, Donlea descreve as personagens e suas atitudes sem julgamentos, mostra como elas são,suas qualidades, defeitos, problemas e deixa as conclusões por conta de quem está lendo.
  

        A história envolve. Tem os elementos esperados de um romance policial, embora para mim, particularmente, o final tenha sido um pouco decepcionante (mas reforço,  isso é opinião minha). Além disso, alguns personagens poderiam ter sido melhor aproveitados, com histórias um pouco mais aprofundadas - até mesmo Kelsey. Mas é preciso levar em conta que algumas falhas de enredo podem ser devido a este ser o romance de estreia de Donlea.

   Quando vi a capa e a sinopse do livro, imaginei que fosse algo semelhante a Twin Peaks, mas a semelhança acabou ali. Li o livro inteiro em questão de horas, pois o enredo estava intrigante e a forma de distribuir os capítulos revezando entre as protagonistas foi envolvente, além dos desdobramentos que a história vinha trazendo.
Para quem gosta de romances policiais/psicológicos, recomendo a leitura.

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Charlie Donlea é um autor atualmente proclamado, cujos livros já foram publicados em mais de 20 países. Nasceu e cresceu em Chicago onde vive com a mulher e dois filhos. A Garota do Lago é seu romance de estreia.


Carlos David Szlak , tradutor, já traduziu muitos livros, além dos escritos por Charlie Donlea,como: Tudo Bem Não Alcançar a cama no Primeiro Salto, Em Busca da Hospitalidade, Entendendo Michael Porter e outros.



13 de jan. de 2020

Resenha: Fábula de Viagem no Tempo por Amélia, a Gata, de Hugo Dalmon


FÁBULA DE VIAGEM NO TEMPO: POR AMÉLIA, A GATA.
Autor: Hugo Dalmon 
Editora: Multifoco
Ano: 2017



 Descrição: a imagem da capa do livro mostra em primeiro plano um desenho de uma gata,em tons de marrom e cinza, de olhos bem abertos e orelhas eretas. A capa do livro é um fundo com tons azuis mesclados com tons de marrom. Na parte superior da capa lê-se dentro de uma faixa azul médio o título do livro: Fábula de viagem no tempo: por Amélia, a gata. Logo abaixo, o nome do autor: Hugo Dalmon.  No canto inferior esquerdo, dentro de um retângulo arredondado branco, pode-se ler: Dimensões Ficção.



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Embora  essa história tenha como
base principal uma floricultura, um terraço com
jardim de margaridas e o   quarto de um jovem
adulto de classe média,  na verdade, ela tem um
universo fervendo, ali.
(Amélia, a gata, já mostrando a que veio no início da história) 

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Amélia é uma gata que passa os dias preguiçosamente na floricultura Abelha Rainha, de seu humano Oz. Quando não está trabalhando, Oz passa as horas jogando ou conversado online. 
 Logo no princípio do livro Amélia não deixa dúvidas sobre seu protagonismo na história, explicando que os gatos na realidade são fruto de uma civilização avançada cuja espécie (superior aos humanos, claro)  veio parar por acidente na Terra, e que graças a um filtro de realidade, os humanos pensam que os adotaram. Mas na verdade, segundo Amélia, os gatos é que adotaram seus humanos.


   A vida vai seguindo mansa e sem grandes percalços, assim como a relação entre Amélia e seu humano, até o dia em que uma moça chamada Glória entra em contato com Oz, dizendo ser importantíssimo que ele viaje até o ano de 1998 para ajudá-la. Para tal, Oz deve encontrar um colar enterrado no terraço da floricultura, cujo pingente em formato de abelha é o responsável por possibilitar esta viagem.


Mesmo achando tudo muito estranho, a curiosidade vence. Oz e Amélia desenterram o pingente que, assim como disse Glória, estava enterrado no canteiro de margaridas no terraço da floricultura. Após tê-lo desenterrado com auxílio de Amélia, Oz resolve experimentá-lo. Amélia está com suas patas sobre os pés de seu dono e por isso acaba viajando junto com ele.

    Sem precisar do corpo físico para viajar, as consciências de Amélia e Oz ocupam corpos diferentes em cada viagem, com isso aprendendo lições valiosas. As pessoas e locais em cada tempo para o qual viajam possuem nomes de flores, remetendo ao arquétipo da abelha, que voa de flor em flor e de cada uma retira algo que lhe acrescenta.
Através da experiência de habitar corpos humanos diferentes e em épocas diferentes, Amélia e Oz precisam viajar para o tempo solicitado por Glória, o que não parece ser fácil: toda vez que experimentam o artefato acabam viajando para outras épocas. Por conta disto, Amélia e Oz precisam várias vezes se reencontrar, desfazer equívocos e ainda lidar com sentimentos e sensações que não são deles. 



Mais que o objetivo final da viagem no tempo, o livro foca em viagens pela consciência, colocando os personagens literalmente na pele de outras pessoas.

A história, narrada pelo ponto de vista da gata, começa um pouco tímida no primeiro capítulo, como se o escritor, ou Amélia – prefiro acreditar que é a gata –estivesse tateando o terreno. Mas assim que o primeiro conflito surge, vemos as quatro patas, ou dois pés, bem fincados na história, que segue de forma tão fluida que as 154 páginas acabam sendo lidas sem pausas. 



    A narrativa de Amélia corre de forma a mostrar bem a mistura entre a confusão de não mais habitar o corpo de uma gata nestas viagens, o sentimento de lealdade que mantém com Oz, escolhas que precisam ser feitas e a certeza de que deve ajudar seu dono a cumprir a missão que lhe foi confiada com muita ênfase por Glória, mesmo não compreendendo exatamente o porquê é tão importante ir para 1998.



O e-book que tenho foi cedido pelo autor já faz um bom tempo e estava em minha lista de leituras que não era lá muito pequena, por isso foi somente nestas férias que consegui ler com a dedicação necessária.

A história consegue prender até o final e as pontas soltas se fecham muito bem. 

Leitura recomendadíssima! 



Hugo Dalmon, formado em Letras em 2011, professor de Língua Portuguesa. Escreveu durante alguns anos em seu blog, Espaço Zero. Atualmente escreve seus textos em outro blog, o D'AUMON


É  autor dos livros Babilônia Encantada, Quero me Lembrar de você, Amy Winehouse e de contos como A Abnegada, O Livro que Amou Celeste e do conto ilustrado A Mulher que Quase salvou o Mundo. Costuma contemplar a temática LGBTQ+ em suas obras, escritas com um tom bem humorado.



Imagem: foto do autor.Ele usa uma camiseta branca com estampas pequenas de gatos e rosquinhas por toda a camiseta. Seu corpo está de perfil, porém olha para a frente. Possui cabelos curtos e pretos, bigode e uma barba farta porém não comprida. Está usando um brinco pequeno e azul. 


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Para saber mais:



  
(no site ele disponibiliza seus e-books gratuitamente) 










7 de jan. de 2020

Resenha: Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe

Olá!



Iniciando um novo Desafio Literário! O livro abaixo preenche dois requisitos:  um livro traduzido por mulher ( que eu não resenhei em 2019) e obviamente um livro que eu deveria ter lido em 2019. (mais detalhes dos temas no blog da Sybylla)



Agora que já iniciei a postagem com meu costumeiro parágrafo/papo furado/introdução, vamos ao post!



Imagem:  Gato, de Andy Warhol, 1976


Livro: Histórias Extraordinárias

Autor: Edgar Allan Poe



Tradução e adaptação:  Clarice Lispector

Editora: Ediouro

Ano desta edição: 2005

161  páginas




Descrição: A imagem acima mostra o rosto de um gato preto, com manchas brancas abaixo da orelha direita, na testa se dirigindo para o nariz e em uma das "bochechas". Acima da cabeça do gato, está escrito "Edgar Allan Poe", e abaixo: " Tradução e Adaptação: Clarice Lispector". O título do livro, "Histórias Extraordinárias", encontra-se logo abaixo do olho direito do gato. 


Poeta e contista, Poe é considerado por muitos o precursor da literatura policial ao inventar a figura do detetive. Mas ele é reconhecido mundialmente por seus contos de terror, que até hoje inspiram outros escritores e produtores de cinema. 

"Histórias Extraordinárias" já teve muitas edições, diferentes tradutores e editoras. A capa do exemplar acima é o que tenho em casa, publicado pela Ediouro em 2005 e que comprei no site Estante Virtual. Segundo a editora, os 18 contos desta edição foram selecionados e reescritos por Clarice Lispector, uma das maiores escritoras deste país. 

O livro inicia-se com um pequeno comentário de Charles Baudelaire, amigo de Poe: 

" Tinha muito a dizer. O vasto saber, o conhecimento de várias línguas, os sólidos estudos, as ideias colhidas em diversas viagens por outros países faziam de sua palavra um ensinamento incomparável" ( pg 7) 

Cena do conto "Ligéia", por Wogel, 1875



 Descrição da imagem:  a cena acima mostra uma mulher,magra e aparentemente debilitada envolta em um lençol. Apenas sua face está descoberta.Ela está de olhos fechados, sentada em uma cama com cortinas semiabertas. Ao lado da cama, vê-se um homem de costas chegando perto Ele tem cabelos escuros, é alto e magro e está vestindo roupas compridas. É possível ver suas mãos e parte do rosto. O quarto está escuro, apenas uma vela em um dos cantos proporciona uma luz fraca.



A atmosfera destes 18 contos tem certo teor autobiográfico,já que Poe teve uma vida desregrada na juventude e, anos depois entregou-se ao álcool após a morte de sua esposa. Ruína financeira e moral, perda de entes queridos, estilo de vida dissoluto aparecem em vários destes contos. Esse teor autobiográfico aparece em trechos como “ Depois de adquirir o vício, mudei minha maneira de agir, de pensar, de ser” que aparece logo no primeiro conto, O Gato Preto.  O conto “Ligéia”, no qual o narrador expressa a intensidade do amor que tinha pela esposa falecida, também traça paralelos interessantes com a vida de Poe.


Os contos deste livro são perturbadores para quem ainda não tem contato com a escrita deste autor (o que era meu caso, nunca havia lido nada dele), e a escolha de Clarice Lispector para 
traduzir estes contos foi bem acertada quando levamos em conta seu estilo de escrita.
“O Gato Preto” já começa metendo os pés no peito, com a narrativa do homem que vai ficando cada vez mais violento por conta do vício em álcool e acaba arruinando sua vida.  Em “O caso do Valdemar”, experiências com hipnose e “processo magnético” resultam em um macabro prolongamento da agonia de um moribundo.
Outro conto fascinante é “Manuscrito encontrado em uma garrafa”, com detalhes de uma viagem quase sem querer em um navio intrigante. "O Barril de Amontilado" é um conto de vingança feita de forma fria, que nos deixa até estarrecidos. 

Além destes citados, cada conto tem sua dose certa de suspense, terror e experiências sobrenaturais, sendo este livro uma boa amostra da escrita de Edgar Allan Poe.
Esta coletânea de contos é interessante para quem ainda não teve contato com a obra do autor, ou que teve contato apenas com seus poemas. 

E você, já conhecia o autor e/ou alguma de suas obras? 
E Clarice Lispector, conhece? 
Deixe seu comentário e vamos interagir! 

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Edgar Allan Poe 

Imagem: busto de Edgar Allan Poe. 



Nascido em Boston, em 1809, foi um poeta muito conhecido, sendo “O Corvo” um dos poemas mais traduzidos no mundo. Seus contos de terror são referência para muitos escritores e roteiristas. Faleceu em 1849.





Clarice Lispector  

Imagem: Clarice Lispector sentada em uma poltrona


Nascida na Ucrânia,em data incerta, vinda ao Brasil ainda na infância. Clarice é famosa pela sua escrita intimista, ou seja, focada nas sensações dos personagens em detrimento de enredo. Faleceu em 1977.





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Algumas sugestões de onde encontrar o livro: 



Esta postagem faz parte do Desafio Literário 2020 proposto pela Sybylla, do blog Momentum Saga




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 Bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem?  Chegando mais uma edição da nossa blogagem coletiva semanal!  Quem tem cantinho (ou até mesmo qua...

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