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12 de jul. de 2016

Desafio Literário 2016 - Um livro que já li

Boa noite, estamos aqui para a edição de julho do #DesafioMS2016! 

Quando vi este título, pensei caramba, mas com exceção de "Os Bruzundangas", que ainda não terminei, todos os livros que resenhei até agora eu já li.. Mas enfim, hoje apresento-vos um clássico, que já li muitas vezes: 




O livro, lançado na França em 1943, começa com o autor contando sobre um fato da infância que o fez "enterrar" suas fantasias, quando as pessoas adultas ao redor não compreendiam seus desenhos. 

"Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Responderam-ne: “Por que é que um chapéu faria medo”? Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. (...)
As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia,à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor." 

Desistindo de desenhar "jiboias comendo elefantes", ele cresce e torna-se um piloto de aviões, porém sem deixar de considerar algumas coisas do mundo adulto absurdas, como o excessivo apego a valores (leia-se dinheiro) em detrimento às qualidades que realmente importam nas pessoas. 

Elas [as pessoas grandes] adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. […] Mas perguntam: Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente assim é que elas julgam conhecê-lo.”
 Em uma de suas viagens pilotando sozinho seu avião, uma pane ocorre e o aviador é forçado a pousar no deserto, quando encontra o personagem que dá nome ao livro:
“Imaginem então minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:
- Por favor..desenha-me um carneiro...

Atônito, ele replica que não sabe desenhar, e quando mostra o desenho “número 1”, da jiboia, surpreende-se pelo fato do menino reconhecê-lo.
O piloto também fica impressionado pelo fato de tentar descobrir sobre a origem, a história do pequeno príncipe, porém “O principezinho, que me fazia milhares de perguntas, não parecia sequer escutar as minhas”. Aos poucos, ouvindo com atenção  palavras pronunciadas ao acaso, é que o piloto vai descobrindo sobre o pequeno príncipe. Assim descobre que ele vem de um outro planeta, que presume ser um asteróide e que fugiu de lá depois de entrar em conflito com um ser - uma flor - que amava muito. 

O sentimento de impotência  ao ver alguém chorar, ao tentar descobrir um jeito de consolar quem está sofrendo, também transparece

“Havia uma estrela, um planeta,um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o (...) Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. (...) É tão misterioso, o país das lágrimas”! 

O pequeno príncipe vai narrando ao piloto as viagens que fez por vários planetas, levando a criança que lê sua história a divertir-se e os adultos a refletirem, pois os vários planetas pelo qual passa tem habitantes com comportamentos dos mais variados. Até que enfim, chega à terra e tem seu primeiro encontro com a serpente.Enquanto vaga pelo deserto à procura dos homens, dá-se conta de sua pequenez diante do universo, e faz amizade com uma raposa, à qual cativa, vindo desta passagem diálogos que são considerados os mais belos deste clássico.

Enfim... O livro é encantador, com lições para todas as idades. Super recomendo! Principalmente para que as pessoas se lembrem que "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças (mas poucas se lembram disso)". 



Curiosidades:


  • Um filme musical intitulado The Little Prince foi feito baseado no livro e lançado em 1974.
  • Na década de 80 foi lançada uma série de desenhos animados chamada As Aventuras do Pequeno Príncipe
  • Em 2015, foi lançada uma animação cinematográfica adaptada do livro, utilizando técnicas de computação gráfica e stop-motion.
  • No teatro entrou em cartaz em 2016 uma versão do livro adaptada e dirigida por Tony Giusti;  sua primeira temporada estreou no Top Teatro, no bairro da Bela Vista em São Paulo-SP.
  • O livro já foi traduzido para cerca de 233 idiomas! 



Para saber mais:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Petit_Prince

http://www.cirac.org/Principe/Start-pt.htm

Até mais, pessoal! 

4 comentários:

  1. Que lindo Marina esta sua participação trazendo o Pequeno Príncipe, que também já li varias vezes em minhas fases de vida e cada vez mais gosto mais dele.
    Ótima sua participação.
    Meu terno abraço.

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  2. Acredita que ainda não li essa obra? Pois é estou para receber um livro desse do sorteio que ganhei no Insta.

    bjokas =)

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  3. Li esse mês! Comprei na bienal de MG a nova edição com ilustras originais e curti muito!

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  4. Olá, Mary...
    ficou muito boa a resenha...gosto do “Pequeno Príncipe”, por acertar a medida , de nos tocar sentimentalmente e de nos fazer refletir, "com lições para todas as idades"... nem sei quantas vezes já tinha lido,porém, ao assistir o filme,resolvi reler e somente aí comecei a perceber que apesar da linguagem delicada,das mensagens simples, as representações de tipos humanos são extremamente reais, com figuras de linguagem para diversas situações que todo mundo já passou..."O sentimento de impotência ao ver alguém chorar, ao tentar descobrir um jeito de consolar quem está sofrendo."
    "Todas as pessoas grandes foram um dia crianças... Mas poucas se lembram disso!", quando vamos para nossa vida adulta, já aprendemos isso e aquilo, temos alguns valores e crenças frutos de nossa interação social,adquirimos uma série de hábitos, mas, deixamos de acreditar que tudo é possível,tanto o limitador , tanto a complicação, tanta a preocupação com o ter, " o excessivo apego a valores" e a segurança ...algo que como crianças, fatores que limitam e que bloqueiam não faz muito sentido, tudo são muito mais fáceis e simples e simplesmente, tudo é possível!...
    Os Bruzundangas,ainda não li, mas, é possível que leia!
    Obrigado pelo carinho,feliz finde,belos dias,beijos!

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