Aqui uma hora a coisa vai, outra hora a gente tem de empurrar, mas sempre em frente!
Enquanto escrevo isso o dia está amanhecendo e os passarinhos saúdam o novo dia, está delicioso de ouvir.
Uma coisa fascinante é a capacidade que nós temos de, através da Arte, reinterpretar e ressaltar a beleza do mundo, da natureza que nos preza. Um viva aos artistas!
Descrição: a imagem mostra uma paleta de pintura. Há cores quentes e frias: amarela, laranja, vermelha, branca, azul em vários tons, preto, com as marcas de pincéis mostrando que a paleta está ou esteve sendo utilizada. Há cinco pincéis com espessuras diferentes apoiados no lugar onde o pintor apoiará seu dedo, com parte dos cabos deixando a paleta levemente levantada.
Falta de inspiração (é, acontece) e tempo meio corrido me fizeram sentar agora, nesta hora para finalmente poder escrever!
Em primeiro lugar, quero agradecer a todas as pessoas que, tanto aqui no blog quanto nas redes sociais, passaram para deixar felicitações pelo aniversário que foi esta semana. No meio de tanta loucura que tem sido estes últimos tempo, foi um dia feliz em que me permiti sentir o carinho de tantas pessoas ao meu redor, presencial ou virtualmente.
Obrigada, povo!
Agora, a imagem desta semana, nesta sexta-feira treze que muitas pessoas ainda temem em pleno 2021!
Imagem obtida no site SRDZ
Descrição: a imagem mostra, do nariz para cima, a face de um gato negro, com olhos amarelos e arregalados e orelhas em pé, em posição de alerta, aparecendo por trás de um pedaço de madeira, possivelmente de um banco ou parapeito.
(Gente, eu nunca expliquei direito, a descrição que faço das imagens é uma tentativa de deixar o blog um pouco mais acessível aos deficientes visuais. Inclusive gostaria que alguém que faz uso destas descrições comentasse no que devo melhorar. Abraços!)
Ei! Você aí! Por que tem medo de mim? O que tem a cor do meu pelo a ver com hoje? Humano, você é estranho!
Espero que a sexta-feira tenha começado bem para vocês!
Mais uma semana se passou, e aqui estamos para mais uma edição da nossa tradicional blogagem coletiva!
Vamos ver qual a imagem desta semana?
Imagem de minha autoria
Descrição: a imagem mostra um pequeno pé de abacate, fotografado de cima. A imagem quase toda está embaçada, podendo-se ver em primeiro plano uma folha com uma gotícula de água prestes a cair em sua ponta, denotando que acabou de chover.
A chuva na dose certa traz vida, alegria, promessas e expectativas.
Boa noite de sexta-feira! Depois de passar o dia descongelando mãos, pernas e dedos quando dava para ir ao sol, aqui estamos em uma noite geladinha com o corpitcho enroladinho nas cobertas. Agora que finalmente estamos descansados, que bom poder parar para escrever um pouquinho!
Mais uma semana já se passou e antes que esta noite termine, vamos à imagem da nossa BC?
Descrição: a imagem mostra um barco a vela navegando, do qual não se veem muitos detalhes por estar em frente ao sol. Podem-se divisar o vulto de duas pessoas nele. Toda a cena está em um tom amarelado, proporcionado pelo sol. Ao fundo vêm-se algumas elevações de terra.
O sol dá o tom da cena, o som da água dita o ritmo, o tom do instante mira o infinito.
Quando estava no segundo grau, que hoje em dia se chama Ensino Médio, um texto chamou-me a atenção, impressionando de tal forma minha cabeça adolescente que anotei-o no meu caderno de rascunhos:
"Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E já não podemos dizer nada."
Ainda lembro do livro onde li este trecho, da impressão que me causou e de como essas palavras ecoam em minha mente desde então, quase vinte e cinco anos depois.
Sempre o achei tão contundente, e ele também me lembrava muito a escrita de Bertolt Brecht:
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
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Os dois textos se relacionam muito quando notamos que deixamos de nos solidarizar, de sentir as dores de nossos irmãos, de mostrar nossa indignação, nem sempre por conivência ou por falta de empatia e sim por medo. Medo da repressão, medo do julgamento, medo de ver ruir nossa pequena estrutura de paz e sossego tão instável.
Graças à internet, encontrei o restante do texto daquele trecho que tanto me marcou. É um poema de autoria de Eduardo Alves da Costa, o qual deixo abaixo:
NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI
Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!
Queria destacar alguns trechos, mas acabaria destacando o poema inteiro!
O que podemos fazer para não ficar "sem dizer nada" e por temor, nos calarmos enquanto esperamos inutilmente a democracia aparecer no balcão?
Cansei de passar tantos anos na escola e na faculdade ouvindo que "um outro mundo é possível", tantas trocas de ideias e até agora parece que nem um centímetro deste outro mundo possível chegou perto da gente. Tem dias que a gente acaba torcendo para que o que chegue mais perto seja o meteoro de uma vez, pois a impressão é de que estamos vivendo presos dentro do clipe de Do The Evolution, do Pearl Jam.
Mas nós, pequenos seres humanos vivendo no pequeno ponto azul no imenso espaço, também temos representantes de nossa espécie que "possui a estranha mania de ter fé na vida" e por isso mesmo nos piores momentos não conseguimos, e não queremos, desistir de vez. Precisamos manter nossa alma "armada e apontada para a cara do sossego", como dizia a música d'O Rappa, já que "paz sem voz não é paz, é medo". Afinal, "Qual a paz que eu não quero conservar pra tentar ser feliz?"
"Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre" (...)
é preciso ter manha É preciso ter graça É preciso ter sonho sempre Quem traz na pele essa marca Possui a estranha mania De ter fé na vida
(Gosto muito de ouvir música, cantar e às vezes tentar tocar. Já escrevi muitos textos baseados em canções de diferentes gêneros, e enquanto traçava o começo deste texto, foi inevitável pensar em algumas músicas. Abaixo, deixo as canções que me fizeram rascunhar este costurado de ideias)
Mais uma sexta-feira chegou, depois de uma semana geladinha aqui onde moro ( uma daquelas semanas em que se sai para trabalhar com duas calças, meia comprida, camadas de blusas, cachecol..enfim. O bom é que como a máscara é indispensável, ela ajuda a manter o rosto quentinho, ahahha). E por aí, como está?
Agora sim vou ter alguns dias para poder ler e escrever com mais calma, e finalmente visitar os blogs amigos com a atenção que merecem!
Gostei muito dos comentários que li nas últimas postagens! Enquanto for possível, nossas sextas-feiras continuarão com a nossa blogagem coletiva!
Descrição: a imagem mostra dois pares de fones de ouvido dos que se usam em celulares, na cor branca, sobre uma superfície escura. Os fones estão com os fios embaraçados.
Eu IA caminhar ouvindo música. Hoje não tenho paciência para desembaraçar estes cabos, portanto vou ouvir o som ao redor.
Bom dia! O sol já nasceu lá na fazendinha, acorda o bezerro e a vaquinha que já chegou a edição desta semana da #1Imagem140Caracteres, tentando manter um pouco de bom astral mesmo depois de mais de um ano de pandemia. #oremos. O pessoal aqui de casa está aguardando as datas para a segunda dose da vacina e torcendo para que nos próximos meses hajam mais motivos para sorrir!
Agora que alguns dias um pouco mais calmos se aproximam por conta do recesso escolar, vou visitar os blogs participantes da nossa BC!
Descrição: a imagem mostra muitos, muitos livros empilhados de forma desordenada no primeiro plano, e ao fundo da foto outros organizados em prateleiras. Possuem aparência de usados e antigos.
Muitas histórias já foram contadas e criadas aqui! Mas tudo na vida passa,e contaremos nossas histórias em outro lugar!