(ou “Ai, nossa...)”
escrito em 2005 (poutz, faz tempo!)
Festa é sempre festa. Pode ser festinha de amigo, de
firma, festa de Igreja, baile, festa das tradições do município, mas há um
ponto em comum a todas: pessoas que passam da conta na bebida.
Cantando,
cambaleando, quietos ou infernizando a vida dos incautos transeuntes, lá estão
eles. Não é difícil encontrar uma dessas criaturas, de olhos injetados e copo –
quando não é garrafa - na mão, assoviando, berrando para quem passa e, quando a
bebedeira atinge o ponto máximo, chamando o poste de meu amor.
E coitadas de
nós, do sexo nada frágil mas alvos preferidos desses carinhas! Além das
cantadas ridículas cheias de erros de português, tem o bafo. E não é porque a
gente dá bola não, é que a locomoção fica difícil num lugar apinhado de gente!
Tocando em
outro ponto agora: quem já não teve de levar algum amigo ou parente bêbado para
casa? Pior: bêbado chato? Sim, porque (fazendo um trocadilho agora) se o cara
de porre já é um "porre", o cara de porre e ainda por cima chato é invencível!
Já começa na
saída, quando, arrastado por três amigos (que realmente devem se importar com
ele!) se dá ao luxo de berrar: “estou sendo carregado em triunfo!” ou então
“gente, eu tô bem, não precisa!”. Aí se coloca o carinha dentro do carro. A
casa do infeliz fica láááá nos cafundós de não sei onde. E lá vão vocês,
levando o cara prá casa. A criatura passa o percurso inteiro cantando “eu não
sou cachorro não” e contando piadas politicamente incorretas, daquelas de almanaque xerocado.
Ou pior ainda: fica berrando “cuecão de côro, mano” prá todos os que passam na
estrada.
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Imagem tirada daqui |
Daí a pouco
ele volta. Falta ainda meio caminho para a casa dele. Algo deve ter ficado em
sua roupa e agora o carro fede. E ninguém tem sequer uma bala para curar o
bafo do cara!
Finalmente
vocês chegam na casa dele, ufa! Devidamente entregue, ele vai curar a ressaca.
E vocês vão para casa. Cansados. O dia seguinte é dia de trabalho. Ai.
Depois de alguns dias, vocês topam com ele. Após um breve cumprimento, vocês ainda têm de ouvir: “pois é, acho que exagerei um pouco”.
É isso aí.Depois de alguns dias, vocês topam com ele. Após um breve cumprimento, vocês ainda têm de ouvir: “pois é, acho que exagerei um pouco”.
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Agora, falando sério: ninguém precisa encher o corpo de álcool para curtir a vida.. se estás exagerando e tens consciência disso, abra o olho.. antes que seja tarde demais.