(escrito em alguma ocasião nas férias do ano passado)
Abro o editor
de texto. Meu livro, que eu queria terminado antes de 2015 acabar, está pela
metade. Vejo a data da última alteração do arquivo: 25 de novembro! Nossa, que
vergonha, é assim que eu trato o meu projeto de 2015? Não pensei que
fosse tão difícil terminar... Mentira, não pensei que eu fosse me esmerar tanto
na arte da procrastinação. Era para escrever um capítulo por mês, assim que o
ano terminasse o livro estaria pronto. Mas tive tantas ideias diferentes sobre
o que por, embora já estivesse com os capítulos determinados direitinho na
estrutura do arquivo.
Agora já é
sexta-feira, 04 de janeiro de 2016, e estou com o arquivo aberto na minha frente. E em
vez de escrever nele, abro outro arquivo em branco e estou aqui, divagando
enquanto escrevo estas linhas. Procrastinação, procrastinação, procrastinação.
Parabéns para mim, comecei bem. Igual ao ano passado. Depois fico sem
publicar o livro e não sei por que.
Estou cansada de tantos contos soltos, de
tantos fios sem meada, de tantos começos sem final. Estou cansada de ter tantos
fragmentos de histórias que nunca terminam, aprisionadas neste computador,
esperando inutilmente uma luz no fim do túnel,uma nova inspiração abrir a porta
para poderem continuar fluindo e encontrar seu caminho natural. Tantas
histórias presas, tantos parágrafos e frases soltas se amontoando, se
acumulando, sem ter para onde ir. Não pode ser saudável isso. E se estas
letras, palavras e frases soltas se perderem em algum bug inexplicável nesta
máquina que as armazena? E se estas histórias não tiverem um final, nunca
encontrarem uma conclusão?
E se... elas
tiverem sido feitas para não continuarem? Se o destino delas for este mesmo,
serem eternamente fragmentos? Retalhos de uma colcha que nunca serão costurados
e transformados em algo útil?
Quantas
histórias estarão aprisionadas em outros computadores, outros cadernos, blocos
de notas, rascunhos em blogs? Além do que é publicado por tantas pessoas pelo
mundo afora, além do que vemos em livros e sites... quantas e quantas
histórias, canções, poemas e lições estarão no mesmo estado que meus
fragmentos? Quantas outras pessoas estão passando pelo meu dilema, neste
momento, imaginando tantas palavras represadas e o que fazer para que seus
escritos continuem tendo vida?
Quantas
histórias invisíveis existem?
Que legal Mari e todos acredito temos histórias iniciadas, uma inspiração guardada esperando a hora...Se não chegar, azar,rs..Se perdeu. Tive uma experiência quando resolvi acabar com as publicações do sementinhas para crianças. Joguei fora, sem guardar nada mais de 4o delas prontas pra publicar, com imagem e tudo. Com um clique tudo se foi... E
ResponderExcluirdesapegar faz parte! bjs praianos,chica
Oi Mari
ResponderExcluirPor vezes nossas escritas ficam jogadas.
Mas continue a conquistar seu sonho.
bjokas =)