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13 de jan. de 2016

Maldita fitinha!















Chegou até a ponte, parou. O que estava querendo fazer mesmo? 
Droga! De que adiantava amarrar uma fitinha no dedo, como algumas pessoas ensinavam a fazer, se não lembrava depois o porquê de ter amarrado a bendita? Agora estava aí, pateticamente parado fora do carro, olhando do alto o rio que passava e tentando entender o significado da fita vermelha amarrada no indicador.

Ficou imaginando se seguisse essa dica realmente a sério: uma fita de cada cor para um compromisso. Iria ficar com mais fitas na mão que aquelas grades com fitas do Senhor do Bonfim. Imaginou-se dirigindo com pelo menos três fitas coloridas em cada dedo. Mas também era uma anta! Por que não anotava os compromissos no smartphone, que tinha calendário, agenda e mais não sei quantos aplicativos? Ainda estava aprendendo a usar este “telefone esperto”, presente de um primo. O chato era tocar naquela telinha e acabar abrindo o aplicativo que não queria, mas com calma conseguiria dar jeito. Ah, e também tinha aqueles papeizinhos amarelos, os post..post.. aquilo lá que tem um adesivinho que cola, óbvio que adesivo cola, senão não seria adesivo. Quem será que inventou isso? A família deve estar rindo á toa até hoje.

Mas isso não resolvia o problema, tinha de descobrir por que havia amarrado uma fita vermelha no dedo. Do que tinha de se lembrar mesmo? Poderia pendurar um papel na porta da geladeira, na próxima vez, se lembrasse de comprar ímãs. Será que a fita vermelha era para lembrar-se de comprar ímãs? Maldita memória, pensou, consigo lembrar uma piada que me contaram dez anos atrás e não lembro porque saí de casa há dez minutos.

Era para comprar almoço? Era alguma reunião? Deixe-me ver... não, não era para comprar nada.. imagine como seria minha cabeça se eu me drogasse, vivem dizendo que drogas afetam a memória... eu seria um vegetal... Riu sozinho de seus devaneios. Mas ainda não conseguia lembrar o que precisava fazer. O jeito era voltar para casa, uma vez ouviu dizer – disso se lembrava! – que quando se esquecesse de algo deveria voltar, o caminho de volta ajudaria.

Chegou de volta a casa, mas ainda não conseguia ter ideia do que o fizera sair.
- Maldita fitinha vermelha que não serve para nada!
Quando tirou a fita, viu.
Era um corte no dedo.
Havia colocado uma fita no corte, pois não havia curativo em casa. Simples assim. De qualquer forma, era bom sair para comprar um curativo decente.


Chegou até a ponte, parou. O que estava querendo fazer mesmo?

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