"Um dia minha vida ainda vai ser tudo o que eu posto no Instagram... Um dia ela vai ser"! (frase na contracapa do livro)
Livro: Minha Vida Não Tão Perfeita
Autora: Sophie Kinsella
Tradução: Carolina Caires Coelho
Editora: Record - 9ª Edição
Descrição: a imagem mostra a capa do livro. No canto superior esquerdo, a imagem de uma moça branca, de cabelos lisos, com uma tiara fina azul nos cabelos, com uma franja um pouco bagunçada. Seus cabelos são castanhos, seus olhos escuros e expressão tristonha. Ela está usando uma regata amarela com três botões cinzas e braços caídos ao longo do corpo. A ilustração mostra apenas a parte superior do corpo, acima do peito. Acima da sua cabeça, uma nuvem cinza chovendo. Ao lado desta pequena ilustração, a frase escrita em azul celeste, entre aspas: "Chorei de tanto rir. Amei". A autora da frase é Jojo Moyes, escritora, cujo nome está escrito em letras maiúsculas em cor-de-rosa forte (pink). No canto superior direito, a logo da Editora Record.
Abaixo da ilustração da moça, o título em letras minúsculas: minha vida não tão perfeita, sendo que as palavras "não tão" estão em outra cor, um tom forte de rosa e passando por cima da palavra "perfeita". O restante do título está em azul celeste.
Logo abaixo, centralizado e em um tom marrom-claro em letras maiúculas, pode-se ler "da autora best-seller", e logo abaixo em letras maiores e minúsculas, o nome da autora: Sophie Kinsella. A capa do livro é de um tom salmão.
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Katie Brenner divide um apartamento pequeno com duas pessoas com as quais não tem sintonia nenhuma. Mora longe do trabalho, tendo de acordar muito cedo e pegar dois metrôs abarrotados para chegar lá, e ainda assim já se atrasou algumas vezes. Seu quarto é minúsculo,não tendo sequer espaço para um armário: suas roupas estão em uma "rede" improvisada acima da cama. Faz malabarismos para se manter com o salário, sendo novata no escritório em que trabalha.
Mas se mantém otimista. Vir até Londres foi escolha sua, mesmo tendo uma vida confortável em sua cidade natal, no interior. Desde criança almeja o glamour, a vida cosmopolita, a agitação da capital. E sonha com a vida perfeita que as pessoas ostentam, como por exemplo sua chefe. Aliás, em Londres ela não é Katie e sim Cat. Trocando seu apelido seu estilo de roupa, maquiagem, penteado, ela tenta criar a imagem daquilo que almeja ser. Seu Instagram é repleto de fotos mostrando um estilo de vida leve, imagens de lugares nos quais na realidade ela nunca entrou, comidas e bebidas que na realidade ela não experimentou ainda por não ter condições financeiras para tal... Nas fotos, cafés e brioches. Na vida real, sanduíches que ela leva na bolsa para não ter de almoçar fora.
Apesar de alguns problemas com sua chefe Demeter, que parece meio avoada, Katie enfrenta todas as contrariedades com um sorriso no rosto, pois tem certeza de que conseguirá em breve uma promoção no escritório, enturmar-se com as colegas de trabalho e abrir caminho para a vida que ela acredita que merece.
Depois de uma maré de azar, as coisas parecem começar a entrar nos eixos... E então Katie é demitida.Mantendo o otimismo, ela aceita o convite do pai e da madrasta para passar uns dias em sua cidade natal, ajudando-os em uma ideia para um novo negócio: um glamping, ou seja, um acampamento de luxo para turistas que querem a vida no campo porém sem se desfazer de algumas comodidades da cidade. O pai não sabe que ela foi demitida, pois disse-lhe que havia tirado um período sabático da empresa. Algumas semanas viram alguns meses e Katie abandona o apelido que usava em Londres, permitindo-se ser ela mesma e sentir-se bem no ambiente de Sommerset, mesmo que às escondidas envie muitos currículos tentando voltar a Londres. O glamping vai prosperando e Katie sente-se satisfeita com o resultado. Porém, um dia, pessoas do passado há pouco deixado para trás aparecem no glamping, resultando em algumas confusões, mal-entendidos e reflexões sobre a vida para todos os envolvidos.
Mais que relatar uma história de crescimento pessoal, Minha Vida Não Tão Perfeita mostra exatamente o que o título propõe: além de Katie, mais pessoas não tem a vida tão perfeita assim, deixando a sociedade ver uma imagem delas, que nem sempre corresponde à realidade. Durante a semana em que passado e presente de Katie se misturam, descobertas surpreendentes acontecem e mexem com os conceitos que ela tem de "pessoas perfeitas" e "vidas perfeitas". Há reviravoltas e até um romance, porém não como foco principal.
O livro tem um tom bem-humorado e contemporâneo. Esta é a primeira obra de Sophie Kinsella que leio, mas fazendo uma busca rápida notei que ela tem outros livros nesta mesma linha.Para um tempo em que precisamos de algumas coisas leves volta e meia, é uma história divertida, ao mesmo tempo que leva a refletir sobre o quanto deixamos ver de nós mesmos em sociedade e em redes sociais, e como é fácil nos iludir sobre a vida de celebridades, pessoas influentes e colegas de trabalho.
Recomendo a leitura, apesar das 404 páginas a história corre com fluidez e não perde o ritmo.Simpatizei com o pai e a madrasta de Katie, lembram algumas pessoas que conheço com a simplicidade e sabedoria de quem representa uma geração analógica que não tem medo da era digital. E, claro, a jornada de Katie, com as suas trapalhadas, boas sacadas, iniciativa, o desabrochar da sua criatividade e a reviravolta nos últimos capítulos que dá o gás para a história chegar ao final.
Até a próxima!
O tema parece bem legal e que bom se tudo o mostrado fosse verdadeiro..Pena as 404 pág. No momento, economizando olhos,rs...beijos,até amanhã! chica
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ResponderExcluirSe o acreditar dá felicidade... então acredite-se.
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Cumprimentos