Escrever é quase um vício. Longe da caneta, minha mão batuca inquieta, na mesa, no vazio.
Minhas mãos têm sede de um teclado. Em frente ao computador, o som do tec-tec é constante. Os pensamentos fluem diretamente para as mãos, sem filtros, sem censura. Mesmo que depois sejam lapidados, podados.
(Será que não dói? Letras inocentes, palavras que não pediram para estar ali, brutalmente cortadas do contexto das frases, excluídas por destoarem do grande e perfeito resultado final esperado. Para onde vão? Irão para um limbo literário, atravessando um portal na lixeira? Terão como padrinhos de sua triste paganidade as bolinhas de papel cruelmente deformadas em rompantes? Ok, estou viajando, eu sei. Voltando ao contexto agora).
Preciso escrever, do mesmo modo que preciso de banho, que preciso alimentar-me, respirar.
Compulsão. É.
Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a mente e o comportamento da blogueira não é mera coincidência.
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